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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Por um fio! Fifa quer tirar José Maria Marin da chefia do comitê da Copa


Leonardo e o próprio Fenômeno são favoritos a assumir o cargo, segundo a "Folha de S.Paulo"


Marin: presidente da CBF é também comandante do Comitê Organizador Local

A pressão sobre o presidente da CBF, José Maria Marin, aumenta cada vez mais. Criticado pelo ex-jogador Ronaldo, questionado por seu envolvimento com a ditadura militar e flagrado fazendo declarações contra o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, o mandatário agora está na mira da Fifa. Segundo matéria do jornal “Folha de S.Paulo” desta terça-feira, a entidade que comanda o futebol mundial quer a saída do cartola do comando Comitê Organizador Local (COL), o qual preside. A decisão já estaria tomada e o governo brasileiro comunicado a respeito.

Ainda segundo a reportagem, Ronaldo, membro do conselho de administração do COL, é um dos favoritos a assumir o cargo. O outro nome cotado é o de Leonardo, também ex-jogador, que ocupa atualmente o cargo de diretor do Paris Saint-Germain (PSG). O COL é o órgão
responsável pela organização da Copa do Mundo de 2014 e representante político e financeiro da Fifa no Brasil.

A situação de Marin, que acumula as presidências da CBF e do COL, é cada dia mais delicada. Em entrevista ao jornal "O Globo" no último domingo, Ronaldo defendeu a saída do dirigente do comando da CBF. Nos últimos meses, o desgaste do cartola tem se acentuado principalmente pela ligação de seu nome com a prisão e morte do jornalista Vladimir Herzog, durante a ditadura militar, e a
divulgação de fitas gravadas em que ele critica o ministro do Esporte Aldo Rebelo, afirmando que ele não tem poder e nada decide no governo.

Uma eventual saída de Marin do COL agradaria ao governo brasileiro. A presidente Dilma Rousseff incomoda-se com a presença de um dirigente que teve vínculos com a ditadura militar. O ministro do
Esporte, Aldo Rebelo, também estaria desconfortável com recentes declarações de Marin, vazadas na internet, com críticas ao político. Em um dos trechos, Marin diz que o ministro tem "raciocínio lento".

No próximo dia 19, os presidentes das 27 federações estaduais estão convocados a participarem de uma assembleia geral da CBF. Foi num evento como esse que Ricardo Teixeira, pressionado pelas denúncias de corrupção e sem apoio do governo brasileiro ou da Fifa, anunciou a sua renúncia, abrindo caminho para a ascensão de Marin.


Fonte: Agora Esportes

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