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quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Perilima e Sport Lagoa Seca perdem verba do Paraíba Esporte Total em 2020 e alegam "enrolação" do Governo

Foto: Divulgação
A Perilima e o Sport Lagoa Seca ficaram mesmo de mãos abanando. Sem os recursos do programa Paraíba Esporte Total do ano de 2020 aos quais tinham direito, os clubes afirmaram que todas as documentações solicitadas pelo Governo da Paraíba foram entregues, mas, entre muitos desencontros de informações, nada deu certo para que o dinheiro chegasse aos seus cofres. Sem o aporte financeiro, a Águia e o Carneiro sinalizam que não contam mais com o acréscimo que seria muito bem-vindo à realidade de suas finanças.
O imbróglio que envolvia o repasse desses recursos aos clubes da elite do futebol paraibano perdura desde que foram detectadas fraudes dos clubes no Gol de Placa, antigo programa de incentivo ao esporte, que foi extinto em 2019. Em 2020, o Paraíba Esporte Total substituiu o Gol de Placa. Por conta das fraudes, nenhum clube recebeu valores referentes a qualquer desses dois anos. Como essa verba nunca chegou, de fato, às agremiações, muito foi apelado por seus representantes para que houvesse alguma otimização em todo o processo. Não aconteceu.
O coro ganhou força no dia 14 de dezembro, após a reunião entre a Federação Paraibana de Futebol (FPF) e os oito clubes que vão disputar o Campeonato Paraibano deste ano. Isso porque os dirigentes, quase que de forma unânime - exceto o representante do Botafogo-PB -, assinaram a ata da reunião optando pelo cancelamento do estadual de 2021, justamente por conta da falta de recursos financeiros que a maioria alegou no encontro. Os clubes queriam que o Governo os repassasse as verbas públicas. O Governo, por sua vez, entendia que as agremiações é que tinham a obrigação de devolver os valores correspondentes às fraudes.
O próprio Governo, no entanto, flexibilizou que esses mesmos clubes devedores tivessem acesso aos seus respectivos valores por meio de um acordo de leniência. Essa seria a única condição. Apenas Perilima e Sport-PB estavam fora da lista dos endividados. Sendo assim, as duas partes estavam com o "caminho liberado para receber as cotas do Paraíba Esporte Total referente a 2020", afirmou o secretário de Esportes Hervázio Bezerra em entrevista ao ge Paraíba.
Para que isso acontecesse, a Perilima e o Sport-PB precisariam enviar uma documentação específica à Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer do Governo (Sejel) até o dia 30 de dezembro de 2020, já que o exercício fiscal se encerraria no dia seguinte. O time da cidade de Lagoa Seca, por exemplo, alega que enviou toda a papelada no dia 24 de dezembro. Por sua vez, a equipe de Campina Grande confirmou que o seu envio ocorreu no início da última semana do ano de 2020 - ou seja, dentro do prazo. A reportagem do ge Paraíba entrou em contato com representantes da Águia no dia 31 de dezembro, e a resposta foi que a demanda ainda estava sob análise.
Acordo de leniência não tem andamento, e clubes e governo seguem sem acertos de dívidas
O tempo passou e, de fato, nada ficou resolvido. No caso de Águia e Carneiro, o valor a ser pago seria pouco superior R$ 167 mil. Até o momento, nada consta de acréscimo por parte do Governo nas contas dos clubes.
Arthur Ferreira, hoje diretor executivo do São Paulo Crystal, exercia esse mesmo cargo no Sport-PB até o fim de 2020 e esteve à frente de todo o processo de negociação do Carneiro para chegar a um denominador comum com o Governo. Ele garante que o acordo previa pagamento para o mês de janeiro, contanto que a aprovação acontecesse, no máximo, até o dia 31 de dezembro.
- Tinha sido informado que, havendo aprovação até 31 de dezembro, todos os clubes poderiam receber em janeiro. A conversa agora é outra, que o crédito deveria ter sido feito em dezembro. Ou seja, só enrolação. O Governo, mais uma vez, enrolou os clubes - disse.
Ainda de acordo com Arthur Ferreira, a Sejel aprovou a documentação e, consequentemente, o repasse das verbas ao Carneiro às 17h30 do dia 30 de dezembro. Segundo ele, só no dia seguinte a papelada da Perilima teve aprovação. O ex-diretor executivo do Sport-PB, porém, alega que no dia 31 de dezembro as agências bancárias estavam fechadas e, portanto, impossibilitadas de fazerem qualquer transação aos clubes.
Jailton Oliveira, presidente da Perilima, comunga da mesma revolta do ex-dirigente do time de Lagoa Seca. Ele afirma que providenciou tudo o que foi pedido e que nenhuma resposta efetiva foi dada por parte do Governo.
- O problema é que até agora nem a Perilima e nem o Sport Lagoa Seca receberam os recursos do Governo do Estado. Tudo que era para ser feito já foi providenciado, e nós não tivemos nenhum retorno - afirmou.
O secretário da Receita, Marialvo Laureano, confirmou que não existe possibilidade para que os dois clubes recebam o valor do programa de incentivo referente a 2020. A justificativa foi de que a legislação só permitiria que o repasse acontecesse dentro do último ano, já que se tratava de renúncia fiscal. Com isso, Perilima e Sport-PB não terão acesso às suas respectivas verbas.
Na temporada 2021, a Perilima entra em campo ainda no primeiro semestre, na disputa do Campeonato Paraibano. O Sport-PB foi rebaixado em 2020 e só deve entrar em campo na Segundona do estadual, ainda sem previsão de datas.

Por Redação do GE
João Pessoa

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