Com o fechamento do primeiro ciclo da Série B e o início do próximo, a conversa foi longa na Ilha do Retiro, nesta quinta-feira. Mais até do que o treino. Ninguém quer deixar de “puxar uma orelha”, fazer uma pressão aqui e acolá. Vale tudo para que a nau rubro-negra não inicie um caminho sem volta. E, até por estar entre os quatro primeiro colocados da Série B, dirigentes, jogadores e comissão técnica não querem ver o trabalho ruir. O resultado tem de ser imediato. Uma vitória sobre o Icasa, na Ilha, no sábado, pode definir um monte de coisa.
Se vencer, o Sport dá mais um passo dentro do G-4. E o clima entre os leoninos, como é de praxe pós-triunfo, tende a ficar mais ameno. Se perder, o natural é que um novo turbilhão tome conta do clube. E a permanência do técnico Marcelo Martelotte está ligada ligada diretamente ao sucesso ou ao infortúnio da equipe no embate contra os cearenses.
Não se quer ser fatalista, mas é o que se apresenta para o momento. Na quarta-feira, o presidente do clube, Luciano Bivar, entrevistado pela Globo.com, foi duro ao julgar, em público, o trabalho do treinador Martelotte. Nas palavras do gestor rubro-negro, “não estamos jogando bem. E a equipe está sem padrão. Precisamos encontrar essa forma urgente para acabar com essa bagunça”, afirmou, sem cortes, o mandatário.
Não foi dessa vez que Bivar meteu a colher no futebol e causou desconforto. No início do ano, ter ido à imprensa e se colocado abertamente contra à então diretoria de futebol, que tinha como intenção colocar para fora alguns medalhões do grupo – entre eles Cicinho e Hugo –, causou estragos. O resultado foi a entrega dos cargos de todos os diretores, encabeçados por Milton Bivar, seu irmão.
Bivar, apenado por seis meses pelo STJD, por conta do Caso Leomar, entrou no clube pensando em profissionalizar a direção. E colocou Marcos Amaral como executivo de futebol, com a intenção clara de afastar diretores amadores do vestiário, até para acabar com qualquer ruído de comunicação. Só falta, agora, se recolher em épocas turbulentas e deixar essas discussões com quem é pago para dar as devidas explicações.
Martelotte escutou o chefe e deixou algumas convicções para trás. Ontem sacou do time Rithely e Camilo. O Leão deve ser mais ofensivo, no sábado, podendo jogar com até três atacantes – Diego Maurício, Marcos Aurélio e Felipe Azevedo. Hoje à tarde, o treinador dará entrevistas.
Jornal do Comercio




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