Causos & Lendas do Nosso Futebol: Você se Lembra do ponteiro Tuca? - Esporte do Vale

Ultimas

Esporte do Vale

O Portal de Esportes do Vale do Sabugi

test banner

Post Top Ad

Responsive Ads Here

Ads

Responsive Ads Aqui 2

sábado, 12 de fevereiro de 2022

Causos & Lendas do Nosso Futebol: Você se Lembra do ponteiro Tuca?

 
Ele nasceu no dia vinte e três de agosto do ano de 1942, na prazerosa cidade de Patos, sertão da Paraíba e celeiro de bons jogadores, foi batizado pelos seus pais com o nome de ARTUR VIEIRA DA COSTA, mas para o mundo da bola ele ficou conhecido como o arisco ponta direita “TUCA”.
Desde criança “TUCA” mostrou que possuía habilidade com a bola nos pés, jogando peladas pelos saudosos campos de areia da morada do sol. Depois ele ingressou no Botafogo Futebol Clube, equipe amadora que servia de trampolim para jovens atletas chegarem às equipes profissionais do Esporte Clube de Patos e do Nacional Atlético Clube. Toda aquela experiência adquirida nos campos do Óleo da Estação Ferroviária e do Colégio Estadual levou o nosso homenageado a ingressar, com apenas 18 anos de idade, na equipe principal do alviverde, carinhosamente chamada de “O canário do sertão”. A sua carreira como atleta profissional foi curta e jogou apenas no Nacional Atlético Clube. Ele ingressou em 1960 e quando foi no ano de 1967 ele a encerrou. Foram oito anos seguidos tirando o sossego dos então laterais esquerdos que só conseguiram pará-lo apelando para o jogo desleal.
TUCA era um ponteiro direito que hoje é chamado de raiz, que quando dominava a bola ia direto para cima de seu marcador, realizando o drible, indo na linha de fundo e cruzando com maestria para o camisa nove do time marcar. Outro fundamento importante que ele possuía, era a facilidade de lançar a bola mudando o jogo para o meio do gramado ou para o lado esquerdo do campo. A torcida que o assistia no acanhado estádio José Cavalcanti, inaugurado em 1964, lembra com saudade de suas jogadas pelo lado direito do campo. As suas habilidades pessoais com a pelota coincidiram-se com os inesquecíveis atletas que surgiram em Patos naquela década, como Zé do Carmo, Dissor, Perequeté, Bastinho, Ribamar, Aluísio, Petrônio Lucena, Lulu, Zé do Carmo, Teixerinha, João Batista Crispim, o JB e tantos outros que alavancaram o esporte no nosso sertão.
João Batista, o JB, que foi seu companheiro dentro das quatro linhas assim expressou - se sobre o futebol de TUCA: “Um dos melhores ponteiros direito que vi jogar”.  João Grilo, que vestiu a camisa do Nacional por vários anos e logo depois dele, assim definiu o amigo: “Não era um Garrincha, mas jogava muito”.  Quando encerrou a sua carreira profissional nos gramados, TUCA ingressou para trabalhar na antiga Saelpa – Sociedade Anônima de Eletrificação da Paraíba, antiga empresa do governo do Estado e foi estudar e concluir os cursos de Contabilidade e Economia, passando a jogar apenas peladas e o então denominado futebol de salão.
Em 1970, a Saelpa transferiu TUCA para trabalhar na cidade de Catolé do Rocha PB, encerrando em definitivo a sua relação com o futebol Patoense. Desde o ano de 1982 ele mora na belíssima cidade de João Pessoa e em 1995 aposentou-se do serviço público estadual. Casado com a senhora Sinileide Melquiades Vieira, conhecida por todos como dona Leleca, ele teve dois filhos e dois netos.
TUCA lembra com saudade da época em que vestia a camisa alviverde com o número sete nas costas e era reconhecido em todas as esquinas, bares, festas e ruas de sua querida Patos. Reconhece e agradece os ensinamentos transmitidos pelos seus treinadores, em especial de Edésio Leitão, que sabia orientar, cobrar e nunca pressionar ou prejudicar o atleta.
Hoje, aposentado, morando na praia de Cabo Branco, sentado em uma cadeira de balanço com a família ao lado, ele recorda ao filho, Artur Jr, que na época dele não se ganhava dinheiro, a estrutura era mínima ou inexistente, mas o futebol era jogado bonito e para frente.
Para nós torcedores, cronistas e desportistas paraibanos, ficou a certeza de que o Sr. ARTUR VIEIRA DA COSTA, o popular “TUCA”, escreveu o seu nome com tintas douradas e perpétuas na brilhante história do futebol paraibano.

Por Serpa Di Lorenzo
Historiador, Membro da ACEP e APBCE
falserpa@oi.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário será publicado em breve após ser analisado pelo administrador

Publicar anúncio principal

Responsive Ads aqui