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segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Léo Moura: da glória no Flamengo e taças pelo Grêmio à passagem melancólica pelo Botafogo-PB

Léo Moura foi recebido nos braços dos torcedores botafoguenses — Foto: Josemar Gonçalves / Botafogo-PB
Depois de quase nove meses e apenas 12 jogos oficiais, acabou a passagem de Léo Moura pelo Botafogo-PB. E, diferentemente dos 10 anos de sucesso pelo Flamengo e dos importantes troféus conquistados pelo Grêmio, o lateral-direito não vai deixar saudade no Alvinegro da Estrela Vermelha. Ao longo da temporada, o jogador viu um Belo instável, diferente de nos anos anteriores, não conquistou títulos e também não marcou um gol sequer. Além de tudo isso, o ex-camisa 88 botafoguense conviveu com um período difícil de lombalgia, que o afastou dos gramados por um longo período. Com a rescisão de contrato, aos 42 anos, ele descartou a hipótese de encerrar a carreira.
Foi em janeiro deste ano que a novela protagonizada pelo Botafogo-PB e por Leonardo Moura começou. Um encontro num restaurante em João Pessoa deixou a torcida repleta de expectativa. Na época, o então presidente Sérgio Meira disse que o negócio era difícil de acontecer. Uma semana depois, o Belo iniciou uma campanha para bombar as vendas do plano de sócio-torcedor e, dessa forma, anunciar uma grande contratação.
O mistério durou muito pouco, e, depois de deixar o Grêmio, o lateral-direito fechou com o Belo até o fim da Série C do Campeonato Brasileiro. Em sua apresentação, uma recepção calorosa no aeroporto, passeio de helicóptero para conhecer a capital paraibana e uma verdadeira apoteose num Estádio Almeidão lotado para receber a nova estrela, que vestiria a camisa 88.
Botafogo-PB anuncia Léo Moura e presidente do clube dá detalhes sobre a contratação do lateral
Após a confirmação da chegada de Leonardo Moura ao Botafogo-PB, em uma enquete apresentada pelo ge, os internautas chegaram a eleger o jogador como a principal contratação da história do futebol paraibano dentre as opções apresentadas.
A estreia de Léo Moura aconteceu no dia 8 de fevereiro, na vitória do Botafogo-PB sobre o Náutico por 2 a 1, no Estádio Almeidão, em João Pessoa, pela Copa do Nordeste, quando o time era comandado por Evaristo Piza. O jogador, que esteve em campo durante os 90 minutos, foi discreta. Com o tempo, ele acumulou mais jogos sem brilho, conseguindo dar uma assistência para Lucas Simón na vitória do Belo sobre o Nacional de Patos, pela sétima rodada do Campeonato Paraibano.
Pandemia paralisou o futebol
Depois disso, veio a pandemia do novo coronavírus, que paralisou o calendário do futebol no país. Durante a parada, Léo Moura se envolveu em algumas polêmicas. Uma delas foi um passeio de bicicleta pela orla de João Pessoa no momento em que existia um decreto publicado pela Prefeitura Municipal proibindo circulação por aquele local. O jogador se justificou, disse que estava voltando para casa após ir ao supermercado. Contudo, através de uma rede social, ele pediu desculpas pelo ocorrido.
Foi também durante a paralisação do futebol que o jogador teve um quadro complicado de lombalgia, que o afastaria dos gramados por um longo período. Em julho, a modalidade foi retomada na Paraíba, com o retorno dos treinamentos e, consequentemente, a reta final do Campeonato Paraibano e da Copa do Nordeste. Lesionado, Léo Moura viu de longe a eliminação do Botafogo-PB, então comandado por Mauro Fernandes, na semifinal do estadual para o rival Treze, encerrando uma sequência de três títulos consecutivos do clube na competição. Além disso, no Nordestão, o time foi eliminado pelo Bahia na fase de quartas de final.
Com a volta do futebol, Léo Moura chegou a ficar fora de mais de 50% das partidas que o Botafogo-PB disputou ao longo da temporada. Isso tudo somado a um desgaste gerado com a torcida, que já demonstrava impaciência e descrença com o futebol que o jogador desempenharia.
Passagem marcada por poucas palavras e um clima político nada Belo
Ao longo de sua passagem pelo Botafogo-PB, uma coisa ficou bem evidente para o torcedor alvinegro. João Pessoa conviveu com um jogador mais reservado, sem conceder entrevistas coletivas, postura diferente da de um atleta que foi capitão do Flamengo, clube de maior torcida do país. Na sua apresentação, Léo Moura estava empolgado, satisfeito com o carinho que havia recebido do clube e dos seus adeptos.
Todavia, com o passar do tempo, o convívio foi ficando distante, ainda mais sem a presença da torcida nas arquibancadas do Almeidão. Desde que chegou ao Belo, Léo ainda participou do programa Seleção SporTV, isso na semana em que o clube enfrentaria o Fluminense pela segunda fase da Copa do Brasil. Durante a entrevista, o ex-jogador do Flamengo e do Grêmio confirmou que a sua intenção era de concluir a passagem pelo Botafogo-PB, realizar uma partida de despedida pelo Rubro-Negro carioca e encerrar a carreira.
Também é justo mencionar que o ano em que o Botafogo-PB contou com Léo Moura foi marcado pelo caos político. O ano do Belo é de uma eleição marcada por várias trocas de acusações entre situação e oposição. Vale lembrar que Sérgio Meira, mandatário que contratou o jogador, renunciou ao cargo durante esta temporada.
O pleito, inclusive, está próximo de sua reta final, já que o Conselho Deliberativo foi eleito nesse domingo, e a assembleia para a definição da Diretoria Executiva deve acontecer nesta semana. A tendência é que os oposicionistas, do candidato Alexandre Cavalcanti, sejam eleitos.
Para a Série C, o Botafogo-PB contratou o técnico Rogério Zimmermann, que seria o responsável por reintegrar o jogador ao elenco, já que a recuperação estava próxima. O tempo foi passando, o Belo foi protagonizando uma campanha bem ruim na Terceirona, ocupando, no momento, a nona colocação do Grupo A, na zona de rebaixamento. Nesse período, Léo Moura voltou a treinar e a jogar pela equipe. Com o gaúcho no comando técnico, o camisa 88 atuou mais pelo meio de campo, longe da sua função habitual. Sem brilho, ele era lançado no decorrer das partidas, sendo titular apenas em um confronto, no Clássico Tradição vencido pelo Treze, por 2 a 0, na nona rodada da Terceirona.
Léo Moura responde a torcedor em rede social e diz que reforça o Botafogo-PB contra o Vila Nova
Na semana passada, o técnico Rogério Zimmermann preparava o time para o jogo contra o Santa Cruz, que foi vencido pelo time pernambucano, por 1 a 0, no último domingo. Na ocasião, o treinador falou especificamente sobre Léo Moura, que estava atuando mais no meio, mas que poderia voltar a jogar como lateral-direito diante de alguma carência na posição.
Contudo, no sábado, surpreendendo os torcedores, o Botafogo-PB divulgou em suas redes sociais que a passagem do badalado e desgastado reforço havia chegado ao fim. Nos comentários, os torcedores comemoram a saída do lateral, que deixou o clube após somente 12 partidas disputadas, nenhum gol marcado, nenhum título conquistado e apenas uma assistência. O que no início era euforia se transformou em decepção.
Segundo a assessoria de Léo Moura e o diretor de futebol do Botafogo-PB, Edgard Montemor, o contrato do jogador iria até o fim da Série C, competição que acabou sendo prorrogada devido à pandemia da Covid-19, que paralisou o futebol. Contudo, o próprio atleta comunicou ao clube que não tinha o interesse na renovação, solicitando a rescisão do contrato de forma amigável, que foi o que aconteceu.
Montemor aproveitou para explicar como tem sido a agenda botafoguense nesse período atípico provocado pela pandemia.
A maioria dos atletas tinha contrato até o fim da Série C, mas a pandemia fez com que a competição fosse prorrogada. E, assim, os contratos precisaram também ser prorrogados. Nas conversas que tivemos com Léo Moura, o jogador demonstrou interesse em não permanecer no clube. A direção do Botafogo-PB compreendeu a situação, aceitou, e aconteceu a rescisão de contrato. Foi de comum acordo, mas partiu do atleta – explicou o dirigente botafoguense.
Sobre o fim do casamento desgastante com o Botafogo-PB, Léo Moura se pronunciou. O jogador, que possui um vasto e vitorioso currículo, admitiu que as coisas não aconteceram da forma como ele esperava, ficando um gostinho amargo de que faltou algo. Léo ainda desejou sorte ao Belo na sequência da campanha na temporada.
Apesar do ano atípico em que estamos, queria que fosse uma passagem com títulos, como sempre tive nos clubes por onde passei. Mas infelizmente aqui não ocorreu da maneira que imaginei quando cheguei. Fica um sentimento que poderia ter sido melhor. Desejo toda sorte do mundo ao Botafogo— Léo Moura.
E os próximos passos?
Sem Léo Moura, o Botafogo-PB, de Rogério Zimmermann, vai seguir lutando contra o rebaixamento na Série C. Neste momento, o Belo está a um ponto do oitavo colocado, o Treze, que é o primeiro fora do Z-2 do Grupo A. Nas próximas duas rodadas, o time vai ter dois jogos em casa, contra o Jacuipense e o lanterna Imperatriz, adversários que também estão na parte de baixo da tabela.
Já o agora ex-jogador do Botafogo-PB vai seguir caminho nos gramados. Leonardo Moura garantiu que não pensa em pendurar as chuteiras no momento, ou seja, vai em busca de um novo clube.
Agora é esperar e analisar algum convite para seguir atuando. Me sinto completamente preparado para seguir atuando e buscando objetivos para minha carreira – afirmou Léo Moura.
Aos 42 anos, Léo Moura tem uma carreira longeva no futebol brasileiro. Entre os destaques, estão os 10 anos em que vestiu a camisa do Flamengo. Pelo Rubro-Negro, clube em que foi capitão, ele conquistou um Campeonato Brasileiro, duas Copas do Brasil, além de cinco Campeonatos Cariocas. Quando estava no Fla, o lateral foi convocado por Dunga para a Seleção Brasileira, isso no ano de 2008.
Léo Moura deixou o Flamengo repleto de homenagens — Foto: André Durão
Léo Moura deixou o Flamengo repleto de homenagens — Foto: André Durão
Ele também conquistou taças importantes pelo Grêmio, time que defendeu antes de desembarcar em João Pessoa. Pelo Tricolor gaúcho, foi uma Libertadores, uma Recopa Sul-Americana, dois Campeonatos Gaúchos e uma Recopa Gaúcha.
Léo Moura também conquistou a Copa do Nordeste pelo Santa Cruz e vestiu outras camisas importantes, como as de Palmeiras, Fluminense, Vasco, Botafogo e São Paulo.

Por Cisco Nobre 
GE João Pessoa


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