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sábado, 14 de abril de 2018

Causos & Lendas do Nosso Futebol: Cento e Três anos de glórias

“Pelos campos do Brasil
A raposa a correr
Vitórias glórias mil
Garra e raça pra valer”.
Quando aquele grupo de 28 homens resolveu fundar o Campinense Clube, precisamente no dia 12 de abril de 1915 – cento e três anos atrás -, pensava em preencher um espaço vazio na cidade, fundando uma instituição recreativa dançante para os encontros e reuniões da sociedade aristocrática da Serra da Borborema.Era a época do ciclo do algodão, produto que foi a base de transformação da cidade de Campina Grande, que passou a ser um pólo comercial do nordeste e rota de convergência de grandes comerciantes. O clube nasceu com a finalidade de congregar e oferecer recreação a essa parcela de campinenses que foram denominados de aristocráticos. A cartola foi escolhida como símbolo da agremiação.
Cinco anos depois da sua fundação, resolveram criar um departamento de futebol, não com intuito de participar de competições ou constituir times, etc. Esse departamento era restrito a fornecer aos seus sócios e adeptos do esporte, jogos como lazer e diversão entre eles. Esse departamento existiu apenas por um ano, pois logo foi extinto. Outras tentativas foram postas em prática no sentido de se criar um departamento de futebol, em definitivo, porém não lograram êxito.
Campinense Clube completou Cento e Três anos de glórias
Em 1954, a Raposa reativou o departamento de futebol, criando equipes de base em sua estrutura. Quando foi em 1958 o Rubro-Negro criou o seu departamento de futebol profissional e já no ano de 1960 disputou o campeonato paraibano com um excelente time, que ao seu final sagrou-se campeão do estado. E esse feito empolgou a respectiva diretoria, que sucessivamente também fez o time ser campeão nos anos de 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965. Com essa performance, os aristocráticos conseguiram a marca inédita até os nossos dias de conquistar o Hexa-Campeonato.
Seus jogos eram disputados no antigo Estádio Municipal Plínio Lemos. Seu quadro de associado tinha crescido muito, a Raposa já era o seu mascote, as cores, vermelha e preta, com os dois CC em cima do coração já eram respeitadas e conhecidas nos nove estados nordestinos. O clube já havia caído no gosto do povo, o antigo aristocrático tinha sido massificado.
Foi o Campinense Clube, apesar de ter entrado no futebol bem depois dos seus rivais Treze F. C e Botafogo F.C, quem primeiro representou o nosso Estado em competições nacionais, quando disputou a Taça Brasil em 1961, a segunda divisão em 1971, e a elite do antigo campeonato nacional, em 1975, já com o advento dos estádios Amigão e Almeidão, construídos pelo governo.

Na década de 70 o time de José Pinheiro venceu vários títulos estaduais e torneios comemorativos, aumentando o seu prestígio não só na Paraíba como nos estados vizinhos. Nas décadas seguintes outros títulos e troféus vieram a enriquecer esse patrimônio da Paraíba que é o Campinense Clube. Na década de 90 o Rubro-Negro afastou-se da FPF e abandonou a competição oficial, tentou instituir uma Liga autônoma que não logrou êxito.
Com um esforço enorme de sua torcida e união da diretoria, o Campinense Clube construiu e inaugurou em 2006 um enorme patrimônio, que foi a aquisição do Estádio Renato Cunha Lima, o “Renatão”, passando a mandar os seus jogos naquela moderna praça de esportes, que possui concentração, academia de ginástica e demais estruturas.
Quem não se lembra da geração de Simplício, Dudinha, Janca, Zé Lima, Ticarlos, Galvani, Tonho Zeca, Zezinho Ibiapina, Debinha e Zé Ireno e tantos outros que participaram da conquista do hexa-campeonato?
Ou dos garotos de Zé Pinheiro, Olinto, Ailton, Miro, Agra, Ivan Lopes, Deca, Paulinho, Agra, Dão, Vavá, Erasmo, Cangula, Valnir, Edgar, Dinga e tantos outros  que na década de 70 foram penta-campeões?
E para coroar um time vencedor e de vanguarda, em uma inédita conquista para o futebol da Paraíba, a “Raposa” sagrou-se campeã da Copa do Nordeste, no ano de 2013, com uma campanha memorável e um time que teve o seu sistema de jogo comparado ao time europeu do Barcelona, tamanho era o toque de bola executado pelos seus atletas.

Parabéns, Campinense Clube, por mais um aniversário. Avante Raposa!

Serpa Di Lorenzo  
Auditor do TJDF PB e da ACEP e APBCE
falserpa@oi.com.br

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