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quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Clubes concordam com Série C de pontos corridos, mas querem cotas de transmissão como na Série B

Ituano é o atual campeão da Série C do Brasileiro (Foto: Thais Magalhães / CBF)
Os 20 clubes que vão disputar a Série C do Campeonato Brasileiro deste ano se reuniram na manhã desta quinta-feira e chegaram a um acordo sobre o formato de disputa da competição já para este ano. Todas as agremiações aceitam um torneio nos moldes das séries A e B, em pontos corridos, com 38 rodadas, mas exigem que, para essa fórmula ser implantada, a CBF ofereça um aporte financeiro a cada agremiação, por participar do campeonato, de pelo menos 50% do que acontece na Série B.
A reunião aconteceu de maneira remota e, além de representantes dos 20 clubes, recebeu ainda a Associação de Clubes, mas não contou com a presença da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A ideia foi debater formatos e eventuais mudanças para a competição. Daí surgiram as propostas a serem apresentadas em breve à CBF. Vale lembrar que a CBF já divulgou o calendário de 2022 do futebol brasileiro, e nele consta a Série C com 26 datas, que é a quantidade de datas que o formato do ano passado teve.
Houve apenas uma convergência unânime, que foi justamente repetir na Série C, já a partir deste ano, o formato utilizado nas séries A e B: 20 times se enfrentando no sistema de todos contra todos, em jogos de ida e volta, totalizando 38 rodadas, e a equipe que somar mais pontos sendo a campeã. Mas isso apenas se a CBF oferecer a cada agremiação menos 50% do valor que é dado a cada clube da Série B.
Em 2021, cada clube recebeu cerca de R$ 8 milhões de cotas de transmissão na Série B. Ou seja, os 20 clubes da Série C aceitam um torneio longo, de pontos corridos, de ida e volta, desde que haja uma cota fixa de mais ou menos R$ 4 milhões para cada agremiação.
Outras opções
Os clubes ainda debateram outros tipos de fórmula. E aí houve uma divisão notória. O bloco do Nordeste, composto por nove clubes, prefere que, sendo mantida a realidade sem cotas de transmissão, o torneio seja disputado da forma que vem sendo, com dois grupos regionalizados na primeira fase e dois quadrangulares do acesso, cruzando-se as chaves.
Já o bloco que aglutina clubes do Sul, Sudeste e Norte, além da Aparecidense, único clube do Centro-Oeste, estão desconfortáveis com o torneio acontecendo de maneira regionalizada. Eles sugeriram no encontro, e vão levar até a reunião futura com a CBF, uma proposta de uma competição com todos contra todos em partidas só de ida.
Ou seja, 19 rodadas na primeira fase. A segunda fase seria do mesmo jeito do ano passado, com dois quadrangulares do acesso. Os seis melhores colocados da Série C do ano passado mais os clubes que caíram da Série B em 2021 jogariam 10 partidas em casa e nove fora. O restante jogaria 10 fora e nove em seus domínios.
Os clubes do Norte, Sul e Sudeste estão desconfortáveis com a competição regionalizada. Então eles querem essa mudança. Mas é uma proposta que a CBF pode ou não acatar. O que todos concordam é que o torneio poderia ser de pontos corridos, com 38 rodadas, se tivéssemos cotas, como acontece na Série A e na Série B. Mas a CBF tem que analisar se pode ou não dar esse aporte — detalhou Francisco Sales, executivo de futebol do Botafogo-PB, que participou do encontro.
Quem também falou sobre o tema foi o presidente em exercício do Vitória, Fábio Mota. O dirigente ressaltou a vontade dos clubes de ter uma competição nos moldes das duas primeiras divisões do futebol nacional, mas foi cético quanto à mudança para os pontos corridos com 38 rodadas.
Coloraram duas fórmulas em votação. A fórmula um seria a atual, dois grupos regionais, onde se classificariam quatro em cada grupo. E a fórmula nova, que seria todos contra todos, em turno único, e classifica os oito primeiros. O Vitória votou na primeira fórmula. O Vitória e todos os nove clubes do Nordeste. Os outros 11 e o Aparecidense votaram no turno único. Como perdemos, somos obrigados a aderir o que a maioria decidiu. O que vai para a CBF é essa fórmula que a maioria decidiu. O sonho de todos seria pontos corridos, ida e volta. Mas é difícil por causa dos custos — disse Mota.

Por Pedro Alves 
GE João Pessoa

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