Foto: Luciano Bergamaschi/CBFS |
- Farei duas assembleias este mês. A primeira para aprovação das contas de 2014 e outra extraordinária para eleições do novo presidente. Eu não serei candidato - afirmou Renan Tavares.
À frente da CBFS desde junho do ano passado, quando foi aprovado no cargo após a renúncia de Aécio, Renan herdou uma Confederação em enormes dificuldades financeiras. Patrocinador master da seleção até o fim de 2013, os Correios não renovaram a parceria após a reprovação do balanço referente ao período entre novembro de 2012 e dezembro de 2013, já que a lei brasileira não permite que estatais patrocinem confederações esportivas que não estejam em dia com as suas contas.
O máximo que a entidade conseguiu foi fechar patrocínios pontuais para os últimos compromissos da seleção. Assim foi no amistoso contra a Argentina no Mané Garrincha, em setembro do ano passado, e no Grand Prix de Futsal, em novembro. Em ambas as ocasiões, os Correios estamparam sua marca na camisa brasileira, assinando contrato como patrocinador dos dois eventos.
Desde que assumiu o cargo, Renan tentou, de várias maneiras, aprovar o balanço reprovado. Em agosto do ano passado, a CBFS realizou nova assembleia que decidiu voltar atrás na decisão anterior e aprovar as contas referentes ao período entre novembro de 2012 e dezembro de 2013. No entanto, a reunião não contou com representantes das federações opositoras, o que fez com que o caso fosse parar na Justiça.
No mesmo mês de agosto, o juiz da 7ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza, Fernando Luiz Pinheiro Barros, concedeu liminar anulando a aprovação do balanço. Em dezembro, a CBFS conseguiu anular a liminar na 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, ficando apta a voltar a negociar com patrocínios. A alegria, no entanto, durou pouco tempo, já que a oposição contestou a validade da liminar, o mérito voltou a ser julgado e o balanço foi definitivamente reprovado pela Justiça.
seleção sem previsão de estreia na temporada
A crise afetou até a parte estrutural do futsal brasileiro. Segundo informações apuradas pelo GloboEsporte.com, a seleção está sem material esportivo de treino e de jogo. Por conta da falta de dinheiro, no fim do ano passado a CBFS chegou a retirar a seleção feminina do Mundial da categoria, na Costa Rica, e as atletas recorreram à internet para levantar fundos. A participação no evento só foi assegurada após as jogadoras conseguirem um patrocínio pontual de um banco privado, que se dispôs a cobrir despesas orçadas em aproximadamente R$ 180 mil. O Brasil ficou com o título.
acordo cbfs-oposição e prováveis candidatos
- Para o bem do futsal brasileiro, fizemos um acordo com a atual diretoria da CBFS para lançarmos uma chapa em comum acordo na próxima assembleia. Eles indicarão dois vice-presidentes e nós ficaremos com a presidência. O Renan nos assegurou que não será candidato, e a nossa intenção é que a atual vice-presidente administrativa, Louise Bedê, continue na função - afirmou Madeira.
A CBFS tem até o dia 10 para publicar o edital convocando para as assembleias que decidirão o futuro da entidade. O mais provável é que as eleições ocorram no próximo dia 28, um sábado, na sede da Confederação em Fortaleza.
Por Globo Esporte
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