Foto: Reprodução / ge |
A terça-feira do Campinense terminou de forma desastrosa. Após o time tropeçar mais uma vez na Série D do Brasileirão — ao empatar sem gols com o Iguatu, em casa, ficando fora do G-4 do Grupo 3 — o técnico rubro-negro Luan Carlos protagonizou dois episódios lamentáveis no Amigão. Primeiro ele bateu boca com torcedores que protestavam na arquibancada; depois agrediu verbalmente o setorista do clube na Rádio CBN, o repórter Afonso Carlos, acusando-o de, deliberadamente, querer colocar os jogadores contra a torcida.
O empate contra o time cearense passou longe de ser o resultado ideal para a Raposa, uma vez que uma vitória simples bastava para deixar a equipe na zona de classificação para o mata-mata. Porém, o baixo rendimento da equipe no decorrer dos 90 minutos de partida e a falta de repertório ofensivo fizeram com que o torcedor ficasse ainda mais ressabiado e protestasse de forma acintosa após o apito final.
E foi justamente poucos minutos após o fim do jogo que o primeiro grande destaque negativo envolvendo Luan Carlos aconteceu. Isso porque, na descida para o vestiário, torcedores que acompanharam a partida na Arquibancada Sombra protestaram contra o treinador, que não se conteve e retrucou, batendo boca com os raposeiros. Em vídeos que circulam nas redes sociais (assista acima), é possível ver o chefe da comissão técnica rubro-negra gesticulando bastante contra um grupo de torcedores, precisando ser contido membros da comissão técnica — um policial acompanhou de perto a cena.
Já nos vestiários do Amigão, onde tradicionalmente ocorrem as coletivas de imprensa, mais um ato de fúria do técnico raposeiro. Após ser indagado pelo repórter Afonso Carlos sobre o bate-boca com os torcedores minutos antes, Luan criticou o grupo com quem discutiu, alegando que ele foi ofendido primeiro.
— Em nenhum momento discuti com a torcida do Campinense. Eu discuti com uma meia dúzia que todos os jogos estão xingando os nossos atletas. Todo mundo tem ciência do que está acontecendo, todo mundo quer o melhor para o time. Agora não adianta ficar desrespeitando o tempo todo. Precisamos parar com essa verdade absoluta de que no futebol vale tudo. Se querem ser respeitados, respeitem também — disse o técnico.
Logo em seguida, Luan Carlos perdeu a linha e, aumentando cada vez mais o tom de voz, acusou o repórter Afonso Carlos de, deliberadamente, trabalhar para criar um clima ruim dentro do Campinense. E ainda chamou o profissional de "pequeno".
— Tem que parar de achar que no futebol pode se xingar as pessoas de qualquer jeito. Tem que parar de achar que no futebol todo mundo pode falar o que quiser. A gente vive disso. Damos o sangue nisso aqui também. Vocês gostam, vocês gostam de provocar, de falar besteira. Você principalmente, Afonso (Carlos). Você fala muita besteira. Você gosta muito de falar besteira — esbravejou.
Após a tensão do momento, a coletiva de imprensa foi encerrada pelo departamento de comunicação do clube. Em fala ao ge, o repórter Afonso Carlos deu o seu parecer sobre o caso e afirmou que, em nenhum momento, foi desrespeitoso com o técnico raposeiro, que, na ótica do jornalista, mostrou-se alterado desde o início da entrevista.
— Não tenho o que relatar da minha parte. Os áudios e as filmagens falam por si só. Em momento algum falei algo desrespeitoso com ele. Fiz as perguntas como sempre faço. Creio que ele já estava chateado com a derrota e quis descontar a raiva em mim. Enfim... Fui totalmente desrespeitado, mas em nenhum momento o provoquei. Para ser bem sincero, ele escolheu um personagem para pagar o pato. Eu, como estou mais presente no dia a dia do Campinense, como ele me conhece, fui o sorteado — pontuou o profissional.
Luan Carlos: o reincidente
O episódio polêmico no pós-jogo desta terça-feira, porém, não foi o primeiro envolvendo Luan Carlos e torcedores. Na derrota do Campinense para o Santa Cruz, em Recife, em partida válida pela 3ª rodada da Série D, o treinador raposeiro já havia batido boca com torcedores. Naquela oportunidade, ao ser expulso, o treinador saiu de campo estirando o dedo do meio em direção a alguns jogadores do Santa Cruz que aqueciam à beira do campo e também em direção à arquibancada do Arruda. Naquela oportunidade, o treinador afirmou que não direcionou os gestos à torcida, mas sim a membros da comissão técnica do Tricolor pernambucano.
Por Redação do ge
Campina Grande, PB
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