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sábado, 18 de julho de 2020

Causos & Lendas do Nosso Futebol: Você se Lembra de Bertinho?

Bertinho defendendo a Paraíba nos JUBs(Foto: Divulgação)
Ele nasceu na aconchegante e fria cidade de Esperança – PB, no dia dezoito de outubro do ano de mil novecentos e cinquenta e um, foi batizado pelos seus pais com o nome de José Alberto Delgado, mas para o mundo da bola pesada ele ficou conhecido como o craque “Bertinho”.
Logo cedo, em 1963, ele se destacou no futebol de campo jogando como volante nos torneios internos patrocinados pelo colégio Marista Pio X, no qual ganhou vários títulos sendo treinado e orientado pelo saudoso coca-cola, jogador que brilhou no Botafogo desta capital.
Em 1966 Bertinho foi morar nos Expedicionários, bairro onde existia a saudosa Portuguesa de Inaldo, equipe que defendeu e foi efetivado na meia esquerda em um sistema de jogo 4-2-4. A lusa permaneceu por muitos anos invicta e era formada por excelentes jogadores de João Pessoa. Em 1968, vestindo a camisa do Santos Tereré Futebol Clube, Bertinho foi vice-campeão paraibano juvenil.
Em 1970, ele começou a cursar faculdade e a fazer parte de todas as seleções universitárias da época; sendo campeão dos jogos universitários em uma equipe fortíssima que tinha como expoente maior o craque e maior artilheiro do Botafogo Futebol Clube, o popular Chico Matemático.
Bertinho possuía um domínio de bola, um drible curto, uma assistência precisa e um chute fatal que seriam melhor aproveitados dentro das antigas quadras de taco do saudoso futebol de salão, em uma época em que a bola era pesada, não era permitido fazer gols dentro de área e os laterais e escanteios eram cobrados com as mãos.
O seu início no esporte da bola pesada também foi no colégio Marista Pio X e posteriormente no colégio Lyceu paraibano, quando foi atleta destaque e artilheiro do campeonato paraibano infantil de 1967 requisitos que o levaram a integrar o então poderoso Esporte Clube Cabo Branco. Em 1968 Bertinho disputou o campeonato paraibano de futebol de salão, no qual o alvirrubro de Miramar sagrou-se campeão juvenil invicto sem sequer empatar uma única partida. Ele lembra nostálgico que o time base era Babá, goleiro, João Édson, central, Bertinho e Kinute, nas alas e Valério como pivô. Já nesse ano ele começou a treinar na equipe adulta do ECCB.
Em 1969, defendendo as cores rubro-negras do Lyceu Paraibano, Bertinho foi campeão do acirrado Jogos da Primavera, em uma final de casa cheia no ginásio do Ástrea, quando venceram o poderoso colégio comercial Getúlio Vargas de Givaldo e Aldanir, por um tento a zero com gol de sua autoria.  Neste mesmo ano Bertinho também foi campeão dos jogos dos comerciários, quando defendeu as cores do Sesc.
Em 1970, Bertinho já jogava na equipe adulta do Cabo Branco, ao lado de Givaldo, Walter Castelo Branco, Bêta, Lúcio Câmara, Valdez, Aldanir e outras feras que foram destaques no mundo da bola pesada. Com essa bagagem, foi ele quem organizou e treinou a equipe da “Área I” para disputar e vencer os jogos universitários daquele ano, com uma forte seleção que tinha Adilson como goleiro, Luís da Banda, como central, Bertinho e Saulo como alas e, Edvan como pivô. Adilson, Luís da banda e Saulo jogavam no fortíssimo e tradicional Clube Astrea, o saudoso alvi-celeste de Tambiá.
Em 1971 a equipe da área I manteve a base do ano anterior e conquistou o bicampeonato dos jogos universitários paraibanos, tendo “Bertinho” sido escolhido novamente como o melhor atleta da competição.  Em 1971, 1972,1973 e 1974 Bertinho foi convocado e integrou a seleção paraibana nos então badalados e disputados JUBs Jogos Universitários Brasileiros, nas cidades de Porto Alegre, Fortaleza, Belém e Vitória. O nosso homenageado declinou da competição ocorrida em Belém em virtude da sua participação no então projeto Mauá que ocorreu em idêntico período.
Em 1974 Bertinho concluiu o curso de Engenharia Civil e fixou com a família residência na cidade de Salvador – BA, onde exerce as suas funções até os dias atuais. Na terra de Jorge Amado Bertinho ainda conseguiu conciliar a profissão e o esporte por vários anos.
Hoje com saudade ele lembra que começou a sua carreira imitando o craque Lúcio Câmara, então destaque da equipe do Estrela do Mar e que posteriormente teve o prazer de jogar ao seu lado, e dos títulos seguidos que conquistou com a camisa alvirrubra do Miramar nos anos de 1968, 1969, 1970, 1971, 1972 e 1973. Dentre essas conquistas ele recorda de uma escalação que marcou muito o torcedor paraibano: Givaldo, João Édson, Aldanir, Bertinho e Valdez.
Para nós torcedores, cronistas e desportistas ficou a certeza de que José Alberto Delgado, o popular “Bertinho”, escreveu o seu nome com tintas douradas e perpétuas na brilhante história do futebol de salão paraibano.

Serpa Di Lorenzo
Historiador, Membro da ACEP e APBCE
falserpa@oi.com.br

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