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domingo, 21 de abril de 2024

Choques de cabeça no futebol: saiba os perigos e as regras em caso de contusões

Viña após choque de cabeça em Atlético-GO x Flamengo (Foto: Reprodução)
Assim como em qualquer esporte de contato, o futebol deixa os seus atores sob o risco lesões e choques de cabeça. A Série A do Campeonato Brasileiro, por sua vez, já contou com três episódios logo em sua primeira rodada, com os atletas: Kannemann, do Grêmio, Marlon Freitas, do Botafogo, Matias Viña, do Flamengo, e Adriano Martins, do Atlético-GO. Com isso, o ge buscou entender os riscos das colisões na caixa craniana, além das regras implementadas pela CBF para diminuir os efeitos.
A concussão é uma das principais causas de substituição após um choque de cabeça. Sendo esta o motivo das alterações de Vinã, Marlon Freitas e Adriano Martins, relatadas em súmula. caso de Kanneman, o zagueiro saiu da partida com a premissa de concussão. No entanto, durante o intervalo, o médico do Grêmio, Paulo Augusto da Silva Rabaldo, reavaliou o seu atleta e confirmou que não se tratava de uma lesão craniana.
O médico do Botafogo-PB e ortopedista, Glauber Novais, explicou do que se trata a concussão.
Uma concussão é quando existe uma alteração na consciência em função mental daquele atleta decorrente dos traumas. Os traumas podem ser agudos, mais fortes, que vão causar um episódio instantâneo de concussão, ou de repetição, quando o atleta vai cabecear, ou quando ele tem vários traumas de pequena intensidade. Isso pode causar a concussão
— Glauber Novais, médico do Botafogo-PB
Assim como nos casos de Vinã, Adriano Martins e Kannemann, além da intensidade do choque, os atletas apresentam sintomas nos quais permitem que o médico do clube faça a devida avaliação para constar uma possível concussão ou não.
Glauber Novais analisou quais indicativos os jogadores podem apresentar após um choque de cabeça para que seja confirmada uma concussão.
Os traumas podem ser bem diversos: confusão mental, alteração no nível de consciência, perda de memória parcial, visão embaçada ou dupla, e irritabilidade. Por isso, o médico de campo precisa estar atento em qualquer alteração no atleta, para que ele possa entender que está diante de um quadro de concussão"
— Glauber Novais, médico do Botafogo-PB
Nova regra para choques de cabeça
Para as séries A e B do Campeonato Brasileiro 2024, a CBF implementou, de acordo com as mudanças propostas pela International Football Association Board (IFAB) — órgão responsável pelas regras do futebol —, a substituição extra como nova medida para os casos de concussão. Vale ressaltar que a equipe adversária também terá direito a seis substituções.
Uma sexta alteração deve ser sinalizada ao conforme o médico da equipe indentifique a lesão craniana em seu jogador. Com isso, a troca não será contabilizada. A substituição do atleta com concussão também deve ser assinalada com um cartão vermelho, provido pela arbitragem da partida à comissão médica de ambos os clubes do certame.
Dessa forma, após o apito final, o árbitro preencherá um relatório detalhando os sintomas e o tratamento dado ao jogador.
Outro fato promovido pela Comissão Médica e de Combate à Dopagem da CBF (CMCD) é o afastamento do jogador por cinco dias. Além desta, a irrevisibilidade do processo é outro fator implementado pela entidade.
Durante a partida, a equipe médica do jogador que sofreu um choque de cabeça poderá solicitar uma parada de três minutos, visando a melhor avaliação do atleta.
Sander se recusa a sair de campo
Um caso conhecido no futebol brasileiro aconteceu no ano passado, quando o lateral Sander, do Goiás, se recusou a sair da partida, após sofrer um choque de cabeça, na partida contra o São Paulo. O jogador recebeu a orientação de deixar o campo, mas permaneceu até aos 23 minutos do segundo tempo, quando foi substituído.
Glauber Novais explicou que, para casos assim, o médico precisa se impor para o bem do atleta, mesmo a sua segurança sendo, em algumas ocorrências, negligenciadas pelo próprio jogador.
Os jogadores se negam. E, as vezes, a condição do médico é um pouco mais fragilizada diante da moral que o atleta tem no clube. O corpo médico indica que o melhor é sair, mas o atleta não quer, colocando em risco a sua própria vida"
— Glauber Novais, médico ortopedista
E completou:
Essa nova regra veio para ajudar o médico neste tipo de conduta, pois identificando a concussão, é de pura responsabilidade dele. Então o médico precisa chamar essa responsabilidade e fazer o que tem de ser feito para preservar o atleta — completou o médico do Belo.
Petr Čech, o goleiro de capacete
Um caso conhecido no futebol mundial é o de Petr Čech, ex-goleiro de futebol, que disputava suas partidas com um capacete de proteção, após uma lesão que colocou a sua vida em risco. Na partida entre Chelsea e Reading, em 2006, o arqueiro — que defendia as cores dos Blues — se chocou contra o joelho de Stephen Haunt, meia adversário, necessitando passar por uma cirurgia devido à uma fratura no crânio.
Depois da ocorrência, Petr Čech passou a utilizar o capacete, comumente utilizado no rugby, para sua própria segurança, no entanto, o que o goleiro não contava era que essa virasse a sua marca registrada.
Osihmen, o atacante mascarado
Outro jogador que se ficou famoso, não só pelos gols e habilidade, mas também pela sua proteção, foi o atacante Osihmen, do Napoli. A sua máscara provém de um choque do jogador contra a nuca do zagueiro Skriniar, da Inter de Milão.
Com isso, o atleta teve que passar por uma cirurgia e retornou antes do previsto graças à sua máscara de proteção. Dessa forma, além de proteger, Osihmen ganhou, assim como Petr Čech, uma marca registrada.

Por Paulo Lira* 
ge João Pessoa
*Estagiário sob a supervisão de Cisco Nobre

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