Michelle Ramalho se mostrou contrária às propostas oficializadas pelos três clubes — Foto: Divulgação / FPF-PB |
Para além do Arbitral, o Confiança-PB, a Queimadense e o Sport-PB, que não estão na elite do futebol estadual, tentaram encontrar uma brecha para que pudessem disputar o Campeonato Paraibano do próximo ano. O motivo? Com oito clubes na disputa de 2021, os representantes dessas agremiações se escoraram em regulamentações que pudessem evocar essa possibilidade. Michelle se posicionou de forma irredutível e dispensou qualquer chance para que isso aconteça.
Em contato com a reportagem do ge, a presidente da FPF garantiu que o regulamento do Campeonato Paraibano do último ano será respeitado e, portanto, não existe outro meio desses clubes ingressarem na primeira divisão que não seja através de um acesso por meio da disputa da 2ª divisão do Campeonato Paraibano.
Leia, a seguir, a íntegra do que disse Michelle Ramalho:
"Recebemos, sim, esses pedidos. Entendo o ponto de vista dos nossos filiados em pleitearem vagas na 1ª divisão. Ocorre que consultamos o departamento jurídico e, juridicamente, é inviável a solicitação do Confiança-PB e da Queimadense, uma vez que, para se ter o devido acesso a primeira divisão, seria necessário ter ocorrido outra competição onde estivesse previsto no regulamento o devido acesso. E quanto à solicitação do Sport-PB, seria possível a anulação do rebaixamento, desde que tivesse a anuência de todos os clubes da 1ª divisão para assim modificarmos o regulamento 2020 e anular o rebaixamento, o que não aconteceu, já que alguns clubes foram contra modificar o regulamento 2020. Sendo assim, o regulamento será respeitado e será mantido o descenso dos dois clubes, conforme acertado no Arbitral anterior".
O primeiro pedido oficializado partiu do Sport-PB. O clube da cidade de Lagoa Seca pediu a nulidade do rebaixamento do Campeonato Paraibano se baseando no Artigo 89 da Lei Pelé, que diz que "em campeonatos ou torneios regulares com mais de uma divisão, as entidades de administração do desporto determinarão em seus regulamentos o princípio do acesso e do descenso, observado sempre o critério técnico".
Da Lei Pelé, o Carneiro estende o seu entendimento fazendo associação ao Art. 9º do Regulamento Específico de Competições (REC) do Campeonato Paraibano deste ano, que afirma que "o último colocado de cada grupo após a Primeira Fase será rebaixado para a Segunda Divisão do Campeonato Paraibano de 2021". Com o pedido negado, a equipe deve mesmo voltar o seu planejamento para a disputa da divisão de elite do estadual no próximo ano.
Terceiro e quarto colocados na 2ª divisão do Campeonato Paraibano do ano passado, o Confiança-PB e a Queimadense evocaram o Estatuto do Torcedor em seu Art. 10, inciso "3", parágrafos I e II, por entenderem que podem herdar as vagas deixadas por CSP e Sport-PB, rebaixados do estadual deste ano.
Clubes posteriores ao Sport-PB e o São Paulo Crystal, campeão e vice da última edição da Segundona, respectivamente, o Bicho-Papão e o Carcará, porém, tiveram seus pedidos indeferidos pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol da Paraíba (TJDF-PB), ainda no início da tarde desta segunda-feira. Ou seja, os dois clubes, assim como o Sport-PB, seguem à mercê da disputa da 2ª divisão do Campeonato Paraibano do próximo ano para que consigam postular uma vaga na elite do futebol da Paraíba.
Por Redação do GE
João Pessoa
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