O Encontro do "Menino que um dia sonhou em ser jogador de futebol com seu ídolo", em Pau dos Ferros-RN

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"Vendi um livro hoje a um amigo e ele disse que iria um cidadão chamado Canindé pegar o livro em minha casa. Eu pensei que fossem todos os Canindés do mundo, São Francisco do Canindé, o Canindé do poema de Orlando Tejo que irritou e tirou ele do prego ao mesmo tempo, só não pensei que fosse meu ídolo de infância, ex-jogador da Sociedade Esportiva Pauferrense, das tardes dominicais da década de 90, quando eu pedia a minha mãe para ir assistir ao jogo e após ela deixar, começava a minha saga para procurar um adulto para ir comigo. Por vezes ia com meu tio Antonio Elias, por vezes com meu amigo AmsterdanEckner. "Canindezinho" foi artilheiro e campeão do campeonato potiguar de 2004, jogando por uma equipe do interior e desbancando os poderosos times da capital. É o maior artilheiro da história do Potiguar de Mossoró. Lá em Mossoró, ele só perde para Santa Luzia. Jogou em times como Ituano, Juventude e Treze-PB, é natural da vizinha cidade de Francisco Dantas e era mais rápido, habilidoso e goleador do que tudo. Ele estava de máscara e eu pedi para registrar, para tirar uma foto. Ainda teve a audácia de dizer: "-você é famoso". Eu disse que, para mim, num tinha mais famoso de que ele no mundo não, desde meus 5 anos de idade eu era fã dele. Roberto Rocha me comprou um livro para presentear uma criança e presenteou "outra criança" que um dia sonhou ser jogador de futebol. Saiu o escritor de cena e entrou o menino fugia de casa para jogar bola no campinho de terra por trás da casa de Dona Bacurau. Ganhei meu dia, obrigado, Roberto, obrigado, Canindezinho. O Filho do vento não era Euler não, é você".

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Via Manoel Cavalcante