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quinta-feira, 18 de junho de 2020

Três clubes do Paraibano só têm um ou nenhum jogador no elenco profissional para a retomada do Estadual


Já com portões fechados, Botafogo-PB e Sousa fizeram a última partida do Paraibano antes da paralisação do futebol — Foto: Expedito Madruga / GloboEsporte.com
O Campeonato Paraibano deve voltar nas próximas semanas, após um período de treinamento, e com portões fechados. É essa pelo menos a expectativa de boa parte dos clubes e da Federação Paraibana de Futebol (FPF). Mas tem times que se desfizeram dos seus elencos e não sabem como vão fazer para recontratar atletas. Para se ter uma ideia, pelo menos três clubes do estadual só têm um ou nenhum jogador profissional inscrito.
São os casos de Sport Lagoa Seca, São Paulo Crystal e Sousa. O primeiro já está rebaixado, e teria que recontratar vários atletas e fazer vínculos trabalhistas por no mínimo três meses para disputar apenas dois jogos. O Tricolor de Cruz do Espírito Santos luta contra o rebaixamento. Enquanto que o Dinossauro figura na zona de classificação do Grupo B.
Mas a situação complicada não se resume a esses três times. Dos 10 que disputam o estadual, cinco não chegam a ter um time titular de jogadores profissionais inscritos na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). São eles: Sport Lagoa Seca, São Paulo Crystal, Sousa, Nacional de Patos e CSP.
De acordo com o Regulamento Geral de Competições da CBF, os times só podem inscrever por jogo cinco atletas das categorias de base, com vínculos não profissionais. É vedado ainda relacionar atletas com esse tipo de vínculo com idade superior a 20 anos.
A FPF garantiu que vai dispensar as taxas de registro para os atletas que serão recontratados pelos clubes para a retomada do Campeonato Paraibano. No entanto, para alguns clubes, essa espécie de subsídio não deve ser o suficiente. O presidente do Sousa, Aldeone Abrantes, segue cravando como difícil a volta do estadual.
- Está difícil voltar (o Paraibano). Sem a Lei de Incentivo ao Esporte (do Governo do Estado), muitos clubes não têm condições de voltar. O Sousa não vai fazer nenhuma loucura - comentou o dirigente.
No mesmo sentido, o presidente do Nacional de Patos, Cleodon Bezerra, revela que atualmente o clube não tem estrutura financeira para voltar à competição.
- O Nacional não tem viabilidade financeira para encerrar o campeonato sem receber os valores que a Prefeitura de Patos está devendo, que é mais de R$ 120 mil, e do Governo do Estado, que é quase R$ 400 mil. Ou seja, sem esse aporte financeiro, não fica nem difícil, fica inviável a participação do Nacional de Patos no Paraibano - explicou.
Confira abaixo como estão as situações de jogadores inscritos em cada clube do Campeonato Paraibano 2020.
Atlético de Cajazeiras: 29
O Trovão Azul está em uma situação mais tranquila. Negociou uma diminuição salarial e conseguiu manter vários jogadores. Não só manteve como até contratou um novo atleta, o zagueiro Wesley, de olho na retomada do estadual. O clube tem 29 jogadores profissionais inscritos.
Botafogo-PB: 34
O Botafogo-PB também tem uma condição confortável em relação aos outros. Também negociou uma diminuição salarial com atletas e funcionários, mas manteve a maior parte dos empregos. O Belo, no entanto, não renovou com três atletas que acabaram seus contratos durante o período de pandemia: os laterais-direitos Neilson e Israel e o meia Enercino. Por outro lado, renovou com o atacante Dico e o meia Erivélton.
O Alvinegro da Estrela Vermelha tem 34 jogadores profissionais em seu elenco que estão inscritos e aptos a disputar a retomada do estadual e das outras competições, além de 83 das categorias de base.
Campinense: 26
O Campinense ainda está devendo salários ao elenco. Porém não se desfez do grupo, que segue com vínculo trabalhista com o clube. A Raposa até negocia com reforços. O time busca a contratação do meia Bismarck, campeão do Nordeste pela equipe em 2013. O Campinense tem 26 atletas profissionais inscritos e 39 amadores.
CSP: 7
O Tigre de João Pessoa não conta nem com um time titular em seus registros, em relação a atletas profissionais. O clube só tem sete jogadores dessa categoria. Como tem 26 atletas não profissionais, o CSP até conseguiria colocar, com o que tem, um time em campo, já que o RGC da CBF permite que cinco jogadores da base, com menos de 20 anos, possam disputar partidas profissionais. A preço de hoje, o Tigre conseguiria disputar uma partida com 11 titulares e apenas um reserva.
Perilima: 12
A Perilima tem uma situação razoável. A Águia de Campina Grande dispensou alguns atletas, mas ficou com outros. Então tem, hoje, 12 jogadores profissionais inscritos para o estadual. Como tem 80 atletas nas categorias de base, conseguiria com relativa tranquilidade, em termos de número, ir a campo sem contratar mais jogadores.
Nacional de Patos: 2
O Canário é um daqueles times que não conseguiu manter o seu elenco. O Naça só tem dois jogadores profissionais registrados. Para voltar a disputar o Paraibano, teria que contratar novos atletas e, portanto, estabelecer novos vínculos empregatícios. Segundo seu presidente, Cleodon Bezerra, isso não é possível no momento.
Sousa: 1
O Sousa vinha fazendo uma boa campanha no Paraibano. O presidente Aldeone Abrantes, aliás, estava bem otimista quanto a chegar à decisão do estadual deste ano. O Dinossauro tem os mesmos 13 pontos do líder do Grupo B, o Campinense.
Mas a pandemia atrapalhou os planos do time sertanejo, que teve que se desfazer do elenco. Hoje, o clube só tem um jogador profissional registrado, além de 22 amadores. Para voltar a jogar o torneio, vai precisar fazer novas contratações.
São Paulo Crystal: 2
Outro que se desfez do seu elenco quase que inteiramente foi o São Paulo Crystal. O time tem apenas dois jogadores profissionais inscritos: os atacantes Biro Biro e Isaías. Terá que contratar novos atletas para seguir na luta contra o rebaixamento no Paraibano.
Sport Lagoa Seca: 0
O Carneiro tem a condição mais problemática. Além de ser um dos times mais modestos financeiramente, o clube demitiu todos os atletas. A equipe não tem nenhum jogador profissional registrado, sobrando apenas os amadores, no total de 18. Já rebaixado, o clube vai ter que fazer um novo time para voltar a jogar o Paraibano - e apenas para cumprir tabela.
Treze: 25
O Galo da Borborema tem uma situação razoavelmente confortável. Pelo menos em relação a registros. Com salários atrasados, o clube pelo menos não dispensou seus atletas. Conta com 25 jogadores profissionais registrados e, mesmo devendo ao elenco, já contratou mais dois reforços: o lateral-direito Léo Pereira e o meia Bruno Mota. Um detalhe curioso é que o Galo não tem nenhum jogador de base inscrito na CBF.

Por Pedro Alves 
Globoesporte.com
João Pessoa

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