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quarta-feira, 24 de junho de 2015

Crônicas do Serpa: Penalidade Máxima

 “Estava mais angustiado que
 Um goleiro na hora do gol.” (Belchior).

A bola é colocada a uma distancia de onze metros em uma marca de cal. O goleiro, em baixo de uma trave medindo 7,32 metros de largura por 2.44 de altura, deve se deslocar um pouquinho para um dos lados com a finalidade de induzir o cobrador a chutar do lado oposto. Já o batedor tem que fingir que o goleiro é invisível e mirar só o gol. Essa é a regra nas cobranças de penalidades máximas.

Físicos, matemáticos, fisiologistas e psicólogos estudam a melhor forma de se cobrar um pênalti como também a melhor maneira de se impedir o seu convertimento em gol. O lado emocional tanto de quem cobra como de quem defende é fundamental. A palavra chave chama-se frieza, quanto mais gelado o atleta for, melhor. Os não adeptos do treinamento creditam o sucesso de uma penalidade à sorte de quem cobra ou a de quem a defende.

Ao final da cobrança de uma penalidade máxima a metade do estádio vai explodir de alegria, vibração e euforia. Já a outra metade vai murchar, encolher e se entristecer.

Temos penalidades famosas, como o milésimo gol do Rei Pelé, no Maracanã, e o desperdiçado pelo Italiano Roberto Baggio, em 1994, que nos favoreceu com a conquista daquela copa realizada nos Estados Unidos da América e que até hoje em nossos tímpanos ecoa aquele grito de Galvão Bueno: Vai que é tua, Taffarel!

Agora, antes da cobrança de uma penalidade em nosso país, há uma verdadeira guerra. Empurrasse daqui, gritasse dali, peita-se o juiz  contestando e protestando ao máximo, mesmo sabendo que não irá surtir nenhum efeito prático. Já a nossa torcida nunca perdoa a genitora do árbitro. É a cultura do povo brasileiro.

E temos os pênaltis folclóricos, como o narrado no livro do grande Eudes Moacir Toscano, intitu
lado de “O pênalti da semana passada”. Segundo aquele conceituado narrador esportivo o fato ocorreu na cidade de Santa Rita, quando um dos times locais estava treinando e o árbitro resolveu marcar uma penalidade que por todos foi considerada inexistente. Os atletas não gostaram e questionaram qual o motivo daquela marcação? O juiz de imediato respondeu que realmente o lance não teria sido pênalti, porém ele marcou para compensar uma penalidade que teria deixado de marcar na semana passada.

Ou mesmo o ocorrido em uma final de campeonato amador do Bairro de Mandacarú, no antigo campo do “Alto do Céu”, quando o árbitro marcou um pênalti inexistente em benefício do Jangadeiro Futebol Clube, o volante China foi e desperdiçou. No inicio do segundo tempo o juiz foi e marcou outra penalidade que não existiu também a favor do Jangadeiro. China mais uma vez cobrou e desperdiçou. Quando faltavam dois minutos para encerrar aquela partida, o juiz pela terceira vez correu apontando para a penalidade máxima em um lance inexistente. Foi aquela confusão. E para garantir a vitória do seu querido Jangadeiro, o árbitro foi logo dizendo: China, deixe outro atleta cobrar, pois a FIFA não permite que o mesmo atleta bata por três vezes.

O substituto de China foi lá e converteu “aquele pênalti”, o juiz de imediato encerrou a partida, houve um quebra pau enorme que precisou da intervenção da força policial e da bravura do então “Sargento Tapa”, que por décadas respondeu pelo Comissariado de Policia daquele bairro.

Francisco Di Lorenzo Serpa
Membro da API, UBE e APP
falserpa@oi.com.br 

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