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sábado, 23 de abril de 2022

Causos & Lendas do Nosso Futebol: Você se Lembra do Ponteiro Trial?

O homenageado com a camisa do Esporte Clube União (Foto: Divulgação)
Ele nasceu na então arborizada e pacata capital dos paraibanos, precisamente no dia 19 de novembro do ano de 1942, foi registrado por seus pais com o nome de CRECIAL CAVALCANTE DE ARAÚJO, mas para o mundo da bola, ele ficou conhecido como o habilidoso ponteiro direito “TRIAL”. Quando adolescente, o nosso homenageado jogou em várias equipes do tradicional bairro de Cruz das Armas, onde nasceu e viveu, de início jogando no meio de campo e posteriormente passando a utilizar a camisa com o número sete em suas costas.  Logo cedo, ele destacou-se jogando no quadro juvenil da extinta equipe amadora do Bando Azul, do saudoso Seu Oscar.
No começo da década de 60, ele foi levado para jogar no famoso Esporte Clube União, equipe rubro-negra que revelou excelentes jogadores e que teve o seu auge na gestão de Seu Costeira, presidente daquela agremiação. E foi no time do jornal A União que “TRIAL” começou a ser destaque como jogador profissional, jogando ao lado de grandes revelações do nosso rico futebol. Quem não se lembra de Freire, Zezinho Baliza, Lando, Walter Moreira e Biu Ferreti. Valdeci Pereira, Mineiro e Paulo Foba, TRIAL, o grande Delgado e Piau?
Foram vários e dedicados anos jogando com a camisa do Esporte Clube União, empresa que, por intermédio de Seu Costeira, o contratou para trabalhar na gráfica do jornal como servidor público, emprego que serviu até a sua merecida aposentadoria. Quando foi no final da década de 60, o TRIAL foi transferido para o Botafogo Futebol Clube. No belo, junto de grandes jogadores que marcaram época em nosso futebol, como Nininho, Santana, Valdo, Fernando, Lando e Chico Matemático, TRIAL participou da campanha e conquistou o bicampeonato paraibano de 69. Logo depois ele resolveu pendurar as suas famosas chuteiras.
O pai de TRIAL, seu Marcial, também foi jogador profissional com passagem no Treze Futebol Clube e no Auto Esporte Clube. Um irmão seu, também chamado de Trial, jogou no Auto Esporte Clube e no Nacional de Cabedelo. Os seus amigos de dentro das quatro linhas, contam que ele era um ponteiro direito rápido, habilidoso e que cruzava a bola com bastante facilidade, deixando seus companheiros em posição de marcar gols. Fora das quatro linhas, era um ser humano simples, educado, amigo e que no horário de folga, gostava de trabalhar consertando sapatos.
Zezito, lateral esquerdo que jogou contra e a favor do TRIAL, lembra com saudade do habilidoso ponteiro e acrescenta um fato bastante pitoresco com o amigo. Quando o Botafogo Futebol Clube ganhou o campeonato, foi servido um baita jantar para a comissão técnica e atletas no restaurante panorâmico do Esporte Clube Cabo Branco. Os jogadores não contaram conversa, se serviram bastante naquela noite. Ocorre que, uns três jogadores se destacaram pela contínua repetição dos pratos com alimento. TRIAL era um dos gulosos. A certa hora, brincando, os companheiros disseram: TRIAL, tem guardanapo ali! Ele, educadamente respondeu, obrigado, mas não aguento comer mais nada!
Quando foi no dia 21 de julho do ano de 2004, vitimado por um AVC, ele faleceu. Para nós, torcedores, cronistas e desportistas paraibanos, ficou a certeza de que o Sr. CRECIAL CAVALCANTE DE ARAÚJO, o popular “TRIAL”, escreveu o seu nome com tintas douradas e perpétuas na brilhante história do futebol paraibano.

Por Serpa Di Lorenzo
Historiador, Membro da ACEP e APBCE
falserpa@oi.com.br

Um comentário:

  1. Meu avô Meu herói!!! Meu inesquecível beiçola ♥️♥️♥️♥️♥️♥️

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