Martine Grael e Kahena Kunze são as donas da 49er FX! O bicampeonato veio na Ilha de Enoshima, palco das competições da vela nos Jogos OlÃmpicos de Tóquio. As velejadoras brasileiras repetiram o desempenho da Rio-2016 e conquistaram o segundo ouro de suas carreiras.
A dupla da 49er FX terminou no terceiro lugar da regata da medalha, atrás dos barcos da Argentina e da Noruega, respectivamente. Contudo, o resultado foi mais que suficiente para garantir o ouro dos Jogos OlÃmpicos de Tóquio.
Martine Grael e Kahena Kunze largaram na regata da medalha em segundo lugar na classe 49er FX. A dupla da Holanda, formada por Annemiek e Bekering, saiu na primeira colocação pelo critério de desempate. Mas de cara, as brasileiras pegaram uma rota totalmente diferente das demais e deram um nó nas principais adversárias.
A ideia veio de Martine Grael, que viu que a corrente estava mais forte à direita da largada e resolveu seguir seus instintos. Ao se separar do grupo, o barco ganhou velocidade e as brasileiras deixaram as principais adversárias para trás.
O barco holandês terminou apenas na nona colocação, mas conseguiu garantir o bronze. Já as alemãs Tina Lutz e Susann Beucke terminaram no quinto lugar e ficaram com a prata.
A vitória na regata da medalha ficou com as argentinas Victoria Travascio e Maria Sol Branz, que terminaram na quinta colocação geral da 49er FX.
O Brasil na vela dos Jogos OlÃmpicos
A Vela é o segundo esporte que mais deu medalhas para o Brasil em edições de Jogos OlÃmpicos, 18 no total, atrás apenas do judô com 22 láureas olÃmpicas. O Brasil conquistou até os dias de hoje sete ouros, três pratas e oito bronzes e no quesito de medalhas douradas é a modalidade com mais tÃtulos olÃmpicos para o Brasil.
Muito antes das medalhas, o esporte chegou no paÃs no século XIX, trazido por famÃlias europeias que imigraram para o Brasil no perÃodo. Muito por essa influência familiar, vários dos medalhistas olÃmpicos do Brasil tem raÃzes europeias, especialmente alemãs, suecas e dinamarquesas.
De todas essas tradicionais famÃlias da vela brasileira, quem se destaca sem dúvidas são os Grael, respeitadÃssimos no mundo todo da modalidade. Além dos cinco pódios de Torben, os Grael também conquistaram o ouro na classe 49erFX nos Jogos do Rio, com Martine Grael, filha de Torben, formando dupla com Kahena Kunze, outra atleta de uma famÃlia de velejadores. O ouro das duas foi o primeiro da vela feminina brasileira. A dupla está classificada para Tóquio-2020 e é uma das maiores chances de medalha do Time Brasil em Tóquio.
Outro Grael de sucesso foi Lars, irmão de Torben, que conquistou dois bronzes olÃmpicos na classe Tornado. O primeiro em Seul-88 com ClÃnio Freitas e o outro em Atlanta-96, com Kiko Pelicano. Infelizmente, em setembro de 1998, Lars sofreu um grave acidente em Vitória, EspÃrito Santos, causado pela irresponsabilidade do comandante de um iate, o que causou a mutilação de uma das pernas do atleta. Seguiu anos depois praticando vela, especialmente na classe Star.
Haja medalha
Além dos ouros conquistados por Robert Scheidt, Torben Grael e Marcelo Ferreira e Martine Grael e Kahena Kunze, o Brasil conquistou outras duas medalhas douradas nos Jogos de Moscou-80. Os ouros de Lars Sigurd Bjorkström e Alexandre Welter na classe Tornado e Marcos Soares e Eduardo Penido na classe 470 foram conquistados com minutos de diferença e presentearam na ocasião os primeiros tÃtulos olÃmpicos do Brasil desde o bicampeonato do salto triplo de Adhemar Ferreira da Silva em Melbourne-56, um tabu de 24 anos.
As outras medalhas brasileiras olÃmpicas ainda não citadas foram conquistadas por Reinaldo Conrad e Burkhard Cordes, bronze na Flying Dutchman, na Cidade do México-1968. Novamente, Reinaldo Conrad bronze na mesma categoria em Montreal-76, mas desta vez velejando com Peter Ficker. E o histórico bronze de Fernanda Oliveira e Isabel Swan na classe 470 em Pequim-2008, a primeira medalha feminina do Brasil.
OTD
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