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terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Árbitro é acusado de assediar jogadora de time do RJ

Foto: Reprodução/Infoesporte
Um árbitro do Rio de Janeiro é acusado de assediar uma jogadora de 18 anos do Pérolas Negras, que este ano jogou o Campeonato Carioca Feminino adulto. A atleta relatou constrangimento depois que Lucas Vidal Dias, 22 anos, passou a puxar assunto nas redes sociais, curtir inúmeras publicações e comentar uma foto de biquíni. Ele nega que tenha cometido assédio.
O caso foi denunciado pela primeira vez na quarta-feira da semana passada, durante julgamento no Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ), ocasião em que o Pérolas respondeu pela presença não autorizada de uma criança no seu banco de reservas na partida contra o Duque de Caxias, no dia 13 de outubro. O relato de assédio e perseguição do árbitro à jogadora Duda Moura, volante da equipe, foi usado (sem sucesso) na tentativa de desqualificar a súmula.
Em outra sessão no TJD-RJ dois dias depois, na sexta-feira, Thais Thomaz da Silva, a Feijão, atacante do Pérolas Negras, foi julgada por ter ofendido Lucas Vidal Dias no jogo contra a Cabofriense, no dia 20 de outubro. Ela prestou depoimento e disse em sua defesa que perdeu a cabeça porque sabia que o árbitro vinha assediando sua companheira de time com mensagens nas redes sociais. De acordo com Thais, Lucas ficou o tempo todo próximo à Duda, "vindo inclusive a esbarrar nela por duas vezes" durante a partida. Ainda segundo o depoimento, no início do segundo tempo, o árbitro se dirigiu a ela para perguntar:
"Aquela ali é a Duda Moura, né? A blogueira bonitinha".
Depoimento de Thais Thomaz, a Feijão, do Pérolas Negras, no Tribunal de Justiça Desportiva do Rio (Foto: Reprodução)
Mesmo com as acusações, novamente a defesa do Pérolas não conseguiu tornar a súmula imprestável. Em vez disso, o caso foi convertido em diligência, e os fatos novos foram encaminhados à Procuradoria, que vai decidir se apresenta ou não denúncia contra o árbitro Lucas Vidal Dias. O ge tentou contato com André Valentim, procurador-geral do TJD-RJ, mas não teve resposta até o fechamento da reportagem.
À reportagem, por meio dos advogados Marcelo Jucá e Esther Freitas, Lucas Vidal negou que tenha cometido assédio e pediu desculpas "caso tenha se desenhado qualquer tipo de ofensa ou desrespeito".
"Parabenizei a atleta em rede social por uma vitória de sua equipe. As mensagens estão à disposição da reportagem e não ocorreram de forma abusada e muito menos desrespeitosa. Contudo, caso tenha equivocadamente se desenhado qualquer tipo de ofensa ou desrespeito em razão da minha conduta, peço desculpas e afirmo que não irá se repetir. Exerço minha profissão de forma isenta e trago valores familiares de respeito ao próximo e principalmente, à mulher", disse.
O ge apurou que a Federação do Rio tomou conhecimento dos relatos na época, mas, como ainda não havia acusações formais, decidiu apenas não escalar mais o árbitro em jogos do Carioca Feminino - que terminou no fim de novembro com título do Flamengo. Procurada, a entidade disse que "repudia qualquer tipo de assédio".
"A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro reprova e repudia qualquer tipo de assédio e preconceito. No caso em questão, o departamento de arbitragem, preventivamente, não escalou mais o juiz para partidas do Campeonato Feminino Adulto, e aguarda a decisão do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RJ), órgão competente ao qual o caso já foi admitido para análise e julgamento, cuja decisão, após o devido processo legal, determinará as medidas subsequentes necessárias".
CURTIDAS, PALMINHAS...
A defesa do Pérolas Negras anexou algumas provas ao processo no TJD-RJ. As principais são prints do Instagram de Duda, que mostram comentários do árbitro em publicações e tentativas de puxar assunto; e duas cartas escritas de próprio punho, uma por Duda e outra por Feijão. Os advogados entendem que houve, no mínimo, assédio moral por parte de Lucas Vidal Dias e não descartam a tese de assédio sexual.
Os assédios teriam começado no dia 14 de outubro, dia seguinte à partida do Pérolas contra o Duque de Caxias. Duda, que completou 18 anos em agosto, conta que Lucas entrou em contato por meio de sua rede social mesmo "sem ter passado nada para ele". E que ele se identificou como o árbitro a quem ela havia pedido informações sobre banheiro.
- Eu estava verificando minhas atividades e, na mesma semana, vi que ele tinha curtido todas as minhas fotos e comentou em uma foto vestida de biquíni com emojis "palminhas" - escreveu a jogadora.
As duas jogadoras alegam que Lucas Vidal se mostrou desmedidamente agressivo nos jogos do Pérolas Negras em que atuou, principalmente na partida contra a Cabofriense, depois que Feijão respondeu a ele que Duda era sua namorada - a atacante disse que fez isso para proteger a companheira de equipe.
- Durante o segundo tempo me senti completamente fora de si e desestabilizada com a pergunta sobre "eu ser namorada da atleta Duda Moura", uma posição antiprofissional e fora da ética em campo - escreveu a atacante Feijão.
Veja a carta escrita por Duda:
Carta da Duda, do Pérolas Negras, relatando os fatos envolvendo o árbitro Lucas Vidal Dias (parte 1) - Foto: GE
Carta da Duda, do Pérolas Negras, relatando os fatos envolvendo o árbitro Lucas Vidal Dias (parte 2) - Foto: GE
O Pérolas Negras terminou o Campeonato Carioca Feminino adulto em sexto lugar na classificação geral, atrás dos quatro grandes e da Cabofriense.

Por Tébaro Schmidt 
GE Rio de Janeiro

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