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quinta-feira, 10 de março de 2016

Em sigilo, polícia de SP investiga venda de resultados no futebol há 5 meses

 
Ofício do Ministério Público para instauração de inquérito para investigação de suspeitas de manipulação (Reprodução)
A Polícia Civil de São Paulo investiga, desde outubro de 2015, denúncias de manipulação de resultados no futebol paulista. O inquérito corre sob sigilo após decisão do juiz Ulisses Augusto Pascolati Júnior, do Jecrim (Juizado Especial Criminal), que centraliza crimes relacionados ao Estatuto do Torcedor e tem a competência para realizar essa apuração.
Quem comanda as investigações é o delegado Mário Sérgio de Oliveira Pinto, do Drade (Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva).
O pedido de instauração do inquérito partiu do promotor Paulo Castilho, responsável pelo Juizado do Torcedor, e inclui relato de um dirigente do América de Rio Preto durante reunião na FPF (Federação Paulista de Futebol).
O ofício é do dia 14 de outubro de 2015 e solicita "apuração de crime previsto no artigo 41-C, D e E da Lei 10671/03" – trata-se do trecho que tipifica a manipulação de resultados como crime no Estatuto do Torcedor. Há, também, uma investigação na FPF.
O presidente do América, José Carlos Pereira Neto, contou ao GloboEsporte.com que relatou o episódio no Conselho Arbitral da Segunda Divisão – na prática, a quarta divisão estadual – durante uma explanação de dirigentes sobre os riscos das quadrilhas de apostadores. Depois disso, foi convocado para prestar esclarecimentos na federação.
– O que fiz foi apenas levantar a mão e falar que eu tinha conhecimento do caso, que já tinha passado por isso. Depois eu cheguei a prestar depoimento na federação e agora eles estão me chamando de novo para falar sobre isso – afirmou.
O presidente do América diz ter medo de retaliações:
– Mas quero deixar claro que não foi eu que denunciei no início, eu apenas levantei a mão durante a reunião e falei que tinha conhecimento do caso. Agora querem jogar toda a responsabilidade para mim. Me matar é fácil, né? Quero ver quem vai lá matar o presidente da Federação. Sei que são mafiosos e asiáticos esse povo – disse Pereira Neto.
Segundo o dirigente, uma pessoa que se identificou como Ednilson ofereceu R$ 160 mil para que a equipe perdesse deliberadamente para o Vocem, de Assis, em julho de 2015.
– Disse que era para um grupo de loterias e eu falei que não ia vender. Até porque era um jogo decisivo e tudo mais. Eu não vendo jogo. Eles queriam combinar até os minutos em que a gente ia tomar os gols, tinha que ser de dois ou quatro gols pra gente perder – completou Zé Branco, como é conhecido o presidente do América.
O jornal "Folha de S.Paulo" publicou nesta quarta-feira que outros clubes do interior também receberam ofertas semelhantes, casos de Catanduvense, São José e Assisense, além do Grêmio Barueri, protagonista de outra denúncia publicada pelo jornal "Diário de S.Paulo" no último sábado.
– Desde o ano passado nós temos essas informações, que chegaram à Federação Paulista, que montou um comitê de integridade. Tão logo essas suspeitas chegaram, foi pedida a instauração de inquérito – afirmou o promotor Paulo Castilho.

Por Globoesporte.com
São Paulo

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