Torcidas de Vasco e Flamengo brigam em jogo e depredam estádio de Manaus

Uma briga generalizada entre torcedores de Flamengo e Vasco marcou o clássico carioca desta quarta-feira na Arena da Amazônia, em Manaus.
O confronto aconteceu no anel que dá acesso à arquibancada do estádio durante o intervalo do jogo. Durante pouco menos de cinco minutos, rubro-negros e cruz-maltinos se enfrentaram com direito a lixeiras voando e morteiros explodindo. Não havia policiamento no local no momento da confusão.
Quem não estava envolvido precisou entrar nos banheiros do estádio para se proteger. Alguns torcedores se machucaram e dois torcedores, em um primeiro momento, foram detidos pelos policiais, que só apareceram quando a confusão já tinha começado, e pelo CIOPS – Centro Integrado de Operações e Segurança. Os dois indivíduos não tiveram a identidade revelada e, quando foram para a acareação, não quiseram fazer qualquer tipo de representação contra o outro. Sem provas, o CIOPS decidiu liberá-los, mas a dupla foi expulsa do estádio. A informação foi passada pelo delegado e plantonista de uma das bases do CIOPS, Tarso Yuri. 
Segundo testemunhas, a confusão envolveu mais de 100 torcedores. Mas não há confirmação oficial desse número. Após a briga, os policiais e os seguranças contratados pela organização do torneio formaram uma barreira para evitar novos confrontos.
– Eu nunca tinha visto nada parecido e olha que já trabalhei em outros jogos aqui. Não tinha policiamento na hora da briga, eles só chegaram depois. As pessoas começaram a entrar no banheiro para se proteger – lembrou Patrícia Silva, funcionária da Arena da Amazônia que trabalhava durante a confusão.
Estrago foi grande no anel que dá acesso a arquibancada da Arena da Amazônia (Foto: Edgard Maciel de Sá)
O Flamengo venceu o jogo por 1 a 0 com gol de Everton, no início do segundo tempo. A próxima partida do Torneio de Manaus será nesta sexta-feira, entre Vasco e São Paulo. E o duelo final será no domingo, com Flamengo e São Paulo. As duas partidas serão novamente na Arena da Amazônia.

Por Gavião da Paraiba