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sábado, 27 de novembro de 2021

Causos & Lendas do Nosso Futebol: Uma Exibição Atemporal

 
A data escolhida foi o dia vinte de novembro de 2021, o palco foi a belíssima arena da Associação de Pessoal da Caixa Econômica Federal, hoje tão bem administrada por Carlos Alberto Carlão Espínola. De um lado estava a aguerrida equipe da Associação dos Cronistas Esportivos da Paraíba, atualmente presidida pelo dinâmico Ailton Cavalcanti e do outro lado estava a invicta equipe de estrelas do Causos & Lendas do Nosso Futebol, dirigida por Serpa Guardiola Di Lorenzo. No centro do gramado, do alto de sua experiência e competência, encontrava-se o professor e árbitro CBF aposentado José Clizaldo da Silva, que saiu do seu aconchego, acompanhado de Clizaldo Filho, para prazerosamente apitar aquela partida entre desportistas de várias gerações. Ao lado do gramado, vizinho da mesa das medalhas, estava calmamente sentado a enciclopédia do futebol paraibano. Sim, caro leitor, estou a falar do cronista Eudes Moacir Toscano, que papeava com Jamil Medeiros, paraibano radicado na Ilha de Parintins – AM.
A equipe do Causos & Lendas do Nosso Futebol, que havia ganhado o primeiro jogo, entrou em campo com o veterano goleiro Fernando, aquele que foi tricampeão em 68, 69 e 70 pelo Botafogo Futebol Clube. Na lateral direita, o intrépido Toinho Maracanã, do Palmeiras da Torre; na zaga a combinação perfeita de Washington Luís, atleta que mais vezes vestiu a camisa do belo e Washington Lobo, o craque que emocionava Ivan Bezerra; na lateral esquerda, o ex-presidente do Auto Esporte, Manoel Demócrito. O meio de campo foi composto por Regis Guru, que jogou em várias equipes paraibanas e foi vice-campeão alagoano pelo CSE; Ademir, que atuou vários anos no Santos de Tereré e no Campinense Clube e Marcílio Braz, árbitro de futebol e atualmente vice-presidente da Federação Paraibana de Futebol, FPF.
No ataque, estavam o maior artilheiro da história do alvinegro da estrela vermelha: Francisco de Assis Gama, o popular “Chico Matemático” cujo nome de guerra, afrontava a ciência dos números, nas palavras do grande Marcus Aurélio; e Sérgio Meira, excelente atleta e abnegado ex-presidente do Botafogo Futebol Clube. Sim, aquele que as forças não ocultas não o deixaram administrar o clube com a devida e necessária transparência. No banco do C&LDNF, estavam o goleiro Inácio Montenegro, o popularíssimo NANÁ, que com apenas 16 anos jogou no antigo e extinto Red Cross; Aderson, abnegado diretor amador do Belo; Rogério, Santos de Tereré; Bartolomeu HD; Severiano raposeiro e Lelo.  Próximo a eles, o sempre discreto e competente árbitro e presidente do Palmares Esporte Clube, Paulo Morais, que na função de supervisor realizou toda a logística para o nosso time entrar em campo, do material de jogo ao suco de acerola energizado.  Também estiveram Gilson Lima, competente marqueteiro e especialista de futebol, e José Moraes, presidente-gladiador do Spartax Futebol Clube, equipe que merecidamente retornou para a segunda divisão do campeonato paraibano de profissionais. Todos vestindo as cores do Causos & Lendas do Nosso Futebol.
E quando José Clizaldo da Silva apitou pela última vez, encerrando a partida, todos os presentes foram para o centro do gramado homenagear o desportista Chico Matemático, que recebeu das mãos de Eudes Moacir Toscano um certificado do C&LDNF, reconhecendo o seu legado. Depois das entregas das medalhas e taça, a sede foi saciada no restaurante da APCEF com uma gelada e um papo gostoso. Uns diziam que o gol de Washington Lobo foi o mais bonito e que seria o gol do Fantástico, outros achavam que foi o gol do artilheiro Sergio Meira e que passaria no programa de Milton Neves. Todos, sem exceção, falavam que Fernando era como vinho, quanto mais velho melhor. Demócrito, como sempre, questionava qual o motivo para ter sido substituído por um atleta que tem a idade de ser seu tataraneto? Nos bastidores, fortes rumores das aquisições de Valdeci, Marcos Lima e Veronilson para a próxima temporada. Os preparadores físicos Rodrigo e Alysson elogiaram o condicionamento físico da equipe. Já o professor Candeia, historiador, fez as vezes de fotógrafo oficial. E o placar da partida? Foi o menos importante para um dia bastante especial para os amantes do rico e histórico futebol paraibano.  2022 promete muito mais. VIVA O CAUSOS & LENDAS DO NOSSO FUTEBOL!

Serpa Di Lorenzo
Historiador, Membro da ACEP e APBCE
falserpa@oi.com.br

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