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sábado, 23 de dezembro de 2017

Causos & Lendas do Nosso Futebol: NEM GALO NEM RAPOSA, QUEM BRILHOU FOI O GAVIÃO

Em uma iniciativa bem a frente da época, uma dissidência de diretores do Campinense Clube, tendo a frente o empresário Lamir Motta como presidente e fundador; foi criada na cidade de Campina Grande a Sociedade Desportiva da Borborema, o Gavião.
A ideia inicial era montar um clube empresa, embora não houvesse ainda legislação específica que tratasse da matéria. Desgostosos com os rumos do aristocrático Campinense Clube, vários dirigentes da raposa rubro-negra resolveram abandoná-lo e fundar a nova agremiação e para homenagear a cidade, escolheram o dia 11 de outubro de 1975, data em que se comemora a emancipação da Rainha da Borborema. Foi uma solenidade festiva e bastante concorrida, aonde foi servido um coquetel aos presentes e fogos de artifícios ornamentaram o céu daquela noite.
Criada a nova agremiação e empossados os respectivos dirigentes, em seguida veio a tão esperada formação de um plantel que mesclava craques da terra com figuras já carimbadas de times do sul do país. Paulo Mendes, competente treinador veio comandar a equipe que dentre os jogadores de fora citaremos  Bispo, Sílvio, Mazinho, Magno, Tinteiro, Radar e outros mais. Da terra citamos craques como Odon, Edgar, Pedrinho Cangula, Gil, Fernando e Adelino.
O tricolor da Borborema adotou em seu uniforme as cores azul, vermelha e branca, tendo um gavião como símbolo no peito esquerdo; obtendo a sua primeira vitória contra o time do Guarabira, por três a zero, no estádio “O Amigão”.
Em sua meteórica passagem pelo futebol profissional, o “Gavião” conquistou o vice- campeonato do ano de 1976, decidindo o segundo turno com o Botafogo, quando foi derrotado por um a zero. No outro ano, a direção da agremiação se desentendeu com a Federação Paraibana de Futebol e encerrou as suas atividades profissionais, antes mesmo de completar dois anos de vida.
Em seu pouco tempo de existência, o “Gavião” conseguiu superar os grandes times de Campina, ao ponto de golear o Campinense pelo escore de quatro tentos a um, em um dia de Amigão cheio que gerou mais de uma semana de gozação por parte dos torcedores adversários da Raposa. O placar elástico do jogo passou a ser o assunto predominante no famoso calçadão e nas rádios Caturité e Borborema.
Essa goleada histórica ocorreu no dia 28 de março de 1976. Bispo, Ronaldo, Radar e Edgar marcaram os gols do “Gavião”, para glória e vingança de seus dirigentes, que fundaram o time  justamente por divergirem dos  novos diretores da raposa.
A gozação era tão grande na época, que os torcedores telefonavam para as rádios e falavam que o Campinense iria protestar daquele jogo, pois tomou conhecimento que o ponta Bispo, da Desportiva Gavião teria jogado sem a autorização do Papa. Outros torcedores telefonavam para as rádios e pediam pra tocar uma música do conjunto Golden Boys que tinha o seguinte refrão: um, dois, três, fica assim de gavião! O meu barraco fica assim de gavião!
Segundo os entendidos, se a Desportiva Gavião tivesse surgido sem ter esse ranço de dissidência e rivalidade com o Campinense, hoje seria uma potência em nosso futebol.
* extraído do livro "Causos & Lendas do Nosso Futebol" e editado pela Editora A União. 

Serpa Di Lorenzo
Auditor do TJDF PB  e da ACEP e APBCE
falserpa@oi.com.br

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