Falsa médica cobrava até R$ 800 para prestar atendimento em jogos da última divisão de SP - Esporte do Vale

Ultimas

Esporte do Vale

O Portal de Esportes do Vale do Sabugi

test banner

Post Top Ad

Responsive Ads Here

Ads

Responsive Ads Aqui 2

quarta-feira, 24 de maio de 2023

Falsa médica cobrava até R$ 800 para prestar atendimento em jogos da última divisão de SP

Simone Martins Ferreira em ação como médica do time de Amparo (SP) (Foto: Tiago Stoco)
Uma falsa médica presa em Campinas na última segunda-feira chegou a atuar em jogos da Segundona Paulista - equivalente à quarta e última divisão estadual em São Paulo.
Simone Martins Ferreira, que é formada em farmácia, estava credenciada na Federação Paulista de Futebol (FPF) como integrante da comissão técnica do Amparo Athlético Club.
Ela cobrava R$ 700 pela presença em jogos na cidade e R$ 800 quando a partida era em outro município. Simone ainda estabeleceu preços de R$ 70 para um exame de eletrocardiograma e de R$ 50 para conceder atestados.
O presidente do Amparo, Luciano Antonacci, detalhou os serviços prestados pela falsa médica no período em que ela integrou o DM do clube, incluindo presença em jogos, exames e atestados.
- Toda equipe tem que ter no mínimo, quando joga em casa, dois médicos. Um na ambulância, que a gente contrata a empresa de ambulância e já vem com médico, e o nosso médico no banco de reservas. Quando a gente joga fora a gente também precisa levar um médico, então ela prestava esses serviços.
- Ela atuou no clube desde março deste ano, onde fez exames em atletas, acompanhou a equipe em alguns jogos. Eu como presidente sou responsável e estou à disposição da Polícia Civil para banir essas pessoas dos nossos meios e esclarecer também que o Amparo foi vítima - acrescentou o dirigente.
A mulher de 44 anos passou por audiência de custódia na terça-feira e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. As informações foram obtidas com exclusividade pela EPTV, afiliada da TV Globo.
O contrato com ela foi encerrado depois que a equipe perdeu uma partida do Campeonato Paulista Sub-15 por W.O - quando acontece a ausência de uma das equipes - por conta do atraso da falsa médica.
De acordo com o clube, os gastos com Simone chegaram a R$ 20 mil, além da multa da Federação Paulista de Futebol em R$ 5 mil pelo W.O.
CONFIRA A NOTA DO AMPARO:
O AMPARO ATHLETICO CLUB, da cidade de AMPARO/SP, na pessoa de seu Presidente Luciano Antonacci , surpreso e estarrecido com as notícias veiculadas pela mídia jornalística e televisiva da cidade de Campinas/SP, vem a público esclarecer que foi vítima e agente passivo dos atos caracterizadores dos crimes de estelionato, falsidade ideológica e exercício ilegal da medicina praticados pela falsa médica.
Dra. Simone de Abreu Neves Salles, portadora de identidade também falsa com número de CRM 413855 RJ , se apresentou como profissional da área médica para atendimento das demandas do clube em seus elencos das categorias de base e profissional , enganando e iludindo a boa fé tanto da Presidência e Diretoria dessa agremiação desportiva quanto às pessoas que fazem a gestão do Departamento de Futebol e empresa parceira Gênios da Bola Sport Center Ltda .
O clube aduz que após apuradas todas as práticas delitivas da falsa médica antes indicada que envolveram além de outras pessoas e também esta agremiação , e após o curso da responsabilização de natureza criminal pelos órgãos competentes, tomará as providências cabíveis de natureza administrativa e cível para reparação dos danos causados pela prática delitiva trazida a conhecimento através da pessoa antes mencionada, cumprindo os devidos fins de Direito e no resgate do bom nome desta agremiação desportiva.
Entenda o caso
Simone Martins Ferreira utilizava, há pelo menos dois anos, o número do Conselho Regional de Medicina (CRM) da médica dermatologista Simone de Abreu Neves Salles, que é professora da Universidade Federal Fluminense (UFF). A mulher chegou a ser presa por resistência em agosto de 2022 durante um cumprimento mandado de busca e apreensão, mas pagou fiança e foi liberada.
A falsa médica fazia atendimento a domicílio na região de Campinas e prescrevia exames e remédios. Ela chegava a cobrar entre R$ 300 e R$ 400 por consulta.
Além destes serviços, ela também era contratada de uma empresa do ramo de saúde ocupacional desde 2020, durante a pandemia da Covid-19. Foi a própria companhia que identificou uma inconformidade no contrato e alertou o Conselho Regional de Medicina (Cremesp).
A mulher foi indiciada pelos crimes de falsidade ideológica, estelionato tentado e exercício ilegal da medicina. Ela foi transferida para a Cadeia Pública de Paulínia.

Por Redação do ge 
Campinas, SP

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário será publicado em breve após ser analisado pelo administrador

Publicar anúncio principal

Responsive Ads aqui