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domingo, 27 de dezembro de 2020

Sem patrocínio, Paraibano de 2021 pode acontecer só no 2º semestre; não há unanimidade entre clubes

Foto: Jefferson Cariri
Por enquanto o Campeonato Paraibano de 2021 segue cancelado. Sem movimentações oficiais desde que sete dos oito clubes participantes resolveram suspender a edição do próximo ano por dificuldades financeiras, uma proposta vem ganhando cada vez mais força: o adiamento da competição para o segundo semestre. A ideia é contar com uma vacina para a liberação do público nos estádios, e assim amenizar os efeitos da pandemia nos cofres dos clubes.
Esse, pelo menos, é o plano B. Os clubes ainda esperam a liberação dos recursos do programa de incentivo do Governo do Estado, o Paraíba Esporte Total. Botafogo-PB e Sport-PB já encaminharam suas propostas e esperam receber ainda nesta semana. Os demais clubes devem fazer a entrega em bloco nesta segunda-feira. Caso consigam receber ainda em 2020, vai ter campeonato.
- Agora está nas mãos do Governo. Os clubes vão assinar o acordo de leniência, mesmo que não concordem com os valores supostamente devidos do Gol de Placa. Depois disso, cabe ao Governo liberar os recursos. Eles (os clubes) já perderam o patrocínio de 2019. Vamos ver se conseguem ter pelo menos o deste ano - disse a presidente da FPF, Michelle Ramalho, que assumiu a posição de frente em defesa dos filiados.
A ideia em se adiar o Campeonato Paraibano não é tão absurda assim. Enquanto os clubes brigam para receber o patrocínio do Paraíba Esporte Total, ainda não há entendimento para regulamento e tabela para 2021. Se a próxima reunião acontecer no dia 4 de janeiro - o que é absolutamente improvável - já jogaria o início do estadual para o início de março - pelo Estatuto do Torcedor, tabela e regulamentos têm que ser publicados 60 dias antes da bola rolar.
Como a tendência é que o mês de janeiro seja de negociações com o Governo (pelo menos para a liberação dos recursos do Paraíba Esporte Total de 2021), é possível que a reunião do Conselho Arbitral só aconteça mesmo em fevereiro. Assim, o campeonato seria empurrado para abril.
- De uma coisa eu tenho certeza: não podemos fazer o campeonato sem torcida e sem o principal patrocinador dos clubes, que é o Governo. O cancelamento é real. Os clubes não têm como começar uma competição sem dinheiro em caixa. Claro que estamos correndo atrás de outros patrocinadores, mas é difícil - resumiu Michelle Ramalho.
E a Segundona?
Antes mesmo da bola rolar para 2021 os clubes precisam definir o número de participantes do Campeonato Paraibano. Como não houve a 2ª Divisão este ano por causa da pandemia da Covid-19, e como o regulamento não permitiria convites a CSP e Sport Lagoa Seca, os dois rebaixados, a competição poderia ser restrita a oito clubes.
No entanto, a diminuição no número de clubes não é vista com bons olhos por alguns dirigentes. Assim, caso a primeira divisão seja adiada para o segundo semestre, haveria calendário para a realização de uma Segundona, e também a adequação do regulamento para o campeonato de 2022.
Vale lembrar que clubes tradicionais não tiveram a oportunidade de brigar pelo acesso, casos de Auto Esporte, Esporte de Patos, Desportiva Guarabira, Confiança de Sapé e Santa Cruz de Santa Rita, que já tinham confirmado a participação da 2ª Divisão deste ano.
Adiamento sem unanimidade
Um possível adiamento do Campeonato Paraibano não encontra unanimidade nos clubes. O Botafogo-PB, único que não assinou a ata cancelando a competição para 2021, quer cumprir o calendário da CBF, e começar no dia 28 de fevereiro - o que já é impossível, de acordo com o Estatuto do Torcedor. O Campinense é outro que quer a competição abrindo o calendário.
O caso da Raposa é emblemático. Além do estadual, o time tem ainda a Copa do Brasil para disputar no primeiro semestre. Ou seja, corre o risco de fazer um time apenas para um jogo, caso seja eliminado na primeira fase. E é bom lembrar que a Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, permitindo contratos de apenas um mês para os jogadores, se encerra no dia 31 de dezembro. Caso não seja renovada, os contratos mínimos passam a ter a duração de três meses.
- É uma dificuldade a mais. Como fazer time para apenas um jogo? - pergunta a presidente da FPF, Michelle Ramalho.
Para Botafogo-PB e Treze, o prejuízo do adiamento seria menor. Isso porque eles disputam a Copa do Nordeste, com início previsto para o dia 27 de fevereiro. Ainda assim, teriam apenas oito jogos garantidos, caso o regulamento deste ano seja mantido. O que é pouco para se manter uma folha de pagamento.
De qualquer forma, o Galo já deu indícios de que espera ter a torcida de volta em 2021. E para isso, aceitaria adiar o Campeonato Paraibano o quanto for preciso. Mas o presidente Walter Júnior segue condicionando a realização do estadual à ajuda do Governo.
- O Treze é certamente favorável (ao adiamento), desde que tenhamos também o apoio do Governo estadual (Walter Júnior, presidente do Treze)
Já para os demais clubes, a situação é outra: até querem a disputa começando logo, mas simplesmente não têm dinheiro para isso. Ou seja, o plano A segue sendo convencer o Governo a pagar o mais rápido possível.

Por Expedito Madruga 
GE João Pessoa

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