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sábado, 20 de fevereiro de 2021

Causos & Lendas do Nosso Futebol: Você se Lembra de Gama?

Ele nasceu na arborizada e belíssima cidade de João Pessoa, no dia nove de outubro do ano de mil novecentos e sessenta, foi registrado pelos seus pais com o nome de Antônio Gama Lima, mas para o mundo da bola pesada, ele ficou conhecido como o pivô “Gama”.
Quando adolescente, ele teve a felicidade de morar no Bairro da Torre, próximo da Praça Tiradentes, onde convergiam os peladeiros para jogar nas quadras de futebol de salão, sendo os melhores, aproveitados no saudoso e histórico time do São Gonçalo Futebol Clube. Ali existiu um celeiro de atletas de futsal de causar inveja a qualquer clube ou escolinha desse país continental. Quem não se lembra de Betinho, Vuca, Marquinhos, Ronaldão e o inigualável Tito?
Pois bem, desde cedo Gama começou a se destacar nos jogos escolares e nos jogos da primavera com a camisa alviverde do antigo colégio Instituto Presidente Epitácio Pessoa, o saudoso IPEP de Maria Bronzeado. Também participou dos jogos universitários defendendo os Institutos Paraibanos de Educação – Unipê. Levantou taças e recebeu medalhas em todas essas competições citadas.
O nosso homenageado também teve uma passagem no futebol de campo, quando defendeu as cores alvinegras do Botafogo Futebol Clube, nos anos de 1978 a 1981, na categoria de juniores, época em que o clube da maravilha do contorno possuía uma equipe imbatível.
Mas o destino o direcionou para as quadras de futebol de salão, nas quais foi por várias vezes campeão, em todas as categorias com as camisas do São Gonçalo, Esporte Clube Cabo Branco, Assufep e Caiena.
Com estatura pequena, o que era ideal para quem jogava de pivô de futebol de salão na época, Gama possuía um grande domínio de bola com ambas as pernas, dribles curtos e chutes certeiros, atormentando a vida do antigo central e do goleiro. As suas assistências aos alas eram milimetricamente passadas e normalmente resultavam em gols.
Quando o seu talento ultrapassou a nossa querida capital, Gama foi contratado para defender as fortes equipes de salão da época, como a Desportiva Pitú, de Pernambuco, o Grêmio São Braz, de Campina Grande, o Grêmio Foot Ball Porto Alegrense, de Porto Alegre, o Santa Cruz Futebol Clube, o Bandern e o Banorte, esses últimos  do Recife.
Por muitos anos defendeu as cores rubro-negras do estado da Paraíba, sendo convocado anualmente desde a época em que era juvenil. Contribuiu muito ajudando a elevar o nome do nosso futebol de salão no Brasil. A nossa seleção, na década de oitenta, estava entre as quatro melhores seleções do país, sendo bicampeã do Nordeste, nos anos de 1981 e 1985.
Aquele plantel era tão bom que em uma partida amistosa, ocorrida em 1984, no lotado ginásio do antigo DEDE venceu a poderosa seleção brasileira. Gama foi um dos destaques da equipe paraibana.
Em 1985, quando atravessava excelente fase física e técnica, houve a convocação da seleção brasileira e todo mundo estranhou o seu nome não ter sido relacionado. Ocorreu, infelizmente, a lamentável política de bastidores.
Em 1987, quando estava jogando no vizinho estado de Pernambuco, Gama foi campeão do nordeste e vice-campeão brasileiro defendendo as cores daquele estado.
Em 1993, ele resolveu encerrar a sua carreira de atleta para abraçar a também vitoriosa carreira de treinador. Como técnico ele dirigiu o IPEP, ECCB, Aliança, Benfica, COPM, Bandern, Guarani, Botafogo e Flagama. Foi campeão em todas essas equipes e tricampeão do nordeste com a seleção paraibana.
Em 2014 encerrou a sua carreira de treinador. Hoje ele treina apenas a equipe de Fut – 7 dos magistrados paraibanos. Estatisticamente o nosso homenageado é o atleta e treinador que conquistou o maior número de títulos na Paraíba, sendo campeão em todas as categorias.
Para nós torcedores, cronistas e desportistas paraibanos, ficou a certeza de que Antônio Gama Lima, o popular “Gama”, escreveu o seu nome com tintas douradas e perpétuas na brilhante história do futsal paraibano.

Serpa Di Lorenzo
Historiador, Membro da ACEP e APBCE
falserpa@oi.com.br

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