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quinta-feira, 26 de abril de 2018

Jogos inesquecíveis da Copa: Garrincha x Chile em 62: gols, expulsão e até pedrada

Entre os cinco títulos do Brasil em Copas do Mundo, qual foi o jogador mais decisivo, fundamental para que a Seleção ficasse com o título? Romário em 94? É um forte candidato. Ronaldo em 2002? Sim, mas Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho foram importantes. Em 58 e 70, a variedade de craques era grande, reduzindo o papel de um protagonista. A resposta favorita para a pergunta inicial: Garrincha em 62.
Quatro anos depois de realizar o sonho do título, o Brasil chegou ao Chile com a base campeã na Suécia: nove dos titulares que disputaram a final em 58 entraram em campo para a estreia em 62, contra o México. As exceções eram os zagueiros Mauro e Zózimo. Os demais estavam lá: casos de Gilmar, Nilton Santos, Didi, Vavá, Garrincha, Pelé.
Mas a participação do Rei do Futebol no Mundial de 62 não durou nem uma partida e meia. No primeiro tempo do jogo contra a Tchecoslováquia, Pelé sentiu uma lesão muscular. Ficou em campo fazendo número porque não eram permitidas substituições. E não voltou mais a campo na Copa.
Pelé se machuca contra a Thecoslováquia (Foto: Alberto Ferreira)
Sem o camisa 10, coube ao número 7 assumir o protagonismo. No jogo seguinte, diante da Espanha, Garrincha fez a sua tradicional jogada pela direita, com um cruzamento perfeito para Amarildo, o substituto de Pelé, desempatar de cabeça: 2 a 1.
O show solo de Mané nos palcos chilenos começou para valer nas quartas de final. E o repertório não ficou limitado aos famosos dribles nos marcadores. Contra a Inglaterra, Garrincha abriu o placar com um gol de cabeça. E, depois de Vavá desempatar, fechou o placar com chute de fora da área, no ângulo. Brasil 3 a 1.
Mosaico Chile x Brasil 1962 (Foto: Arte / Globoesporte)
O próximo desafio seria a seleção da casa. Nunca o Chile havia chegado à semifinal de uma Copa. A empolgação dos chilenos era gigante. Com 76 mil torcedores, o estádio Nacional em Santiago era um caldeirão naquele 13 de junho. Mas Garricha precisou de apenas nove minutos para reduzir a animação dos torcedores locais. Com um chute de canhota (sim, de perna esquerda) da entrada da área, o ponta-direita mandou a bola no ângulo, abrindo o placar para o Brasil. Aos 32, Garrincha deu bis do que havia feito contra a Inglaterra, aparecendo na área para completar de cabeça um escanteio cobrado por Zagallo: Garrincha 2 ....ou melhor: Brasil 2 a 0.

O Chile ainda reduziu a diferença para 2 a 1 (em uma falta cobrada por Jorge Toro) e 3 a 2 (pênalti convertido por Leonel Sanchez), mas Vavá mostrou seu faro de artilheiro, com dois gols. Mas quem voltaria a roubar a cena seria Mané. Dessa vez, de outra forma. Aos 38 minutos da etapa final, Garrincha passou a bola para Vavá perto da linha lateral. Na sequência, deu um pontapé em Rojas. O chileno, após uma fração de segundo, foi ao chão, se contorcendo em dores. 
Garrincha é expulso em Brasil x Chile na Copa de 62 (Foto: Reprodução)
O lance ocorreu na frente do auxiliar uruguaio Estaban Marino, que alertou ao árbitro mexicano Arturo Yamasaki. Resultado: expulsão. Na saída de campo, quando andava pela pista de atletismo que cercava o gramado, Garrincha foi atingido por um objeto atirado por um torcedor. E deixou o estádio com um curativo na cabeça.
Mas a maior dor de cabeça era outra: o Brasil ficaria sem o seu principal jogador na decisão contra a Tchecoslováquia? Normalmente, sim. Mas os dirigentes brasileiros atuaram nos bastidores e alegaram que o árbitro não tinha relatado a agressão na súmula do jogo. O bandeirinha uruguaio voltou rapidamente para o seu país-natal, gerando suspeitas de que teria recebido algum "incentivo" da CBD para deixar o Chile. No julgamento realizado pela Fifa, o brasileiro acabou absolvido por 5 votos a 2, recebendo apenas uma advertência.
O capitão Mauro ergue a taça em 62 (Foto: Divulgação)
E, assim, pôde disputar a final e ganhar, como o Brasil, o bicampeonato mundial.

Globoesporte.com

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