Mayssa Pessoa comemora a conquista da Liga dos Campeões da Europa, nos tempos em que defendia o CSM Bucareste, da Romênia — Foto: Sabin Malisevschi/CSM Bucuresti |
Multicampeã pela seleção brasileira de handebol, a paraibana Mayssa Pessoa vive uma nova fase na carreira. Aos 35 anos, a goleira revelou que tem planos para se naturalizar e disputar as competições mais importantes da modalidade por outro país. A novidade foi contada através de uma transmissão ao vivo da jogadora em uma rede social pessoal. Ela, que defende o Rostov, da Rússia, porém, não divulgou por qual selecionado pretende atuar, só que a partir de dezembro já pode vestir uma camisa que não é a do Brasil.
Mayssa não é convocada pela seleção brasileira há quase três anos, que vão ser completados no fim deste ano. De acordo com a Federação Internacional de Handebol, após esse período, um atleta já pode vestir a camisa de outro selecionado. A brasileira disse também que essa intenção não é somente dela e que outras jogadoras devem seguir o mesmo caminho.
– Não só eu, tem Samira (Rocha), tem Jéssica (Quintino). São algumas jogadoras que não estão indo mais para a seleção e que têm a possibilidade de jogar por outro país. É sim uma possibilidade – cravou Mayssa.
Natural de João Pessoa, Mayssa tem um currículo bastante vencedor no handebol brasileiro. Ela foi campeão do Mundial de 2013, na Sérvia, uma conquista inédita para o Brasil. Além disso, faturou o ouro no Pan-Americano de Toronto, no Canadá, em 2015, e do Campeonato Pan-Americano de Santo Domingo, na República Dominicana, em 2013.
Na sua trajetória, a brasileira também conquistou os Jogos Mundiais de handebol de praia, no ano de 2005, em Duisburgo, na Alemanha. Naquela ocasião, ela foi eleita a melhor goleira da competição.
Por clubes, Mayssa já faturou os campeonatos nacionais da Rússia e da Romênia, além da Liga dos Campeões da Europa.
O tempo passou. Mayssa acumulou conquistas e muita experiência. Atualmente ela defende o Rostov, forte clube russo. É na cidade que a goleira enfrenta a pandemia do novo coronavírus, que abalou o mundo neste primeiro semestre de 2020.
Com saudade da família e de casa, ela explicou o porquê de não voltar para João Pessoa neste período de isolamento social.
– Está bem complicado para ir ao Brasil. Acredito que conseguiria, mas levaria uns quatro dias por conta do caos nos aeroportos. Então eu só voltarei se a minha família precisar mesmo de mim – contou a goleira brasileira.
Atualmente, na Rússia, são 166 mil casos confirmados da Covid-19, com 1.537 mortes. No Brasil, o cenário é pior, pois, apesar de ter menos casos confirmas - são 116 no total -, registra um número de mortes bem maior: 7.966.
Em Rostov, Mayssa mora com a noiva, a modelo holandesa Nikita Ramona. Contudo, a goleira revela ter planos pós-carreira para voltar a viver em João Pessoa. A ideia é seguir desenvolvendo o handebol na sua terra, onde tudo começou em sua carreira. A saudade de casa é grande.
– Daqui a uns três ou quatro anos, eu retorno para João Pessoa. É complicado você não ver sua família, sua mãe e seu pai envelhecendo. E ver apenas depois de anos, meses. Eu penso cada vez mais em voltar, antes eu não pensava – finalizou a jogadora.
Em solo russo, o esporte está paralisado e ainda não há prazo para o retorno das atividades. O handebol é uma das principais modalidades esportivas do planeta e, como esporte de contato, não há como garantir uma total segurança dos atletas em meio ao avanço do novo coronavírus.
Por GloboEsporte.com
João Pessoa
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