Condenado a mais de 20 anos pelo assassinato da modelo Eliza Samudio, o goleiro Bruno, ex-Flamengo, pode sair da cadeia e com a ajuda de um clube da segunda divisão mineira. Isso porque o Montes Claros pretende contratá-lo para a disputa do Módulo II do Mineiro.
De acordo com o advogado do jogador, Francisco Simin, será encaminhado um ofício à Justiça, a fim de solicitar a transferência de Bruno da Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem (Grande Belo Horizonte), para a Penitenciária de Montes Claros, no Norte de Minas. Segundo o presidente do Montes Claros, Ville Mocelin, para poder jogar, Bruno passaria a cumprir pena em regime semi-aberto. Durante o dia, o goleiro ficaria à disposição do clube mineiro para os treinamentos e à noite voltaria para dormir no presídio.
Caso queira realmente contar com Bruno, a diretoria do Montes Claros terá de correr contra o tempo. É que o prazo de transferência entre federações no Brasil se encerra nesta sexta-feira. E o jogador de 29 anos precisaria transferir seu registro da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) para a Federação Mineira.
Mesmo se conseguir a transferência, o goleiro ainda precisaria de um bom tempo para entrar em forma, ainda mais adquirir ritmo de jogo. Afinal, a última vez que ele entrou em campo foi em junho de 2010, quando o Flamengo enfrentou o Goiás, no Maracanã.
Nesta quarta-feira, o Montes Claros venceu o Nacional, por 3 a 1, em Uberaba, e se isolou na liderança do Grupo B, com 18 pontos. O time volta a campo neste sábado, quando recebe a Patrocinense pela nona rodada.
Relembre o caso
Em junho de 2010, a Polícia Civil de Minas Gerais declarou o goleiro Bruno suspeito do desaparecimento de Eliza Samudio. O jogador inclusive chegou a ter a prisão preventiva decretada. Em 6 de março de 2013, o jogador admitiu a morte de Eliza Samudio e culpou o amigo Macarrão pelo crime.
Em 8 de março de 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão, dos quais 17 anos e 6 meses em regime fechado, por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e uso de meio que dificultou a defesa da vítima), cárcere privado e sequestro de Eliza e de Bruninho e ocultação de cadáver. Por sua confissão, sua pena foi reduzida em três anos, mas aumentada em seis meses por ter sido "mandante".
Agência Futebol Interior
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