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quinta-feira, 12 de março de 2020

Coluna de Eduardo Araújo: Governança

Governança é um conceito surgido no mundo público, definido pelo Banco Mundial como "o exercício da autoridade, controle, administração e poder de governo". Com a divulgação do conceito, o instituto ganhou alcance e adentrou no mercado privado e no futebol.
Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, este é um “sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas”.
Pois bem, um dos maiores problemas enfrentados pelos clubes decorre da falta de credibilidade, posto que não adotam práticas profissionais de gestão, sendo, em regra, administrados por torcedores, os quais se tornam sócios e a partir da política interna assumem cargos de presidência, direção e gerência.
De acordo com o grupo Futebol do Futuro, esse modelo de gestão amadora encabeça uma lista de 53 itens que precisam ser melhorados, sendo o principal entrave para que possamos alcançar o nível dos grandes e ricos centros da prática desportiva no mundo.
No tópico de governança, o Futebol do Futuro argumentou a existência de 18 pontos, dentre os 53, merecedores de uma mudança drástica, afirmando que a estrutura política precária, com acúmulo de poderes nas mãos de poucos e fiscalização ínfima, principalmente na CBF e nas Federações, acabam por impedir o avanço administrativo das competições e dos clubes.
Transparência, equidade, prestação de contas (auditoria) e responsabilidade corporativa são princípios fundamentais da Governança Corporativa, os quais são regras em empresas de grande porte e devem ser trazidos para os clubes de futebol.
As alterações de calendário dos clubes e o brasileirão sendo disputado em pontos corridos (sem tapetões no rebaixamento), em conjunto com uma série de normatizações com relação aos estádios, salários, contratos e demais atos ínsitos a gestão futebolística, primordialmente a fiscalização, estão produzindo uma melhora, mas ainda longe de ser significativa.
O cumprimento da legislação, em especial as mudanças trazidas pelo PROFUT, devem ser o norte buscado pelos dirigentes, cuidando da viabilidade econômico-financeira, reduzindo custos operacionais desnecessários e majorando as receitas através do incremento dos produtos e serviços inerentes ao futebol, planejando, executando e fazendo verificações de médio e longo prazo.
Esperamos ansiosamente que essa mudança de postura com a contratação de executivos e outros profissionais qualificados e remunerados pelos clubes, conjugadas a postura mais agressiva de atletas e da imprensa contra os desmandos e atraso de salários por parte de dirigentes, frutifique um novo caminho para o futebol brasileiro.

Eduardo Araújo
Advogado
eduardomarceloaraujo@hotmail.com

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