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sábado, 10 de abril de 2021

Causos & Lendas do Nosso Futebol: Tito, o Pelé das quadras!

Foto: Divulgação
Ele nasceu na belíssima capital dos paraibanos, precisamente no dia três de agosto do ano de mil novecentos e cinquenta e seis, os seus pais o batizaram com o nome de Carlos Alberto Pereira de Oliveira, mas para o mundo da bola pesada ele ficou conhecido como o craque “Tito”.
Os deuses do esporte tramaram para ele ter a sua infância e adolescência justamente no bairro da Torre, celeiro de bons jogadores de campo e de salão. Era uma época em que a garotada convergia para a Praça Tiradentes, local onde o saudoso São Gonçalo Futebol Clube, de Badê e companhia, treinava.
Em 1968, ainda garoto, Tito dava os seus primeiros dribles na escolinha de salão do extinto Clube Astréa, na época comandada pelo competente Inaldo Bezerra. Em 1969, Tito integrava a equipe infantil de futebol de campo do Ibis Futebol Clube, também da Torre, junto de uma geração que marcou muito o nosso futebol de base. No pássaro preto da Torrelândia, ele jogou até a categoria amadora. Ele também jogou, profissional no Santos de Tereré Futebol Clube em um torneio denominado de Carlos Pereira de Carvalho, realizado no Estádio Leonardo da Silveira, o campinho da Graça. Em 1976, Miruca, então treinador, compareceu em sua casa para levá-lo para o Treze Futebol Clube, a sua genitora não deixou.
Em 1972, com apenas dezesseis anos, ele já entrava no quadro adulto do São Gonçalo Futebol Clube, jogando ao lado de Betinho, Badê, Jorjão, Marquinhos e outras feras. Foram bicampeões em 1973. No início da carreira ele atuava de pivô, depois foi jogar de ala. Sempre chutando forte, certeiro e com as duas pernas.
Em 1974, jogando pela então Escola Técnica Federal da Paraíba, ao lado de Ademar, Rosalvo, Ovídio, Quincas e outros excelentes jogadores de salão - sob o comando do competente Walter Castro - Tito foi campeão brasileiro dos jogos de escola técnicas realizados na cidade de Campos, Rio de Janeiro.
Em 1976, Tito vestiu a camisa do tradicional Estrela do Mar Esporte Clube, de Jaguaribe, onde foi campeão ao lado de Josias, Rosalvo, Quincas, Jone Erickson e uma geração que marcou o nosso futebol de salão.
Quando foi em 1977, Tito foi levado para defender as cores alvirrubras do tradicional Esporte Clube Cabo Branco, onde foi tri campeão. Com as cores da extinta equipe do Irineu Jofilly, na década de oitenta, Tito foi bicampeão paraibano. Também na década de oitenta, ele foi bicampeão paraibano pela forte equipe do Grêmio São Braz. Finalmente, o nosso homenageado também colocou as faixas de campeão defendendo a equipe da Aliança. Paralelamente aos clubes e seleções, o nosso homenageado também defendia as cores do Bradesco nos jogos dos bancários.
Ele também brilhou com a camisa da Paraíba em jogos universitários, em 1975 em Maceió, AL, em 1976 em Belo Horizonte, MG, e em 1979 em João Pessoa, PB. Seu nome era o primeiro da lista de convocação de atletas. A forte equipe da Sumov, de Fortaleza, mandou, várias vezes, emissários a João Pessoa para tentar a sua contratação.
Quem não lembra daqueles jogos universitários brasileiros disputados aqui em João Pessoa, quando na final perdemos para São Paulo e conquistamos o honrado vice campeonato. O time base era: Ivenaldo, Bosco, Marquinhos, Zé Rui e Tito.
Aliás, esse quinteto estava tão entrosado, que vestindo a camisa alvirrubra do Esporte Clube Cabo Branco - sob o comando de Walter Castelo Branco - em uma noite inesquecível no ginásio da UFPB, enfrentou, deu show e venceu a seleção brasileira de futebol de salão pelo placar de 5 x 4, com cinco gols, pasmem,  caríssimos leitores, do inigualável Tito. Em determinado momento daquela partida, quando ele pegava na bola, o goleiro da seleção brasileira gritava desesperadamente “não deixa ele chutar, não deixa ele chutar”. A torcida delirava nas lotadas arquibancadas.
Para nós torcedores, cronistas e desportistas paraibanos, ficou a certeza de que Carlos Alberto Pereira de Oliveira, o “popular Tito”, escreveu o seu nome com tintas douradas e perpétuas na brilhante história do futebol de salão da Paraíba.

Serpa Di Lorenzo
Historiador, Membro da ACEP e APBCE
falserpa@oi.com.br

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