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sábado, 8 de dezembro de 2018

Causos & Lendas do Nosso Futebol: Você Lembra de Manoel Costeira

O polêmico e temperamental Manoel Fernandes Costeira Neto, popular “Seu Costeira”, nasceu no dia sete de junho do ano de mil novecentos e trinta e dois, na prazerosa cidade de Campina Grande mas cresceu e foi registrado na cidade de Fortaleza, terra onde o seu avô exercia a função de Vice-cônsul de Portugal.
Para a nossa alegria e o desenvolvimento do nosso rico e histórico futebol, foi na Paraíba que “Seu Costeira” viveu, plantou e colheu frutos no jornalismo e no futebol, quando ainda adolescente ingressou como revisor na Gráfica do Jornal A União, e posteriormente assumiu sua Gerência, isso por volta de 1960, no então governo de Pedro Moreno Gondim.
E foi na década de 60 que “Seu Costeira” assumiu a presidência do então Esporte Clube União, equipe que disputou por várias décadas os campeonatos juvenis e profissionais patrocinados pela Federação Paraibana de Futebol. O rubro-negro também possuiu uma forte equipe de futebol de salão.
Aquela saudosa equipe, que em seus uniformes portava as cores vermelha e preta da Paraíba, venceu várias vezes as equipes consideradas grandes do Estado; como Botafogo, Treze, Auto Esporte e Campinense. Também chegou a vencer o antigo torneio início, competição que antecedia o certame estadual.
Esses feitos eram sempre ditos, lembrados e comentados em voz alta pelo seu eterno presidente Manoel Costeira; ele presidia, administrava, organizava e quando era preciso também assumia as funções de técnico, roupeiro, motorista, enfim um faz tudo no extinto clube.
Na realidade, ao assumir a gerência do Jornal A União, o desportista Costeira também assumiu de corpo e alma a presidência do Esporte Clube União, no início da década de sessenta e, sucessivamente foi reconduzido ao cargo até o início da década de setenta, quando o rubro-negro encerrou em definitivo as suas atividades. Não nos resta dúvida, que foi em sua gestão que a equipe gráfica alcançou visibilidade no cenário do futebol paraibano.
Muitos jovens e talentosos iniciaram as suas promissoras carreiras naquela agremiação tiveram o incentivo e o apoio do dinâmico e polêmico Manoel Costeira. Jogadores como Delgado, Freire, Mineiro, Paulo Foba, Naná, Jú, Waldecir Pereira, Vicente, Lando, Biu Ferreti, Farias e Ferreira, calçaram as suas primeiras chuteiras naquela extinta agremiação.
Lando foi aquele zagueiro central que se transferiu para o Botafogo, e em 1968 marcou o histórico gol de cabeça, dentro do estádio Presidente Vargas, dando o título estadual ao alvinegro da estrela vermelha.
Delgado, foi por muitos desportistas paraibanos, escolhido como um dos melhores jogadores da história do futebol do nosso estado. Farias jogou vários anos seguidos em Portugal. Finalmente, Ferreira, ainda menino foi jogar ao lado de Pelé, no temido Santos Futebol Clube.
Em sete de maio de mil novecentos e noventa e um o desportista Costeira faleceu em nossa capital, deixando um imenso legado de dedicação e amor ao nosso futebol, e encerrando um ciclo que podemos denominar de “Donos do time”, tamanha era a dedicação por eles em prol de seus clubes. Tínhamos Walter Marsicano (Tereré), no Santos Futebol Clube; Heder Henriques, no Botafogo Futebol Clube e Manoel Fernandes Costeira Neto (Costeira) no Esporte Clube União.
Entre vários fatos pitorescos que me contaram sobre o lendário Manoel Costeira, consta uma passagem escrita no livro Na Boca do Gol, do competente Eudes Moacir Toscano, que nos informa o seguinte. O Esporte Clube União foi convidado para um jogo amistoso, em Recife, contra o Sport Clube. A equipe paraibana sofreu uma sonora goleada do também rubro-negro da Ilha do Retiro. Ao retornar a esta capital, o temperamental Manoel Costeira, em uma mesa de bar da cidade de Abreu e Lima, demitiu o respectivo técnico da equipe.
E no outro dia, já em nossa capital, Manoel Costeira contratou o jovem jornalista Ivan Bezerra de Albuquerque, então editor de esportes do jornal A União, para assumir o comando tático e técnico da equipe. Ivan Bezerra não teve dificuldades em montar um esquema de jogo no time rubro-negro, até porque a qualidade técnica do elenco era muito boa e de futuro.
O problema maior que Ivan Bezerra enfrentou foi ter que impedir determinados jogadores de tomar uma após os treinos, jogos e até mesmo em dias de concentração. Pois na equipe tinha jogadores bons de bola e de copo. Naquela época, o inesquecível Ivan Bezerra também gostava de tomar umas mas ele era o técnico e treinador não precisava correr; jogador sim.
Para nós torcedores, desportistas e cronistas esportivos, ficou a certeza de que Manoel Fernandes Costeira Neto, o popular “Manoel Costeira”, escreveu o seu nome, com tintas douradas e perpétuas na brilhante história do futebol paraibano.

Serpa Di Lorenzo
Membro Pleno do TJDF PB, da ACEP e APBCE
falserpa@oi.com.br

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