Venezuelanos de abrigo em RR recebem recado de Soteldo, e uniformes do Santos e ONU |
Desde 2016, Roraima passou a receber um fluxo migratório de venezuelanos que fugiam da crise humanitária enfrentada pelo paÃs vizinho. Na capital Boa Vista, abrigos foram instalados para acolhimento aos imigrantes e, em um desses, há uma escolinha de futebol. O Santos, em parceria com a Agência da ONU para refugiados, fez um Natal mais feliz para crianças do Rondon 1, que integra o maior complexo de abrigamento de refugiados e migrantes da América Latina, com a entrega de uniformes do clube e materiais esportivos.
A estrutura está localizada aqui em Boa Vista, no estado de Roraima. O Rondon 1 tem capacidade para 800 pessoas, mas hoje moram cerca de 500 venezuelanos, sendo que metade destes são crianças e adolescentes, como o jovem Eduardo, de 17 anos.
O Eduardo chegou no Brasil, com a famÃlia, em 2018, e começou a morar no abrigo há poucos meses e já está se habituando ao novo lar.
- Moro aqui no Rondon 1 com meu irmão, meu cunhado, meu sobrinho e minha mãe. Eu fiz amigos, conheci eles aqui, é tudo legal - disse o jovem.
O futebol não é tão popular na Venezuela, mas foi justamente o esporte que é a paixão dos brasileiros, que uniu muitos dos moradores do abrigo Rondon 1.
Por lá, há três meses foi instalada uma escolinha de futebol com quase 50 alunos venezuelanos. O treinador é venezuelano e também reside no local, o Manuel Candenas.
- Começamos com 45 crianças, na categoria entre seis a nove anos de idade. Depois tivemos a turma de 10 a 12 anos, e uma de 14 a 17. Hoje são 48 alunos que nós temos, isso porque começamos há três meses - comentou o treinador.
Antes da entrega dos uniformes do Santos em parceria com a ONU, um recado do meia Soteldo foi exibido para os venezuelanos que moram no abrigo. Nem todos reconheceram o jogador, mas Eduardo, citado no inÃcio da reportagem, o conheceu.
- Sempre acompanho as notÃcias e alguns familiares ainda estão na Venezuela. Continuem lutando pelos sonhos e não desistam - disse Soteldo.
A parceria entre o Santos e a Agência da ONU para Refugiados não é de agora. No inÃcio do ano, as duas instituições assinaram um termo de cooperação para inclusão de pessoas refugiadas em iniciativas do esporte. O acordo prevê o apoio do ACNUR para capacitar profissionais e indicar imigrantes para atividades de inclusão social.
*Com informações de Carlos Barroco, da Rede Amazônica Roraima
Por *Redação do GE
Boa Vista
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