Pedro Rocha foi vencido ao Spatak no segundo semestre de 2017 — Foto: Lucas Uebel / Grêmio, DVG |
O Grêmio foi condenado pela Justiça do Rio Grande do Sul a pagar cerca de R$ 11,8 milhões ao Diadema-SP pela venda do atacante Pedro Rocha, hoje no Cruzeiro, ao Spartak Moscou, da Rússia. O montante corresponde a 30% da valor recebido pelo clube gaúcho na transação realizada em agosto de 2017, por 12 milhões de euros (R$ 45,2 milhões, na época), acrescido de correção e multa. O clube gaúcho promete recorrer da decisão.
A decisão é da juíza Kétlin Carla Pasa, da 12ª Vara Cível de Porto Alegre. O clube do interior paulista reivindica na Justiça parte do valor da transação sob a alegação de ser dono de 30% dos direitos econômicos de Pedro Rocha, o que é contestado pelo Grêmio.
O clube gaúcho contratou Pedro Rocha por empréstimo do Diadema em 2014 e logo adquiriu 70% dos direitos do jogador de forma definitiva, no final daquele ano, com vínculo até o fim de 2017. O contrato previa uma cláusula que dava ao clube paulista o direito a 30% do valor de uma negociação do atleta caso ela fosse feita até 31 de dezembro de 2015, ano em que o atacante foi promovido ao time profissional por Felipão.
Como a venda foi efetuada quase dois anos depois desse prazo, a direção tricolor entende que não precisa realizar essa repasse. O Diadema, por sua vez, contesta essa cláusula no contrato e usou como prova nos processos os balancetes financeiros do Grêmio em 2015 e 2016, nos quais o clube gaúcho declarou ser dono de apenas 70% dos direitos de Pedro Rocha.
O diretor jurídico do Grêmio, Nestor Hein, disse ao GloboEsporte.com que o clube vai recorrer em segunda instância. Contrariado com a decisão da Justiça, Hein alega que o cláusula que estabeleceu prazo para eventual repasse ao Diadema foi colocado no contrato a pedido do próprio clube paulista.
– O Grêmio tinha acertado essa cláusula contratual que dava ao Diadema os 30% numa venda até o dia 31/12/2015. Cláusula sugerida pelo Diadema. Nós temos isso nos nossos computadores. Uma perícia foi concedido pela Justiça, foi deferida e depois indeferida. Perícia para provar que essa cláusula veio de um escritório de São Paulo, contratado pelo próprio Diadema – alega Hein.
No início de 2018, o Grêmio já havia penhorado um terreno anexo ao CT Hélio Dourado, em Eldorado do Sul, como garantia no processo. A área é avaliada em R$ 26 milhões e evitou bloqueio das contas do clube gaúcho até a definição do processo na Justiça.
Herói da conquista da Copa do Brasil em 2016 com dois gols na final contra o Atlético-MG, no Mineirão, Pedro Rocha foi vendido ao Spartak no segundo semestre de 2017, mas não conseguiu ganhar sequência no futebol russo. Em abril desse ano, o atacante foi contrato por Cruzeiro por empréstimo, até o final de 2019.
Por Globoesporte.com
Colaboração: Lucas Bubols
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