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sexta-feira, 29 de julho de 2022

Ninão inicia treinos na seleção e técnico já o vê nas Paralimpíadas

Ninão no treinamento da Seleção Brasileira de Vôlei Sentado em um lance de ataque (Foto: Divulgação / CBDV)
A primeira semana de Ninão, o homem mais alto do Brasil, como paratleta está alucinante. Na segunda-feira, ele iniciou os treinos no time de vôlei sentado do Paulistano, clube com o qual assinou contrato de dois anos. Logo, o técnico da equipe paulista, Fernando Guimarães, que também comanda a seleção brasileira da modalidade, levou o mais novo paratleta para treinar no time do Brasil. E as expectativas do treinador são as melhores possíveis: ele confia que Ninão tem potencial para representar o país nas Paralimpíadas de Paris, em 2024.
Ninão e seus 2,37m de altura saíram da Paraíba rumo a São Paulo no início desta semana e, por conta de seu tamanho, tudo vem acontecendo com muitas adaptações: no avião, ele ocupou três poltronas; a cadeira de rodas teve que ser adaptada; e, no clube, duas camas precisaram ser unidas para acomodar o paratleta. Tudo isso acontece sete meses após Ninão ter parte da perna direita amputada por conta de uma osteomielite.
Tudo vem acontecendo em um curto espaço de tempo e, desde que chegou à capital paulista, Ninão vem conciliando os treinos no Paulistano, com atividades também na seleção brasileira de vôlei sentado. Mesmo que o paratleta tenha um período de apenas dois anos para se preparar do zero, o técnico Fernando Guimarães acredita que ele tem potencial para chegar à Paris 2024, mas que vai depender muito do próprio Ninão.
É o que eu falei a ele: "Depende de você". Tem mais 11, 12, 15 meninos dentro da seleção que querem a mesma vaga, então ele vai ter que se dedicar, ter as responsabilidades dele. Lógico que teremos um carinho especial, porque ele é realmente diferenciado, mas vai depender muito dele. Estamos esperançosos — disse o técnico.
Ninão vem sendo inserido nos treinos do time do Paulistano e da seleção aos poucos, principalmente porque é tudo muito novo para ele. São atividades curtas, de cerca de 20 a 30 minutos por turno, até que ele pegue o ritmo dos seus colegas.
Vamos ter que ter muita paciência e calma nessa questão dos treinamentos, porque ele é um cara que nunca jogou. Me parece só que teve um contato com o vôlei quando era criança, mas ele nunca sentou para jogar. No vôlei sentado, é muito difícil a adaptação. Agora, ele é um cara muito sagaz, muito esperto, muito inteligente, ele pega muito rápido as coisas. Me impressionou a coordenação dele. Já tocou bem na bola, já entendeu a altura que precisa atacar, isso em apenas três dias — afirmou Fernando Guimarães.
Em suas redes sociais, o gigante, como gosta de ser chamado, exibe com alegria sua nova rotina.
A chegada de Ninão foi muito bem-aceita pelo time. O diferencial da altura dele proporciona novos desafios para todos, incluindo a comissão técnica, que também vem se reinventando. O técnico Fernando Guimarães está empolgado com a nova aquisição do esporte, vislumbrando um futuro com medalhas para o Brasil, com o homem mais alto do país podendo ser um dos protagonistas das conquistas.
Os meninos abraçaram ele de uma maneira muito legal, todo mundo está dando a maior força. Foi bom para a comissão técnica também. A parte do marketing, então, nem se fala, porque precisamos divulgar o esporte, e acho que ele pode ser um promovedor disso. Eu sempre falo: "Papai do céu é muito bom comigo, sempre me dá as coisas na hora certa". E ele está me dando mais uma chance de trazer a primeira medalha para o vôlei masculino para o Brasil. Eu acho que ele pode ser um cara que vai ajudar demais e, quem sabe, ser até o protagonista dessa história. O mais importante de tudo é o que o esporte traz. Uma pessoa que amputou a perna... de repente, o esporte traz ele de novo através da inclusão, da socialização, do estar sendo útil. Esse cara pode estar fazendo história para ele, para a cidade dele, para o país — finalizou.

Por Izabel Rodrigues 
GE Campina Grande, PB

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