O clima tenso chegou ao ápice no momento em que o candidato Coriolano Coutinho, irmão do governador paraibano Ricardo Coutinho, registrava sua candidatura (a segunda a fazer isto). A confusão se deu porque Coriolano não estava com o requerimento de inscrição em mãos. Ele ficou sentado diante da comissão eleitoral do pleito, enquanto que Nosman Barreiro, candidato a vice-presidente de outra chapa, começou a requerer o direito de se inscrever primeiro.
Foi quando o clima esquentou. Nosman é aliado da ex-presidente Rosilene Gomes, que foi afastada do cargo em abril pela 8ª Vara Cível de João Pessoa. Ela não será candidata, mas promete fazer campanha para uma das chapas. E estava representada no local por um de seus filhos, Sandro Gomes. Ele começou a se exaltar, criticando Coriolano, e foi repelido por seguranças particulares do irmão do governador.
De repente, um assessor do candidato finalmente chegou com o requerimento e a confusão só se tornou mais tensa, iniciando-se a fase dosa empurrões e dos dedos em riste.
Toda a pressa das chapas acontece porque uma cláusula do regimento interno da Federação manda que as chapas inscritas confirmem no ato do registro o apoio de 10 votos válidos (algumas entidades têm direito a dois votos e eles podem dar dois apoios). E um voto só pode apoiar uma única chapa, sob pena de ter a candidatura impugnada aquela que repetir apoios. O medo, portanto, é que eventuais aliados mudem de lado de última hora.
Esta é a primeira eleição com disputa de chapa após 25 anos. E a disputa da FPF está tão movimentada que vários políticos estão participando diretamente do pleito. Além do irmão do governador, o candidato Amadeu Rodrigues é ex-vereador de João Pessoa. O vereador Zezinho Botafogo e Dinho são outros dois que estão como apoiadores, com o segundo inclusive se envolvendo na confusão desta tarde.
Confusão começou cedo
A confusão na FPF não se resumiu ao momento das inscrições de chapas. Acampados desde ontem na frente da entidade, o dia amanheceu com representantes de cada uma das chapas na porta do prédio. E o primeiro tumulto aconteceu quando o representante de João Máximo, que era o primeiro da fila, teria saído para tomar café da manhã. Assim, o representante de Coriolano tomou o primeiro lugar na fila e disse que dali não saía.
Houve um bate-boca entre os dois e já ali demonstravam que o dia seria tenso. Mas ao menos neste ponto, os cabeças das chapas colocaram panos quentes no conflito e mantiveram a ordem original da fila.
Já a segunda chapa foi a de Coriolano Coutinho. O candidato registrou o apoio de 36 votos, dentre eles destacam-se Botafogo-PB, Sousa, Atlético de Cajazeiras e outras agremiações da primeira divisão. O Internacional, que também constou na lista de João Máximo, também apareceu na relação de Coriolano. E isto gerou mais confusão.
FOTO: LARISSA KEREN
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