No
último final de semana, aconteceu a rodada de abertura do Campeonato
Brasileiro feminino, apoiado pelo maior patrocínio financeiro para uma
competição deste tipo no país, de R$ 10 milhões, investidos pela Caixa
Econômica Federal. Mas apesar do aporte, a "tradição" brasileira de
desorganização de torneios femininos se manteve inalterada, pelo menos
neste início da competição, de acordo com informações divulgadas pelo
portal "UOL Esporte".
Três
dos oito jogos da primeira rodada não tiveram quitadas as despesas das
equipes de arbitragem, que segundo o artigo 20 do Regulamento Específico
da Competição, são de responsabilidade das federações. As partidas em
que ocorreram os "calotes" foram Tuna Luso-PA 2 x 0 Iranduba-AM,
Francana-SP 0 x 0 Rio Preto-SP e São Francisco-BA 5 x 0 Mixto-MT.
Este
último também teve falta de água no vestiário do árbitro Cosme Sabino
Araújo, que citou na súmula que o problema foi "solucionado" quando
recebeu um litro de "água da torneira com resíduo de sujeira". O técnico
do clube baiano nega e diz que foi fornecida água mineral. Mas o fato
talvez mais chamativo da partida ainda ficou por conta da renda líquida
obtida com a bilheteria.
Dos 50 ingressos colocados à venda, 5
foram negociados, totalizando a renda bruta de R$ 20,00, mas com
impostos e taxas de R$ 19,65, a renda líquida da partida foi de apenas
R$ 0,35. A maior parte dos demais confrontos foi realizada com portões
abertos, e nem houve liberação de borderôs dos jogos.
Falhas de comunicação
Em
declarações ao "UOL Esporte", a CBF confirmou as ausências de pagamento
e se comprometeu a tomar providências para evitar a repetição do
problema. Já as federações argumentaram que não quitaram as obrigações
por falta de orientação a respeito dos valores e da forma de pagamento. O
repasse feito às entidades para cobrir gastos com arbitragem, gandulas,
antidoping e ambulância é de R$ 7 mil.
A falta de uma ambulância
à disposição no estádio ainda atrasou a partida entre Duque de Caxias 1
x 4 Adeco-SP, no Rio de Janeiro. O clube fluminense informou que a
responsabilidade foi a alteração do local do jogo na véspera, o que não
permitiu informar a empresa responsável pelo veículo a tempo.
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sábado, 28 de setembro de 2013
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Falta de pagamento a árbitros e renda de R$ 0,35 marcam a estreia do Campeonato Brasileiro feminino
Falta de pagamento a árbitros e renda de R$ 0,35 marcam a estreia do Campeonato Brasileiro feminino
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