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sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Coluna de Eduardo Araújo: Rebaixamento

Não importa quantas quedas, mas sim a força para levantar. Frase repetida em livros de auto-ajuda, carrocerias de caminhões, palestras motivacionais, lecionando que todos podemos levar tombos na vida, mas o que realmente importa é a resiliência para sofrer com o infortúnio, aprender com ele e reagir.
A inspiração para essa coluna veio do Cruzeiro, time com a terceira maior folha salarial do Brasil, multicampeão nacional, detentor da tríplice coroa de 2003 (Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Brasileirão), bicampeão da Libertadores, tetra campeão brasileiro, hexa campeão da Copa do Brasil, entre tantos outros títulos, mas que sucumbiu nesta temporada.
O Cruzeiro vinha de uma incrível sequência de dois títulos da Copa do Brasil com Mano Menezes (2017 e 2018), do bicampeonato Mineiro (2018 e 2019) e uma boa campanha na Libertadores, para depois engatilhar uma série de disputas internas e ocupar as páginas policiais, até que a má gestão chegou dentro de campo, desaguando na queda para a Série B.
Com o rebaixamento do Cruzeiro, restam apenas três times que nunca desceram da série principal do Brasileiro: Santos, São Paulo e Flamengo.
Mas o que causou em tão pouco tempo uma queda de nível técnico desse patamar?
Falhas de gestão é a resposta. Circula nas redes sociais uma foto com um texto famoso do atual presidente do Corinthians Andrés Sanchez justificando o elenco e sua folha salarial prevendo que a “um dia a conta chega” para os clubes que gastam mais do que podem pagar.
Em meio as conquistas dentro de campo, o Cruzeiro vivia com rumores de atrasos nos pagamentos de atletas e fornecedores até chegar às páginas policiais em 26 de maio com a suspeita do cometimento de crimes de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e falsidade ideológica por parte de seus dirigentes, culminando com o afastamento do Executivo Itair Machado em Outubro e a diminuição exponencial da qualidade de jogo dentro de campo.
O Cruzeiro terminou a temporada com cinco técnicos comandando a beira do campo. Iniciou com Mano Menezes, teve o interino Ricardo Resende, depois vieram as passagens relâmpago de Rogério Ceni e Abel Braga até findar com multi rebaixado Adilson Batista (sete no total).
Dentro de campo, um batalhão de medalhões caros batiam cabeça e brigavam entre si e com os diretores e integrantes de comissão técnica, muitas das vezes de maneira pública, tornando claro o inferno dentro da instituição e o acúmulo de desacertos durante a temporada.
Como bem disse Andrés Sanchez, experiente pelo próprio caso Corinthians em 2007, um dia a conta chega para qualquer empresa que gaste mais do que arrecada e artificializa sua conduta para atingir resultados em curto prazo.
Na contramão desse modelo pueril de gestão está o Flamengo. Optou por dar um passo atrás na gestão Bandeira de Mello, para em pouco tempo se tornar uma potência mundial tanto financeiramente como tecnicamente. A conta chegou, para um e para o outro, basta aos adversários estudar e aprender com os erros e acertos.

Eduardo Araújo
Advogado
eduardomarceloaraujo@hotmail.com

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