Uma semana após o jogador Falcão anunciar que não defenderá mais a seleção brasileira
e fazer duras críticas à gestão da Confederação Brasileira de Futsal
(CBFS), a entidade emitiu uma nota oficial de esclarecimento. Em suas
críticas, o jogador comparou práticas da confederação com uma
''ditadura'', algo que o comunicado questiona com veemência, afirmando
que existe participação de atletas nos colegiados de direção e na
eleição para cargos.
- Ao asseverar que a CBFS 'virou uma ditadura' o atleta demonstra
que ainda não tomou conhecimento de alteração estatutária aprovada pela
unanimidade da Assembleia Geral, onde, no art. 1º-A, ficou grafado que a
entidade se rege 'por princípios definidores da gestão democrática'. E
mais, assegurou-se no seu inciso VI a 'participação de atletas nos
colegiados de direção e na eleição para os cargos da CBFS'. Assim, além
deste canal oficial, a entidade está, como sempre esteve, aberta às
críticas e sugestões construtivas de todos os seus segmentos, inclusive
atletas, para concretizar uma administração com efetivas práticas de
Governança Corporativa - afirmou e entidade, em nota (veja na íntegra abaixo).
Críticas de Falcão foram rebatidas pela confederação (Foto: Luciano Bergamaschi / CBFS)
A entidade citou diversas conquistas de Falcão pela seleção brasileira e
declarou que dizer que o futsal do Brasil "andou 20 anos para trás" é
"esquecer a história vitoriosa", com sete títulos mundiais masculinos em
dez disputados, quatro femininos heptacampeão masculino (em 10 títulos
disputados), nem de tetracampeão mundial feminino, fora os
Sul-Americanos, Pan-Americanos, de Grand Prix, de Mundialitos e de
torneios internacionais, muitos dos quais o próprio atleta ajudou a conquistar.
Além
disso, para rebater a declaração de Falcão de que as críticas seriam
"pensando na geração que está vindo e na sequência do futsal", a
confederação lembrou que há 27 competições nacionais de seleções e de
clubes nas categorias sub-15, sub-17, sub-20 e adulto, fora os projetos
de inclusão social de comunidades carentes em escolinhas de futsal.
Confira a nota, assinada pelo presidente Aécio de Borba Vasconcelos, na íntegra:
1. É imperioso destacar, de logo, que não se tem nenhuma pretensão
polemizar com o atleta FALCÃO, uma unanimidade nacional e internacional,
a quem sempre respeitamos e devemos eterna gratidão desportiva por
relevantíssimas e decisivas atuações na seleção brasileira de Futsal.
Tendo disputado quatro títulos mundiais, foi ele peça fundamental em
dois deles (2008 e 2012), do total de sete (7) mundiais já conquistados
pela CBFS. Mas, além dele, muitos outros atletas, aqui não nominados para não se
cometer injustas omissões, foram igualmente importantes e marcantes nas
conquistas de outros cinco (5) títulos mundiais (1982, 1985, 1989, 1992 e
1996), gerações essas que não contaram com o talento do craque FALCÃO.
2. Declarar que o Futsal do Brasil “andou 20 anos para trás”, é esquecer a história vitoriosa que o próprio FALCÃO ajudou a construir, pois nenhum dos 209 países filiados à FIFA obteve, nem por sonho, como o Brasil, o láureo de heptacampeão masculino (em 10 títulos disputados), nem de tetracampeão mundial feminino (em 4 títulos disputados – 2010 (na Espanha), 2011 (no Brasil), 2012 (em Portugal) e 2013 (na Espanha)). Some-se a isso os inúmeros títulos sul-americanos, pan-americanos, de grand prix, de mundialitos e de torneios internacionais que perfazem mais de uma centena.
3. O consagrado atleta assinala que faz suas críticas “pensando na geração que está vindo e na sequência do futsal”. Se é esta sua preocupação pode ficar tranquilo, pois, pouquíssimas Confederações no país promovem, por ano, nada menos que 27 competições nacionais de seleções e de clubes, nas categorias sub-15, sub-17, sub-20 e adulto, tanto no masculino, como no feminino. Ademais, estando presente em todos os estados e no Distrito Federal, congrega mais de 5 mil clubes e 430 mil atletas inscritos, além de projetos de inclusão social de comunidades carentes nas Escolinhas de Futsal.
4. Certamente é este incentivo e impulso permanentes dados pela CBFS, nas categorias principal e de base, e em todos os naipes, que lhe propiciaram o cartel de desempenho mais vitorioso de todos os desportos brasileiros. Com efeito, as seleções brasileiras de Futsal jogaram até hoje 795 partidas, venceram 726 (91,32%), empataram 40 (5,04%) e perderam apenas 29 (3,64%). E contra números qualquer retórica se torna falaciosa e descabida.
5. Nenhum dos contratos com os patrocinadores da CBFS têm previsão de rubrica ou verba específica para pagamento de premio pecuniário aos atletas para conquistas de títulos continentais ou mundiais. Por isso mesmo, tais prêmios sempre foram pagos de acordo com a capacidade financeira da CBFS.
6. A visível prioridade das empresas e de entes públicos no patrocínio do Futebol, por força da Copa do Mundo de 2014, ou, de direcionar os recursos para as modalidades olímpicas, em razão dos Jogos Olímpicos de 2016, têm, de fato, gerado dificuldades e “concorrência desleal” nos patrocínios que não podem ser imputadas aos gestores da CBFS.
7. Ao asseverar que a CBFS “virou uma ditadura” o atleta demonstra que ainda não tomou conhecimento de alteração estatutária aprovada pela unanimidade da Assembleia Geral, onde, no art. 1º-A, ficou grafado que a entidade se rege “por princípios definidores da gestão democrática”. E mais, assegurou-se no seu inciso VI a “participação de atletas nos colegiados de direção e na eleição para os cargos da CBFS”. Assim, além deste canal oficial, a entidade está, como sempre esteve, aberta às críticas e sugestões construtivas de todos os seus segmentos, inclusive atletas, para concretizar uma administração com efetivas práticas de Governança Corporativa.
8. Ao ser criada a Associação de atletas do futsal, a CBFS parabenizou sua diretoria, colocando-se à disposição para ouvi-los e recebê-los, evidenciando o apreço mantido com a classe. Acrescente-se que, sistematicamente, a CBFS sempre homenageou e agradeceu, publicamente, a todos, em especial os atletas, que ao longo dos anos têm contribuído para ampliar a coleção de títulos internacionais do salonismo brasileiro.
9. Dizer que a CBFS não reconhece atletas que participaram de suas seleções brasileiras é esquecer ou silenciar, por exemplo, que Vander Iacovino, atleta campeão mundial, já foi técnico de nossas seleções e, atualmente, Manoel Tobias, também atleta campeão mundial e escolhido por duas vezes melhor do mundo, é o atual técnico das seleções feminina e sub-20, além de auxiliar técnico da seleção masculina, categoria principal. É esta a evidência maior do respeito incondicional que temos e teremos sempre pelos nossos atletas, parceiros indispensáveis na luta por um Futsal cada vez melhor.
2. Declarar que o Futsal do Brasil “andou 20 anos para trás”, é esquecer a história vitoriosa que o próprio FALCÃO ajudou a construir, pois nenhum dos 209 países filiados à FIFA obteve, nem por sonho, como o Brasil, o láureo de heptacampeão masculino (em 10 títulos disputados), nem de tetracampeão mundial feminino (em 4 títulos disputados – 2010 (na Espanha), 2011 (no Brasil), 2012 (em Portugal) e 2013 (na Espanha)). Some-se a isso os inúmeros títulos sul-americanos, pan-americanos, de grand prix, de mundialitos e de torneios internacionais que perfazem mais de uma centena.
3. O consagrado atleta assinala que faz suas críticas “pensando na geração que está vindo e na sequência do futsal”. Se é esta sua preocupação pode ficar tranquilo, pois, pouquíssimas Confederações no país promovem, por ano, nada menos que 27 competições nacionais de seleções e de clubes, nas categorias sub-15, sub-17, sub-20 e adulto, tanto no masculino, como no feminino. Ademais, estando presente em todos os estados e no Distrito Federal, congrega mais de 5 mil clubes e 430 mil atletas inscritos, além de projetos de inclusão social de comunidades carentes nas Escolinhas de Futsal.
4. Certamente é este incentivo e impulso permanentes dados pela CBFS, nas categorias principal e de base, e em todos os naipes, que lhe propiciaram o cartel de desempenho mais vitorioso de todos os desportos brasileiros. Com efeito, as seleções brasileiras de Futsal jogaram até hoje 795 partidas, venceram 726 (91,32%), empataram 40 (5,04%) e perderam apenas 29 (3,64%). E contra números qualquer retórica se torna falaciosa e descabida.
5. Nenhum dos contratos com os patrocinadores da CBFS têm previsão de rubrica ou verba específica para pagamento de premio pecuniário aos atletas para conquistas de títulos continentais ou mundiais. Por isso mesmo, tais prêmios sempre foram pagos de acordo com a capacidade financeira da CBFS.
6. A visível prioridade das empresas e de entes públicos no patrocínio do Futebol, por força da Copa do Mundo de 2014, ou, de direcionar os recursos para as modalidades olímpicas, em razão dos Jogos Olímpicos de 2016, têm, de fato, gerado dificuldades e “concorrência desleal” nos patrocínios que não podem ser imputadas aos gestores da CBFS.
7. Ao asseverar que a CBFS “virou uma ditadura” o atleta demonstra que ainda não tomou conhecimento de alteração estatutária aprovada pela unanimidade da Assembleia Geral, onde, no art. 1º-A, ficou grafado que a entidade se rege “por princípios definidores da gestão democrática”. E mais, assegurou-se no seu inciso VI a “participação de atletas nos colegiados de direção e na eleição para os cargos da CBFS”. Assim, além deste canal oficial, a entidade está, como sempre esteve, aberta às críticas e sugestões construtivas de todos os seus segmentos, inclusive atletas, para concretizar uma administração com efetivas práticas de Governança Corporativa.
8. Ao ser criada a Associação de atletas do futsal, a CBFS parabenizou sua diretoria, colocando-se à disposição para ouvi-los e recebê-los, evidenciando o apreço mantido com a classe. Acrescente-se que, sistematicamente, a CBFS sempre homenageou e agradeceu, publicamente, a todos, em especial os atletas, que ao longo dos anos têm contribuído para ampliar a coleção de títulos internacionais do salonismo brasileiro.
9. Dizer que a CBFS não reconhece atletas que participaram de suas seleções brasileiras é esquecer ou silenciar, por exemplo, que Vander Iacovino, atleta campeão mundial, já foi técnico de nossas seleções e, atualmente, Manoel Tobias, também atleta campeão mundial e escolhido por duas vezes melhor do mundo, é o atual técnico das seleções feminina e sub-20, além de auxiliar técnico da seleção masculina, categoria principal. É esta a evidência maior do respeito incondicional que temos e teremos sempre pelos nossos atletas, parceiros indispensáveis na luta por um Futsal cada vez melhor.
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