“Nicassio, Magno e Zé Eduardo jogavam com tanta classe, harmonia e inteligência que a gente achava que jogar futebol era coisa fácil”. (Serpa Di Lorenzo) - Foto: Divulgação/Internet |
A sua vitoriosa carreira teve início na cidade de Juazeiro do Norte, Ceará, em 1970, jogando no Treze, equipe amadora daquela cidade religiosa e mundialmente conhecida como a terra do Padre Cícero Romão Batista.
Por volta do ano de 1973, Nicassio começou a jogar profissionalmente defendendo as cores das equipes da Associação Desportiva Recreativa Cultural Icasa, e do Guarani Esporte Clube, ambas da cidade de Juazeiro do Norte.
Em 1978, para a nossa felicidade, Nicassio teve o passe comprado pelo Botafogo Futebol Clube para disputar o campeonato brasileiro, competição vitrine que serviu para mostrar e destacar o seu compacto futebol a nível nacional. A forte equipe do Londrina Esporte Clube, sediada na belíssima cidade de Londrina, Paraná, não pensou duas vezes e levou o nosso homenageado para reforçar a sua equipe.
Em 1979 ele retornou ao Botafogo Futebol Clube e ficou na Maravilha do Contorno até o ano de 1980.
Em seguida ele foi jogar no Ceará Sporting Clube, no qual permaneceu até o ano de 1983. Posteriormente ele foi reforçar o ABC Futebol Clube, permanecendo no alvinegro riograndense até o ano de 1985.
Depois de ganhar títulos e dar muita alegria aos torcedores por onde passou, Nicassio resolveu pendurar as suas famosas chuteiras no ano de 1988, vestindo a camisa da Associação Desportiva Recreativa Cultural Icasa.
Nicassio trabalhou com diversos técnicos de futebol, mas o profissional que marcou muito em sua carreira foi o treinador Caiçara, responsável por sua contratação em 1978 para o Botafogo Futebol Clube; como também por ter lhe deslocado da posição originária de meia esquerda, para jogar de cabeça de área, nascendo aí um volante que desarmava com seriedade e precisão e em seguida armava e servia os atacantes com bastante objetividade.
Quem não se lembra de um meio de campo formado por Nicassio, Magno e Zé Eduardo? Quem não se lembra de um time chamado pela revista Placar de “O Matador de Tri”? Quem não se lembra das vitórias do Botafogo em cima dos poderosos Sport Club Internacional, de Porto Alegre e Clube de Regatas Flamengo, do Rio de Janeiro, sendo a segunda dentro do maior templo de futebol do mundo?
Nicassio faz parte da equipe B de todos os tempos do Botafogo Futebol Clube, escalada pelo cronista Ivan Bezerra de Albuquerque, que assim relacionou: Fernando, Vinicius, Lúcio Surubim, Berto e Tita, Nicassio, Magno e Zé Eduardo, Chico Matemático, Reinaldo e Mauro Madureira. Técnico Pedrinho Rodrigues.
É, amigo leitor, o cabeça de área Nicassio possuía o que chamamos de intimidade com a bola, visão de todas as partes do campo, precisão no desarme e objetividade em suas assistências. Era uma época que valia a pena o torcedor comprar o ingresso e assisti-lo jogando.
Hoje, aposentado, Nicassio tornou-se comentarista de futebol em Juazeiro do Norte, cidade em que reside e com bastante saudade lembra de seus companheiros, das suas jogadas, dos dribles, dos lançamentos, dos desarmes e títulos conquistados.
Para nós torcedores, desportistas e cronistas paraibanos, ficou a certeza de que Cícero Nicassio Facundo, o popular “Nicassio”, escreveu o seu nome com tintas douradas e perpétuas na brilhante história do futebol paraibano.
Serpa Di Lorenzo
Historiador, Membro da ACEP e APBCE
falserpa@oi.com.br
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