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segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Ramírez do Bahia defende-se de acusação de Gerson: "Em nenhum momento fui racista"

Gerson acusa Ramirez de racismo em duelo entre Flamengo e Bahia no Maracanã — Foto: Jorge Rodrigues / Agência Estado
O meia colombiano Indio Ramírez, do Bahia, defendeu-se das acusações de racismo feitas por Gerson, do Flamengo, no jogo do último domingo, no Maracanã, válido pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. O depoimento em vídeo foi divulgado pelo clube baiano a pedido do próprio atleta:
- Em nenhum fui racista com nenhum dos jogadores, nem com Gerson, nem com qualquer outra pessoa. Acontece que quando fizemos o segundo gol botamos a bola no meio do campo para sair rapidamente e o Bruno Henrique finge e eu arranco a correr e eu digo a Bruno que” jogue rápido, por favor”, "vamos irmão, jogar sério”. Aí ele joga a bola para trás e Gerson, não sei o que me fala, mas eu não compreendo muito o português. Não compreendi o que me disse e falei "joga rápido, irmão". Aí passo por ele e sigo a bola. Não sei o que ele entendeu, o que ouviu. Ele jogou a bola e passou a me perseguir sem eu entender o que passava. Dei a volta por trás porque não queria entrar em briga com ninguém e depois ele sai falando que o tratei com “cale a boca, negro” falando português quando eu realmente não falo português. Estou apenas alguns meses no Brasil e sobre isso de ser racista não estou de acordo, porque isso não é bem visto em nenhuma parte do mundo e sabemos que todos somos iguais e em nenhum momento falei isso e menos ainda usei essa palavra.
O atleta colombiano continuou:
- O clima no jogo estava complicado. Foi um jogo bom, eles abriram 2 a 0. Empatamos e tínhamos chances de fazer o terceiro. Se supõe, então, que o jogo fica disputado, com mais chegadas. Ele ficou diferente. Um atacando, outro defendendo. É algo normal. Fica tenso por circunstâncias do jogo. Mas nada de insultos e racismo. Bruno, em um momento, me chamou de "gringo de merda", mas eu não prestei muita atenção. Sou colombiano, criado em Rio Negro, uma cidade perto de Medellín. A minha família sempre me ensinou que somos todos iguais mesmo. Não há ninguém melhor do que o outro mesmo que um tenha mais dinheiro do que outro. Espero que as coisas se esclarecem rapidamente, minha família e eu estamos passando por um momento complicado. Não fui racista em nenhum momento. Vim ao Brasil para jogar e ter um futuro. De coração, espero que tudo se solucione. Desculpa a quem escutou, se o Gerson entendeu mal o que falei. Em nenhum momento falei mal dele e não fui racista.
Entenda o caso:
O episódio ocorreu aos 7 minutos do 2º tempo, quando a partida estava 2 a 1 para o Flamengo. As imagens da transmissão mostraram Gerson inconformado "peitando" o colombiano Ramírez depois de ouvir algo que lhe incomodou. Afastado pelos colegas, o meia foi até a beira do campo e discutiu também com o treinador do Bahia, Mano Menezes. Na saída de campo, Gerson afirmou ter ouvido de Ramírez: "Cala a boca, negro".
- Tenho vários jogos pelo profissional e nunca vim na imprensa falar nada porque nunca tinha sofrido preconceito, nem sido vítima nenhuma vez. O Ramirez, quando tomamos acho que o segundo gol, o Bruno fingiu que ia chutar a bola e ele reclamou com o Bruno. Eu fui falar com ele e ele falou bem assim para mim: "Cala a boca, negro". Eu nunca falei nada disso, porque nunca sofri. Mas isso aí eu não aceito.

Por Redação do GE
Salvador, Bahia

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