Dorival Júnior participou nesta sexta-feira do programa Seleção Sportv – Catar, e perguntado se poderia um treinador não brasileiro assumir o comando da seleção foi além e “cutucou” a Uefa, que não reconhece o curso brasileiro e nem diz os motivos da recusa.
“Nós temos que entender, que eles (europeus) a estudar futebol há 30 anos. E demoramos para estudar futebol. Nós (treinadores) se preocupamos com isso? As Federações se preocuparam? Nem hoje acontece isso. Nosso curso não é reconhecido fora do país. Um preparador ou treinador brasileiro não pode não sair do país, pois a Uefa não reconhece nossos cursos até hoje. A gente recebe profissionais de todo mundo enquanto os brasileiros não podem sair. Não podemos trabalhar em Portugal. Se uma equipe te convidar você não pode trabalhar. A Uefa não aceita nossa licença até hoje. E a Uefa não dá uma resposta hoje. É muito interessante isso. A gente quer uma reciprocidade. Não queremos tirar o espaço de ninguém. Temos 10 profissionais (estrangeiros) trabalhando no nosso país”, disse.
“O nosso curso de formação é muito recente, não tem 10 anos. A própria CBF não atestando a validade de um profissional, porque vai manter um curso, que ela avalia, mas não é reconhecido lá fora, e no momento de se definir de um profissional do país, ataca um nome de fora”, fechou o desabafo sobre o tema.
O atual campeão da Libertadores e da Copa do Brasil justificou que somente aceitaria um único nome estrangeiro para comandar a seleção brasileira.
“Sou muito sincero, não acho que deve ter um estrangeiro, a não ser que seja o melhor treinador do mundo, que na minha opinião é o Guardiola. Se não for ele, é para ter um treinador brasileiro. A gente ganhou 5 Copas do Mundo não é apenas porque tínhamos grandes jogadores. Pois tínhamos grandes comandantes. Se não teríamos ganho 10 ou 12 Copas do Mundo e não apenas 5”, completou.
Dorival ainda disse que treinador faz parte da engrenagem de uma equipe campeã, mas que algumas vezes precisa parar de apontar o dedo em apenas o treinador nas derrotas.
O ex-treinador do Flamengo é apontado como um dos possíveis sucessores de Tite, caso a escolha por parte da CBF seja por um treinador nascido no país.
EP - Esporte Paulista
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