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quarta-feira, 24 de abril de 2024

CPI aprova convocação de ex-árbitro suspeito de pedir propina após manipulação em partida

O senador Jorge Kajuru (PSB-GO), presidente da CPI que apura manipulação em resultados do futebol (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
A CPI do Senado que apura a manipulação de jogos esportivos aprovou, nesta quarta-feira, a convocação do ex-árbitro de futebol Glauber do Amaral Cunha, suspeito de cobrar propina após supostamente interferir no resultado de uma partida de divisão inferior do Campeonato Carioca, conforme informado pelo jornal "O Globo".
A data para o comparecimento de Glauber, que é obrigatório, está agendada para 13 de maio. Ele será ouvido em sessão secreta. Seria do ex-árbitro o áudio apresentado pelo dono do Botafogo, John Textor, à CPI, no qual ele diz que marcou um pênalti duvidoso para interferir no resultado do jogo.
Já aposentado, Glauber do Amaral Cunha jamais apitou um jogo da elite de torneios masculinos. Ele trabalhou em uma partida do Carioca Feminino de 2018, uma do Carioca Sub-20 de 2020, duas da Série B2 (Quarta Divisão) do Carioca de 2022 e uma da Série C (Quinta Divisão) de 2022.
A CPI aprovou também convites para ouvir os árbitros Raphael Claus e Daiane Muniz, que foi ofendida pelo técnico do Vasco, Ramón Diaz, por estar na operação do VAR durante a primeira rodada do Campeonato Brasileiro de 2024.
Os requerimentos para ouvir os dois árbitros foram apresentados pelo presidente da CPI, Jorge Kajuru (PSB-GO). No pedido, o parlamentar cita que Claus e Daiane foram escalados para os mesmos jogos em 11 das 38 rodadas do Brasileirão de 2023.
- Os dois juízes foram escalados como dupla em 11 partidas das 38 rodadas da competição. A título comparativo, outras duplas de juízes foram escaladas em, no máximo, três partidas, o que caracteriza uma evidente distorção na escala de árbitros - afirmou Kajuru.
O presidente da Abrafut (Associação de Árbitros de Futebol do Brasil), Marcelo Van Gasse, afirmou ao "Seleção sportv" nesta quarta-feira que Claus e Daiane são considerados os melhores do país em suas funções (árbitro de campo e VAR), o que seria a provável razão para a frequente escalação nos mesmos jogos.
De acordo com entendimentos do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), testemunhas convocadas por uma CPI são obrigadas a comparecer para prestar esclarecimentos. Entretanto, eles têm a possibilidade de se manter em silêncio durante a oitiva.
Apenas investigados têm o direito de não comparecer. No caso de convite, a participação é opcional.
Próximos depoimentos
Nesta segunda-feira, a CPI vai ouvir Hélio Santos Menezes Junior, Diretor de Governança e Conformidade da CBF; Júlio Avelar, Diretor de Competições da CBF; e Eduardo Gussem, Oficial de Integridade da CBF.
No dia 13 de maio, Glauber do Amaral Cunha, ex-árbitro de futebol, irá depor em uma reunião secreta com os parlamentares. No dia seguinte, será a vez de José Francisco Manssur, ex-assessor especial do Ministério da Fazenda, ser ouvido.
Leila Pereira, presidente do Palmeiras, e Julio Casares, presidente do São Paulo, devem depor, como convidados, no dia 16 de maio.
CPI do Senado
O Senado instalou, no dia 10 de abril, a Comissão Parlamentar de Inquérito com o objetivo de investigar denúncias de fraude envolvendo jogadores, dirigentes esportivos e empresas de apostas.
O colegiado terá até 180 dias para concluir os trabalhos, com possibilidade de prorrogação por 90 dias. Ao término desse período, é elaborado um relatório com as conclusões da CPI, que pode ser enviado ao Ministério Público ou à Advocacia-Geral da União, a fim de que promovam a responsabilidade civil e criminal dos infratores ou adotem outras medidas legais.
A comissão será composta por 11 membros titulares e 7 suplentes (veja os membros aqui). O relator da CPI será o senador Romário (PL-RJ), autor do requerimento para a abertura da CPI. A presidência dos trabalhos caberá ao senador Jorge Kajuru (PSB-GO) e vice-presidência ficará com Eduardo Girão (Novo-CE), ex-dirigente do Fortaleza Esporte Clube.
Convites aprovados na sessão
Raphael Claus, árbitro de futebol
Daiane Muniz, árbitra de futebol
Thairo Arruda, CEO do Botafogo
Hélio Santos Menezes Junior, Diretor de Governança e Conformidade da CBF
Wilson Luiz Seneme, Presidente da Comissão de Arbitragem da CBF
Eduardo Gussem, Oficial de Integridade da Confederação Brasileira de Futebol - CBF
Felippe Marchetti, representante da empresa SportRadar AG
Tiago Horta Barbosa, Chefe de integridade para a América Latina da empresa Genius Sports
Emanuel Macedo de Medeiros, Presidente da Sport Integrity Global Alliance - SIGA Latin America
José Perdiz de Jesus, Presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva - STJD
Régis Anderson Dudena, Secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda
Ronaldo Botelho Piacente, Procurador-Geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva

Por Mariana Fraga e Vinícius Cassela 
do G1 — Brasília

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