Foto: Adriano Almeida/ Voz da Torcida |
A polêmica da invasão da Federação Paraibana de Futebol pelo
vice-presidente, Nosman Barreiro, que quis assumir o comando da entidade
na marra na última semana, ainda segue tendo seus desdobramentos.
Na tarde desta segunda-feira (05), o presidente Amadeu Rodrigues
convocou uma coletiva para a sede da FPF para esclarecer vários pontos
levantados pelo seu companheiro de chapa na eleição, e agora desafeto.
Em pronunciamento, o mandatário questionou a legitimidade do ato
praticado por Nosman, que apresentou uma ata com assinatura de diversos
clubes que supostamente apoiariam sua posse. Amadeu apresentou
documentos que mostrava, inclusive, que algumas das assinaturas eram
falsas.
A Liga Desportiva de Itaporanga, que constava na ata apresentada por Nosman, emitiu nota garantindo apoio a Amadeu Rodrigues.
O diretor jurÃdico da entidade, Marcos Souto Maior Filho, que também é
pivô da polêmica, já que havia assumido interinamente o comando da FPF
devido a uma procuração deixada por Amadeu, fato questionado por Nosman,
falou ao Voz da Torcida sobre quais podem ser os desdobramentos do caso.
– A FPF decidiu não judicializar nada quanto ao caso Nosman.
Comunicamos a CBF e lá foi aberto um procedimento de banimento na
comissão de ética – explicou.
O diretor também apresentou novidades, desta vez por iniciativa dos
clubes, para um afastamento de Nosman do quadro da Federação.
– Fomos surpreendidos com o requerimento dos clubes com o pedido no
TJD-PB o afastamento e banimento do Nosman, com fatos gravÃssimos
relatados pelos clubes – disse Marcos Souto Maior Filho.
Clubes pediram ao Tribunal de Justiça Esportiva da ParaÃba o afastamento e banimento de Nosman dos quadros da FPF |
O presidente Amadeu Rodrigues foi questionado sobre a legalidade da
transferência de poder na FPF via procuração, como foi adotado, e não
com o vice assumindo automaticamente, o que é comum em qualquer âmbito
de poder.
Para Amadeu, o estatuto da FPF, por estar ultrapassado, dá esse tipo
de brecha. Segundo o presidente, o estatuto será reformado, mas de
maneira mais democrática, passando por várias comissões, e não será
feito de maneira imposta, como ele tentou fazer anteriormente, fato que
não foi bem aceito por vários clubes, e que acabou gerando a primeira
turbulência em seu mandato.
– O estatuto é ultrapassado, de 1981. Já temos uma comissão montada
trabalhando em cima dele, com dois presidentes de clubes profissionais e
dois amadores, além de três funcionários da Federação. Mas queremos a
contribuição de todos. Não farei como farei da outra vez. Confesso que
errei. Para modernizar, estamos acompanhando a comissão, juntamos o
estatuto da CBF e as leis, para adequar da melhor maneira possÃvel o
futebol paraibano – concluiu.
Equipe @Vozdatorcida
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