Paulo César Salomão Filho, presidente STJD, aceitou pedido de Botafogo e Fluminense — Foto: Divulgação/STJD |
Depois de uma última tentativa de acordo, Botafogo, Fluminense e Ferj não se entenderam sobre as datas de realização das partidas restantes dos clubes na Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca. A decisão então coube ao presidente do STJD, Paulo César Salomão Filho, que aceitou parcialmente os pedidos dos clubes e adiou jogos da 4ª rodada da dupla para 28 de junho.
De acordo com a decisão, Botafogo e Fluminense só podem jogar a partir do dia 28 de junho pela 4ª rodada e, na 5ª rodada, a partir de 1º de julho, conforme desejo inicial dos clubes.
Momentos antes da decisão do presidente do STJD, a Ferj chegou a divulgar nova data dos jogos da dupla, com Botafogo atuando dia 27 de junho e o Fluminense, 28. O que nenhum dos dois aceitava.
Confira trecho da decisão:
"Por todo o exposto é que DEFIRO EM PARTE a liminar vindicada pelo Fluminense F. C. e pelo Botafogo F. R., para sustar por ora e ad referendum do Tribunal Pleno do STJD do Futebol, os efeitos da decisão do TJD/RJ, determinando assim o adiamento das duas primeiras partidas de retomada do Campeonato aprazadas para as Agremiações Requerentes, devendo as partidas serem realizadas a partir dos dias 28/06/2020 (4ª rodada da Taça Rio) e 01/07/2020 (5ª rodada da Taça Rio), ou outra data após 28.06.2020 a critério da Federação, podendo a FERJ proceder com os eventuais ajustes necessários no calendário do Torneio."
A reunião de conciliação entre clubes e federação teve inÃcio na última sexta-feira e se estendeu durante o sábado. Na noite desta segunda e até a manhã de terça-feira, a advogada Juliana Loss, mediadora apontada para tentar solução com os dirigentes, fez os últimos contatos com as partes envolvidas, mas não conseguiu acordo.
No pedido inicial, os dois queriam, além do adiamento dos jogos dos dias 22 e 25 de junho para os dias 1 e 4 de julho, uma declaração a favor de Fluminense e Botafogo para não participarem das partidas dos dias 22 e 25 de junho e ainda determinação para que a Ferj não aplicasse nenhuma penalidade aos clubes (seja pecuniária, rebaixamento, perda de pontos, exclusão do campeonato ou qualquer outra sanção prevista) por não comparecerem as partidas nessas datas.
Antes de levarem o caso à esfera nacional, a dupla entrou com recurso no TJD-RJ, mas teve seus pedidos indeferidos pelo presidente Marcelo Jucá.
No último sábado, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, assinou um decreto proibindo a realização de jogos na cidade até o dia 25 de junho. Depois, o governante disse que a medida valeria apenas para Botafogo e Fluminense.
O decreto, porém, não resolveria de vez a situação dos clubes, já que a Ferj poderia reagendar os jogos ainda para junho, o que vai contra o pedido da dupla, que voltou a treinar presencialmente no fim da última semana.
Durante as conversas, o Fluminense chegou a aceitar jogar nos dias 29 deste mês e 3 de julho e concordou que o Botafogo fosse a campo em 1º e 4 de julho, o que garantiria a ambos 10 dias de preparação.
A mediação entendeu que a marcação das partidas para os dias 22 e 25 de junho tinham sentido de retaliação aos clubes e propôs uma data em junho e outra em julho (29/6 e 2/7 para Flu, 30/6 e 3/7 para Bota). Já o máximo proposto pela Ferj, que recusou qualquer possibilidade das equipes jogarem apenas em julho, foram os dias 25 e 28 deste mês.
Apesar de aceitarem jogar no inÃcio de julho, Flu e Bota reforçaram a posição de que são contra o retorno do futebol neste momento, mas que buscam um entendimento que possa atender os clubes de menor expressão que precisam receber as cotas.
Por GloboEsporte.com
Rio de Janeiro
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