A estudante e pesquisadora Maria do Desterro Medeiros, natural de São José do Sabugi, no sertão da Paraíba, participa da Reunião de Antropologia do Mercosul (RAM 2025), sediada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), entre os dias 4 a 8 de agosto. Filha de agricultores, Maria do Desterro carrega em sua trajetória a força e a resistência das comunidades sertanejas que, historicamente, constroem saberes e modos de vida baseados na coletividade, na economia popular e na luta por reconhecimento.
Durante o evento, ela apresentará o trabalho intitulado “Feiras livres: território de resistência, etnicidade, sociabilidade e economia popular no solo paraibano”, desenvolvido junto à Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). A pesquisa será apresentada na Sessão 02 do Grupo de Trabalho 085 – “Economias, políticas e territorialidades indígenas e negras: cenários de conflito e mudança social na América Latina”, que discute os impactos dos regimes de expropriação, estratégias de resistência e as disputas por território vivenciadas por povos indígenas, comunidades negras e populações tradicionais em toda a América Latina.
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| Foto: Divulgação |
📍 Apresentação:
Sessão 02 – Economias, políticas e etnicidades: territorialidades, modos de vida e mudança social
🗓 08 de agosto de 2025
🕓 Das 16h30 às 18h30
📌 PAF III – Sala 111 – UFBA, Salvador – BA
🔗 Mais informações: https://www.ram2025.sinteseeventos.com.br
A pesquisa destaca as feiras livres do sertão como espaços multifuncionais de resistência cultural, prática econômica, sociabilidade e construção identitária, sobretudo em regiões historicamente marginalizadas. “As feiras são mais que comércio: são espaços onde se produz memória, troca de saberes, afirmação cultural e também estratégias de sobrevivência econômica diante das ausências do Estado”, afirma Maria do Desterro.
A participação na RAM 2025 representa não apenas um marco acadêmico, mas também um ato político de visibilidade territorial e de afirmação do sertão paraibano como produtor de conhecimento. É uma oportunidade de mostrar que o saber construído nas margens também merece espaço no centro das discussões antropológicas contemporâneas.
Créditos: XV RAM
Com Edição





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