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Vinte e quatro anos se passaram e
Argentina e Alemanha – que também já haviam feito a final em 1986 –
voltam a protagonizar juntos uma decisão de Copa do Mundo. De
um lado, nos pés de Lionel Messi, a esperança argentina de exorcizar uma
fila de espera por títulos que já dura mais de 20 anos. Do outro, a
regularidade alemã no cenário futebolístico mundial, vista nas últimas 4
Copas (finalista em 2002, terceiro lugar em 2006 e 2010 e finalista em
2014) e na força de Bayern e Borussia Dortmund, bases da seleção, na
Liga dos Campeões nos últimos anos.
ALEMANHA
Tendo iniciado a Copa sem Reus, seu principal nome,
os alemães sofreram com outros problemas, apesar da goleada aplicada
sobre Portugal logo na estreia. Tiveram pela frente os bem organizados
Estados Unidos e Gana, e, por muito pouco, não perderam pontos
preciosos. Arrancaram um empate aos 25 minutos do segundo tempo contra
os ganeses, com Klose vindo do banco, e confirmaram a classificação
matemática somente contra os EUA, na última rodada, vencendo pelo placar
mínimo de 1×0.
Foto: AP Photo/Matthias Schrader – Onze inicial da Alemanha contra Portugal
Ao contrário da Argentina, a Alemanha teve certo êxito com a troca de esquemas táticos e sofreu menos;
mostrou um futebol mais ordeiro, mesmo sem encantar tanto. A equipe de
Joachim Löw, depois de ter vencido Portugal, empatou com Gana com Lahm
de volante central, entre Kroos e Khedira, e Boateng pela lateral
direita, com Mertesacker de zagueiro. Depois, voltou com Schweinsteiger
no lugar de Khedira e usou Podolski pela direita, no meio-campo,
deixando Müller de centroavante. Outra mudança – positiva, do ponto de
vista técnico -, já contra a Argélia, foi na lateral direita, com a
lesão de Mustafi e o retorno de Lahm à sua posição de origem. Klose
também ganhou espaço no decorrer da Copa e virou titular, passando
Müller a atuar pela direita. Da partida contra a França em diante, a
escalação foi a mesma.
O 7×1 contra o Brasil, depois de ter
eliminado Argélia (2×1) nas oitavas e França (1×0) nas quartas, foi um
capítulo à parte e especial. Escancarou todas as qualidades táticas e
individuais alemãs; desde o sistema defensivo, muito bem protegido por
Neuer, Hummels, Lahm, Khedira e Schweinsteiger, até a articulação de jogadas, feita com competência por Tony Kroos (líder da Copa em assistências ao lado de Cuadrado, com 4)
e Thomas Müller, vice-artilheiro da competição. Mesmo com vários
desfalques relevantes, dentre eles, Badstuber, Mario Gómez, Gündogan,
Lars Bender e o próprio Reus, além de um Özil um tanto quanto apagado,
sobressaiu-se a organização, palavra muito adequada para definir o atual
momento do futebol alemão. A Alemanha, pela oitava vez, marca presença
na decisão (1954, 1966, 1974, 1982, 1986, 1990, 2002 e 2014).
Foto: Dennis Sabangan / Agência EFE – Alemães festejam a vitória contra o Brasil e agradecem o torcedor
Löw tem apenas uma dúvida para domingo, que é o zagueiro Boateng. O defensor do Bayern de Munique, segundo o Globoesporte.com,
deixou o treino de ontem (11) mais cedo graças a uma dor na virilha e
ainda é incógnita para a decisão. Hummels também era um problema horas
depois do jogo do Brasil, mas já está recuperado. Mertesacker deve fazer dupla com o jogador do Borussia Dortmund.
Neuer; Lahm, Mertesacker (Boateng), Hummels e Höwedes; Khedira e Schweinsteiger; Kroos, Özil e Müller; Klose.
Reservas: Kramer, Weindenfeller, Götze, Durm, Zieler, Podolski, Ginter, Großkreutz, Draxler, Schürrle e Mertesacker (Boateng).
Técnico: Joachim Löw
ARGENTINA
Os comandados de Alejandro Sabella entraram no Mundial como favoritos
graças à teórica facilidade em seu grupo, que teve Bósnia, Irã e
Nigéria. Apesar de terem conseguido o aguardado 100% de aproveitamento
na primeira fase, houve uma mistura da displicência de alguns dos
principais jogadores às esperadas deficiências defensivas (antecipadas
pelo próprio Doentes por Futebol aqui) e ao insucesso tático, fruto de lesões e omissões de alguns nomes.
Foto: Victor R. Caivano / AP Photo – Titulares argentinos, no jogo contra a Bélgica
Agüero e Higuain, dois dos pilares do
time, não foram recíprocos com as expectativas – juntos, somam 1 gol e 1
assistência; no início, o lado esquerdo, com Rojo, não passou segurança
e Gago pouco contribuiu; por fim, Sabella teve problemas para definir a
equipe. De um 4-3-3 com Agüero, Messi e Higuaín à frente, e Dí María
mais recuado, a Argentina modificou a formação para Messi, Lavezzi e
Higuaín, com Agüero fora graças a uma pancada na coxa esquerda e,
diga-se, também ao seu mau rendimento em campo. Depois, Gago foi sacado
para a entrada de Biglia, e Dí Maria, antes de se lesionar, passou a
jogar ao lado de Messi e Higuaín no ataque. Dada a saída do meio
campista do Real Madrid, que vinha muito bem, Enzo Pérez foi escalado
para ser o homem de ligação com o ataque.
Com esses obstáculos, as dificuldades foram aparecendo. Apesar do futebol abaixo do esperado na fase de grupos – salvo pelos lampejos de Messi – a Argentina prevaleceu
sobre Bósnia (2×1), Irã (1×0) e Nigéria (3×2), eliminou a Bélgica por
1×0, a Suíça nos últimos minutos da prorrogação e a Holanda nos
pênaltis. Uma campanha heroica e suficiente para que o futebol alviceleste chegasse, com méritos, à sua quinta final (1930, 1978, 1986, 1990 e 2014).
No último jogo, contra a Holanda, houve a
possibilidade de Agüero, já recuperado, começar a partida, mas o
jogador só entrou no segundo tempo. Como Lavezzi vem em momento melhor, é
bem provável que este incie a final, ficando Agüero como opção para
substituir tanto Higuaín, como na semi, quanto o próprio Lavezzi. Há a expectativa do retorno de Di María, que treinou ontem (11) separadamente, mas sua presença ainda é incerta. O 4-3-3 certamente se manterá.
Romero; Zabaleta, Garay, Demichelis e Rojo; Mascherano, Biglia e Pérez (Di María); Lavezzi (Agüero), Messi e Higuaín.
Reservas: Basanta, Andújar, Álvarez,
Federico Fernandez, Augusto Fernandez, Orión, Campagnaro, Gago, Maxi
Rodríguez, Palacio, Agüero (Lavezzi) e Di María (Pérez).
Técnico: Alejandro Sabella
FICHA DA PARTIDA
DATA: 13/07/2014, 16h
LOCAL: Maracanã, Rio de Janeiro
ARBITRAGEM: Nicola
Rizzoli (Itália), auxiliado por Renato Faverani (Itália) e Andrea
Stefani (Itália) / Quarto árbitro: Carlos Vera (Equador).
HISTÓRICO EM COPAS
O confronto entre Alemanha e Argentina é rodeado de tradição e história. Em 6 jogos, foram 3 vitórias dos alemães, 1 triunfo argentino e 2 empates.
Destas partidas, duas foram finais de Copa; uma em 1986, no México,
vencida pela Argentina por 3×2, e outra em 1990, na Itália, com vitória
dos europeus por 1×0. O último jogo foi na Copa passada, nas quartas de
final, quando a Alemanha garantiu a classificação com um sonoro 4×0.
Nenhum outro confronto se repetiu tanto em finais da Copa como este.
Doentes por Futebol
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