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sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Coluna de Eduardo Araújo: Vestiário

O grande mistério que permeia as equipes de futebol tem nome, vestiário. O termo tem sido utilizado para explicar o local onde são realizados os preparativos para a partida em si, ou seja, aquele ponto específico no estádio em que os atletas realizam suas atividades antes de iniciar o jogo e no intervalo. D’outra banda, também serve para se referir aos bastidores da equipe, o relacionamento entre os próprios atletas, bem como entre estes e a comissão técnica e a diretoria.
Qual o poder, a magia, sobre os atletas? Como um local pode proporcionar uma conversa antes da partida ou no intervalo capaz de energizar de forma tão contundente os jogadores após um jogo anterior ou um primeiro tempo de pouca inspiração/transpiração?
Naquele momento poucas são as efetivas opções para que o treinador mude taticamente a equipe, salvo o ajuste através de uma conversa com o elenco. Porém, a sinergia do grupo pode ser completamente alterada apenas com a postura corporal do técnico ou de atletas mais experientes e líderes do grupo, que dizer com as palavras e gestos.
Nos meus tempos de futsal, vi isso acontecer em diversos momentos, mas apesar de ser competição, era coisa de amador. Outrossim, confesso que me surpreendeu como atletas profissionais podem ser tão compelidos a uma ou outra forma de agir apenas pela presença de espírito dos colegas, de um integrante da comissão técnica ou de diretoria. Porém, sem sombra de dúvida, o treinador exerce ou deveria exercer o maior efeito positivo, sob pena de se tornar desnecessário ou contraproducente naquele ambiente.
 Eu vi, ao vivo e a cores, como o relacionamento ruim pode acabar com um grupo de qualidade, assim como a recíproca é verdadeira, um elenco ruim tornar-se vencedor por abraçar uma ideia e correrem uns pelos outros e principalmente pela comissão técnica. Isso acontece no vestiário enquanto local, mas, sobretudo metaforicamente, como significado para relacionamento, ambiente de trabalho, sinergia.
Normalmente escutamos que grupos de qualidade não encaixaram e, portanto, não deram os resultados esperados. Ouso desafiar essa classificação, alterando-a para, apesar da qualificação dos atletas que formam o elenco, problemas internos - não conhecidos externamente, desaguaram no insucesso, ou seja, o vestiário era ruim e problemático.
Invariavelmente, existindo nível de confiança com atletas e demais funcionários, acabamos escutando e enxergando diversos atos de péssima sinergia no ambiente de trabalho, envenenando o grupo e frutificando atuações sofríveis.
Infelizmente, as diretorias tendem a um afastamento com o grupo de atletas e a comissão técnica, deixando de ter uma pessoa capaz de verdadeiramente escutar os anseios dos participes do clube, para visualizar situações e antecipar soluções, não permitindo aos fatos corriqueiros formar um clima tão pesado que leve ao afastamento do objetivo primordial no futebol: a vitória.
 
Eduardo Araújo
Advogado
eduardomarceloaraujo@hotmail.com

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