A
polícia da Suíça prendeu nesta quarta-feira nove dirigentes da Fifa a
pedido da justiça dos EUA sob a acusação de corrupção e diversos outros
crimes. Os suspeitos foram detidos num hotel em Zurique e poderão ser
extraditados para os
Estados Unidos. O departamento de justiça americano confirmou que o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, foi um dos detidos. O
Departamento Federal de Justiça suíço informou que está questionando os
dirigentes sobre a votação para escolha das sedes das Copas de 2018 e
2022.
Delegados de quase todas federações de futebol estão
em Zurique para o congresso da Fifa marcado para esta sexta-feira - no
qual Joseph Blatter tentaria buscar seu quinto mandato como presidente
da entidade. O porta-voz da Fifa, Walter de Gregorio, disse que Blatter
não está entre os acusados.
- Ele não está envolvido de modo algum - disse.
Segundo
o jornal, as acusações baseadas numa investigação do FBI que começou em
2011 apontam corrupção generalizada na Fifa nas últimas duas décadas -
envolvendo a disputa pelo direito de sediar as Copas da Rússia (2018) e
Catar (2022) - além de contratos de marketing e televisionamento. O
rival de Blatter na eleição, o príncipe saudita Ali Bin Al Hussein,
comentou para a emissora inglesa BBC:
- Hoje é um dia triste para o futebol. É uma história em andamento - cujos detalhes ainda estão aparecendo.
Os
outros dirigentes detidos na Suiça, além de Marin, foram Jeffrey Webb
(Ilhas Cayman), vice-presidente da comissão executiva e presidente da
Concacaf; Eugenio
Figueredo (Uruguai), que também integra o comitê da vice-presidência
executiva e até
recentemente era presidente da Conmebol; Jack Warner (Trinidad e
Tobago), ex-vice-presidente da Fifa e ex-presidente da Concacaf, acusado
anteriormente de inúmeras violações éticas;
Julio Rocha (Nicarágua), presidente da Federação Nicaraguense; Costas
Takkas;
Rafael Esquivel; Nicolás Leoz, ex-presidente da Conmebol; e Eduardo Li,
presidente da Federação da Costa Rica.
A Justiça Suíça divulgou nota oficial informando que seis acusados
foram presos e aguardarão processo de extradição para os EUA. Segundo a
nota, as autoridades americanas acusam os suspeitos de receberem milhões
de dólares em subornos. As escolhas de Rússia e Catar como sedes para
as duas próximas Copas (2018 e 2022) podem ser o tema central das
investigações. O Departamento de Justiça americano informou que as
investigações incluem até o contrato da CBF com uma "grande marca americana" - supostamente a Nike.
Joseph Blatter não está entre os acusados, porém seu nome figura
na lista de investigados pela polícia. Segundo informações da TV americana "CNN", o FBI
já vinha atuando sobre o caso há cerca de três anos.
A operação surpresa foi realizada por policiais à paisana, que se
dirigiram ao balcão de registros do Hotel Baur au Lac e, já de posse das chaves, subiram aos quartos dos suspeitos,
efetuando as prisões. Todos os acusados responderão, entre outras, por fraude eletrônica,
extorsão e lavagem de dinheiro.
. O objetivo do dirigente era deixar encaminhado, na sexta-feira, o
acerto para o seu quinto mandato à frente da entidade maior do futebol
mundial.
Ainda na manhã desta quarta-feira, a Fifa informou que
irá realizar uma conferência de imprensa às 11h (6h no horário de
Brasília) em sua sede de Zurique.
Por GloboEsporte.com
Zurique, Suíça
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quarta-feira, 27 de maio de 2015
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Polícia suíça prende ex presidente da CBF e outros dirigentes da Fifa em Zurique
Polícia suíça prende ex presidente da CBF e outros dirigentes da Fifa em Zurique
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