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sábado, 26 de março de 2022

Causos & Lendas do Nosso Futebol: Você se Lembra do Zagueiro Pistola?

 
Pistola hoje aposentado (Foto: Divulgação)
Precisamente no dia oito de fevereiro do ano de 1949, ele nasceu na prazerosa cidade de Patos, PB, carinhosamente denominada pela imprensa de morada do sol, foi por seus país registrado com o nome de ANTÔNIO PEREIRA DO NASCIMENTO, mas para o mundo da bola ele ficou conhecido como o seguro zagueiro “PISTOLA”, apelido decorrente de uma deformidade física em seu braço esquerdo.
Com apenas 16 anos de idade, PISTOLA se destacou jogando de quarto zagueiro no time do Náutico, uma das inúmeras equipes amadoras então existentes na cidade de Patos. Em 1969, ele foi levado pelo jogador e amigo Bastinho, para jogar no Nacional Atlético Clube. Na época quem treinava o canário do sertão era o saudoso e competente Virgílio Trindade, desportista que orientou inúmeros jogadores no início de suas respectivas carreiras.
PISTOLA, que também jogava na lateral esquerda, foi titular da quarta zaga do alviverde sertanejo por vários anos, jogando ao lado de Bastinho, Teomar, João Grilo, Pedro Leitão, Messias, Chiquinho Alegria, Dinaldo, Canário, Tico, Clóvis e do saudoso goleiro e seu irmão Pereira. Era uma época em que o Nacional Atlético Clube não precisava de jogadores de outras cidades, ao contrário, as equipes de fora e as denominadas de grandes viviam atrás de suas revelações e promessas.
Pistola na época de atleta (Foto: Divulgação)
O nosso homenageado, que possuía uma excelente visão de jogo, marcava muito bem e com excelente domínio de bola, também jogou futebol de salão nos colégios de sua cidade e fez parte da seleção de futebol de Patos, selecionado que teve a finalidade de angariar fundos para a Liga Patoense de Futebol. Em 1971, PISTOLA foi jogar na cidade cearense de Barbalha, na equipe do Cecasa Futebol Clube, que representava uma grande fábrica de cerâmica local. Em 1972, ele retornou para morar em Patos e vestir novamente o manto alviverde que tanto respeitou e honrou.  A sua relação como atleta com o Nacional continuou até o final do ano de 1974, perfazendo cinco anos de dedicação e amor ao seu time de coração.
Em 1975, ele veio trabalhar na cidade de João Pessoa, onde teve o prazer de disputar duas temporadas seguidas com a camisa alvirrubra do Auto Esporte Clube, quando jogou ao lado de Fernando, Silva Índio, Chico Alicate e Marco Antônio, Reginaldo, Augusto, Miltinho, Marcílio, Carneiro e Catê, sendo os dois últimos citados também oriundos do futebol de Patos.
Outra participação do nosso quarto zagueiro, foi com a camisa alvirrubra do Esporte Clube Cabo Branco, quando disputou um torneio realizado no estádio Leonardo Vinagre da Silveira, o saudoso campinho da Graça. Em 1976, com apenas 27 anos de idade, PISTOLA resolveu pendurar as suas disputadas chuteiras e dedicar-se ao seu trabalho profissional, pois futebol, naquela época, não oferecia independência financeira aos jogadores da Paraíba, apesar da incontestável qualidade que eles possuíam.
Hoje, aposentado, do alto da experiência dos seus 73 anos de idade, PISTOLA relembra com saudade da época em que tudo começou, das chuteiras pesadas e desconfortáveis, dos gramados irregulares, e da falta de estrutura financeira. Porém, com um sorriso nos lábios, ele acrescenta que todas essas deficiências eram supridas dentro das quatro linhas pela vontade, determinação e qualidade dos atletas de outrora. Era uma época em que o futebol era jogado para frente, o conhecimento técnico prevalecia sobre o condicionamento físico.
Para nós torcedores, cronistas e desportistas paraibanos, ficou a certeza de que o Sr. ANTONIO PEREIRA DO NASCIMENTO, o popular “PISTOLA”, escreveu o seu nome com tintas douradas e perpétuas na brilhante história do futebol paraibano.

Por Serpa Di Lorenzo
Historiador, Membro da ACEP e APBCE
falserpa@oi.com.br

3 comentários:

  1. Meu pai tenho muito orgulho dele. É uma honra ter nascido sua filha. Agradeço imensamente a homenagem.

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  2. Grande profissional o qual tive a grande satisfação de comversar sempre com ele na minha terra Natal. Somos conterrâneos. Um profissional que ficará sempre na história do canário. E do nosso futebol paraibano. Parabéns amigo pistola. Parabéns pela exelente matéria pessoal.

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  3. Lembro bem desse grande jogador. Craque de bola. Aliás, naquela época dificilmente víamos um jogador limitado. Saudade dos grandes lances...

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